Carol - Sp
~mesmo dia~Eu não sei o que passou na minha cabeça em falar que o beijo do Veiga perdoaria o lance do meu nariz pros meninos do time, agora estão aqui zoando enquanto o Zé fica com a cara fechada.
Meu Deus
Ele nem meu tipo faz, mas ele tem uma coisa que eu não sei, sei lá.
— O Carol, tu trabalha com o que? - Rony perguntou
— Eu sou fotógrafa, mas ainda não to trabalhando em nada- disse sentando ao lado do Endrick.
— Ei, na no CT eles estão precisando de um fotógrafo, o trem, leva ela amanhã pra falar com o Daniel - Endrick disse todo empolgado.
— Esquece, isso não vai rolar - ele disse
Como é?
Ele não vai querer mandar no que eu vou trabalhar né?
— Ah vai rolar sim, amanhã eu vou lá - disse encarando o Zé.
— Vai com quem? Por que comigo você não vai, não vai trabalhar no meio de um monte de homem - ele disse me encarando de volta.
— O Zé, que isso, ela não é de maior? Ela sabe o que faz. - Weverton disse
— Se a questão é ir, eu vou de Uber, andando, bicicleta, mas eu vou, e você não vai me impedir, dessa vez não - disse aumentando meu tom de voz e levantando.
— Acho que tá na hora de irmos galera - Endrick disse levantando de fininho.
— Carol, a gente não vai ter essa conversa de novo, eu já falei um vez e não vou falar de novo, enquanto você estiver aqui, eu não vou deixar você trabalhar lá, não vou - ele disse aumentando o tom de voz.
Eu não tava afim de descurtir sobre esse papo dele querer dar uma de paizão, mas eu não ia deixar ele falar assim na frente dos meninos.
Que estavam todos olhando assustados.
— O problema é esse José? Eu ficar aqui contigo? Não tem seja por isso, não precisa mais se preocupar, to saindo da SUA CASA, e você não ouse vir atrás de mim! - Peguei minha bolsa e sai, pra onde? Não sei.
Eu só vi quando ele tentou vir atrás de mim e foi impedido pelos meninos, e eu já estava chorando.
Ele sabe o quando ele tentar me privar de fazer as coisas me tirava do sério, eu não sou mais uma criança, e ele tem que entender isso.
Entrei o mais rápido possível no elevador, mas quando a porta estava fechando, ela abriu novamente, eu já estava preparando pra xingar mas tive uma supresa.
— Zé me deix....... O que você tá fazendo aqui? - disse assim que vi o Veiga entrando no elevador.
— Você deixou seu celular lá em cima - ele disse
— Obrigada - respondi limpando as lágrimas.
— Pra onde você vai? Eu te levo qualquer coisa - ele disse encostando na parede do elevador
— Sinceramente? Eu não faço a mínima ideia - sorri nervosa.
— Pode ir lá pra casa, se quiser - ele disse simples.
Eu sei que em outras situações não seria uma boa ideia, mas agora? Ele já quebrou o meu nariz né?
— Tudo bem, mas o Zé não pode sonhar com isso, por que ele mata você - eu disse abrindo um sorriso, e ele fez o mesmo.
Porra.
E que sorriso.
Ah pronto.
Chegamos no carro do Veiga e logo peguei meu celular e o Zé já tinha mandado um monte de mensagem.
Maninho 💚
Oi irmã
Cadê você?
Por favor
Desculpa.....
Não queria ter dito aquilo, mas você sabe que eu me preocupo muito com você.
Me responde por favor
Onde você está?
Eu vou te buscar
Pra ficar na NOSSA casa
😓😓😓😓
Você vai no ct amanhã né?
Eu sei que você vai
Lá a gente conversa
Por favor
🙏🏼✌🏼
— ele te mandou mensagem? - Veiga disse quebrando o silêncio.
— Foi - respondi jogando o pescoço pra trás.
— Seu dia hoje teve 48 horas, chegou em São Paulo, quebrou o nariz, e tá sem teto, assim que a gente chegar você toma banho e descansa tá? Pode pegar uma roupa minha, não tem problema- ele disse estacionando o carro na vaga.
— Por que tá fazendo isso? - questionei ele.
Pô, ele nem me conhece direito, e tá sendo todo fofo comigo, bem que falam mesmo que ele é um príncipe.
— Pô, eu quebrei seu nariz né? - ele disse dando uma gargalhada.
Que risada gostosa, sério.
É amigos, acho que ele será meu novo amigo.
Descemos e subimos pro apartamento dele, que era um puta de apartamento.
— Caralho, apartamento enorme - eu disse analisando cada quadrado daquele apartamento.
— Grande né? As vezes eu me pergunto se preciso desse espaço todo - ele disse se jogando no sofá.
— Quer dividir não? Eu te ajudo a pagar - eu disse brincando, mas por que não?
— Tu quer? Eu topo - ele disse se arrumando no sofá.
— Se você não se importar, não quero estragar seus esquemas - dei de ombros
— Se eu não for estragar os seus também - ele disse rindo
— Acho que seremos melhores amigos, já que meu irmão de abandonou - eu disse fazendo bico.
— Ei, não fala assim, ele ama você- ele disse levantando do sofá.
— bora amiguinha, vai tomar banho que tu tá fedendo já - ele disse me cutucando— Você também tá, o porquinho - disse rindo.
Eu não sei, mas eu sinto confortável com ele, e segura também, o que era estranho eu me sentir assim com alguém logo de cara, mas que bom que a gente se deu bem.
