Carol
14/01
Conversei com o Zé, e tá tudo certo, ele me parabenizou pelo trabalho, e disse que ficou feliz que já estava me enturmado no grupo, ele pediu pra mim ir morar com ele, mas sinceramente? Não sei.
Tenho que falar com o Veiga também, se eu não vou incomodar ele lá.
Decidimos ir pra uma baladinha hoje, segundo o pessoal pra comemorar minha contratação, até parece que sou tão importante assim.
O dia passou rápido, então fui pra "casa".
— Tu vai com a gente mesmo? - perguntei pro Veiga assim que entramos no apartamento.
— Vou, por que é capaz deles me baterem no outro dia - ele diz se jogando no sofá, com as pernas abertas.
Que coxa são aquelas? Meu Deus do céu.
— É bom sair e se divertir, pelo menos esfria a cabeça - esse foi o meu jeitinho de querer saber sobre a ex dele.
— Tá falando de esquecer a Bruna? - ele perguntou me olhando e abrindo um sorriso de lado.
Porra, eu não sei disfarçar né.
— Fiquei curiosa - dei um sorriso amarelo me sentando ao lado dele.
— Pô, a Bruna foi foda, éramos noivos, mas aí ela resolveu terminar, sem explicação nenhuma, eu cheguei a perdoar uma traição dela, mas não era a mesma coisa sabe? Eu ainda não sei se tenho sentimentos por ela, ela não fala mais comigo já tem um tempo, e eu acho que isso é bom - ele disse me olhando nos olhos.
Porra, eu nem conheço ela mas já odeio.
Como trai um homem desse?
Ele é gato, simpático, inteligente, gato, cavalheiro, família, já disse que ele é gato?
— É complicado esse papo de ex, mas desculpa, ela é uma bela de filha da puta, to com raiva da cara dela - eu disse e ele caiu na gargalhada.
— E você? Tem algum ex que não esquece?
— Olha, eu tive um ex que foi um pouco tanto traumático, por isso que o Zé tem esse cuidado comigo, mas assim, nunca tive nenhum "AMOR" que deixa gente bobo sabe? Eu gosto de ser solteira, sem compromisso com ninguém- disse simples
Pior que é verdade, nunca tive uma pessoa que eu amei de verdade, não sei se consigo fazer isso também, eu gosto de ser solteira, beijar na boca, ir pra cama eu já não sou tão fácil assim né, vamos se amar primeiro.
— Você nunca amou? - ele me perguntou surpreso.
— Numa relação? Já gostei, mas amar amar não - disse abrindo um sorriso de lado.
— Meu Deus, vai vamos se arrumar bora - ele disse me cutucando.
— Ai menino, para isso dói - disse batendo no braço dele.
Subi as escadas e fui me arrumar, coloquei um vestidinho branco, curto, caramba.
To gata pra caralho.
Escutei algumas vozes lá em baixo, esse povo tá tudo aqui, nasceram grudado não é possível.
Tava tirando algumas fotos quando ouvi o meu irmão gritar.
