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Narrador

- Dianna, Pandora , vamos! Temos que proteger nossa escola - disse Lia, chamando suas melhores amigas.

Lia não via Draco há quase um ano quando eles se separaram após a morte de Dumbledore. Ela não podia ter o deixado partir para o "outro lado". Prometera que o manteria são nem que tivesse de enfrentar o próprio Snape. Mas falhou na missão que poderia salvá-lo, a mais importante.
Lia não sabia o que havia acontecido com Draco durante aquele ano, temia o pior.
Lia ficou responsável por cuidar da Torre de Astronomia, no caminho até lá, alguns comensais apareceram.

- Pode ir, eu cuido desses daqui - disse Dianna, preparando a varinha. - Andem logo! - ela gritou para as outras duas.

- Boa sorte - Pandora gritou para ela antes de saírem correndo.

Pandora e Lia tiveram que parar novamente por conta do bando de aranhas gigantes que apareceram de todos os lados.

- Lia, vai! É pequeno o caminho até lá. Assim que eu e Dianna acabarmos, te alcançamos.

- Ok e hmm... boa sorte - Lia disse com verdadeira preocupação com a amiga que tinha fobia de aranhas. - Você consegue! - Então Lia se virou e correu para a torre, dando tempo de ouvir um grito por parte de Pandora que começara a atacar as aranhas com agilidade e inteligência.

Ao se aproximar da torre, diminuiu os passos sentindo que já estava acontecendo uma batalha lá. Ouviu uma voz que reconheceria em qualquer lugar. Draco Malfoy. Seu coração parou por alguns milésimos de segundos apenas para observar o garoto de cabelos dourados. O garoto que desafiava ela sobre tudo, que a odiava, o único que alcançou o que nenhum nunca conseguiu alcançar: seu coração. O único que ela realmente se importava. O único que a chamava de Talita, e ela gostava. O garoto que partiu seu coração. E por mais que Lia tentasse negar, ela o amava. Não queria. Queria entrar naquela torre e acabar logo com isso, o matando. Mas isso nunca aconteceria. Pela primeira vez ela estava em uma guerra interna entre a razão e o coração e quem ganhou...

- EXPELLIARMUS! - Draco agitou sua varinha para o garoto a sua frente, porém Lia foi mais rápida.

- PROTEGO! - ela gritou na frente do garoto. A varinha de Draco voou longe. - Malfoy, sua luta agora é comigo - ela disse, confiante. Com um movimento de cabeça mandou o garoto sair de lá. - Deixe comigo. Estou responsável por esta torre.

- Ora, ora. Thalia Lawey aqui? Você era a última pessoa que imaginava encontrar. - Draco recuperou sua varinha rapidamente e enfim os dois apontavam as varinhas. Draco começou a rir.

- Por que está rindo, Malfoy? - perguntou Lia sem desviar um centímetro a varinha do rosto de Draco.

- Uma vez você disse que queria me matar - ele continuava rindo cínico, se lembrando de um dos nossos confrontos, quando Lia beijara Lorenzo. - Faça de suas palavras verdadeiras. Prove que você estava certa o tempo todo, como sempre. Prove que você sempre vai ganhar de mim, que você é mais forte que eu. Me impeça - ele disse e Lia ficou indecisa se ele dizia ironicamente ou se realmente implorava para que ela o matasse. - Prove agora o quão melhor do que eu você é. - Lia não se mexeu, não fez movimento nenhum. Ela queria voltar à época em que só existia os dois na cabana, as competições. Onde nada era complicado. - Nada? Achei que você tivesse aprendido. - Draco agitou a varinha - Estupefaça!

- Protego! - Lia disse rapidamente, se protegendo do golpe que levaria. - Eu realmente não quero lutar contra você, Draco.

- Ótimo, assim fica mais fácil para mim. Só achei que você não seria tão covarde. Everte Statum! - Draco gritou e Lia, sendo mais rápida, contra atacou com um feitiço.
- Impedimenta!

Então antes que Lia fosse aos ares, ela recitou o feitiço e quem voou longe foi Draco. Lia andou até o lado de Draco ainda com a varinha apontada para ele, mas ele não se mexia. Lia pensou que ele estivesse desmaiado e abaixou a varinha, mas em questão de segundos, Draco se virou para ela e lançou:
- Expelliarmus! - A varinha de Lia voou longe e seu corpo foi empurrado, batendo, coincidentemente, em uma das quinas da parede da torre que dava para o lado de fora. Ela sabia que ia cair, então fechou os olhos.

De repente, uma mão agarrou seu braço.

- Eu não vou deixar você cair. Não vou - disse o loiro mais para si mesmo do que para Lia. De algum modo, Draco foi afetado pelo seu próprio feitiço e acabou tendo o mesmo destino de Lia. Ele segurava no chão da torre com uma mão e com a outra segurava o braço de Lia. Era fato, os dois estavam no ar e dependiam da força de Draco em segurar na torre. - Lia, segura firme - ele gritava para a garota, mas o nervosismo de estarem prestes a cair e provavelmente morrerem deixava sua mão suada e escorregadia.

- Estou tentando. Draco, você não vai conseguir segurar por muito tempo aí.

- Eu consigo. Eu sei que consigo. - Lia sabia que não, mas não podia deixá-lo mais nervoso. Tentou pensar em algo que poderia salvar ambos.

- Tive uma ideia. Draco?

- O quê?

- Você precisa confiar em mim! - Ele respirou fundo, ponderando se mentia mais uma vez.

- Eu sempre confiei e vou sempre confiar - ele disse por fim. Ela sorriu.

- Onde está sua varinha? Está com você?

- Não, não sei por que, mas ela voou quando lancei o ultimo feitiço, ela não tem estado na mesma sintonia que eu, desde que tentei - ele enfatizou a última palavra e Lia revirou os olhos - matar Dumbledore.

- Minha varinha deve estar muito longe. Tenta pegar a sua, não deve ter voado tão longe quanto a minha. - Draco se impulsionou um pouco para cima para tentar enxergar onde estava sua varinha.

- Não está muito longe, mas não consigo pegar. Posso tentar empurrar ou assoprar para cair, mas você PRECISA pegar. - Lia assentiu. - Me ajuda a pegar impulso. No 3. 1, 2.... 3. - Lia fez força para cima e Draco tentou empurrar a varinha, mas só conseguiu quase derrubar os dois. Lia gritou. Seu coração estava a mil. Eles não caíram, apenas algumas pedras pequenas que estavam no chão caíram neles. - Tudo bem? - Lia assentiu novamente. - Então vamos tentar mais uma vez. 1, 2.. 3! - Lia impulsionou Draco e ele conseguiu empurrar a varinha de alguma forma e ela caiu. Lia quase não pegou, mas conseguiu no último instante com a ponta dos dedos. Os dois respiraram de alívio.

- Draco. - Os dois arfavam.

- Fala, Lia.

Ela respirou fundo.

- Você precisa soltar.

- O QUÊ? Você ficou louca? - Draco disse, incrédulo.

- Eu tenho um plano, você precisa confiar em mim.

- Mas Lia...

- DRACO, VOCÊ QUER MORRER? - Lia gritou um pouco desesperada, percebendo como as mãos dele estavam ainda mais suadas e escorregadias do que antes.
Draco respirou fundo, olhou profundamente nos olhos azuis de Lia e disse:
- Se você estiver dando uma de Romeu e Julieta e matar nós dois, eu mato você, Talita! - gritou e então soltou. Lia, a poucos centímetros do chão, gritou:
- Aresto Momentum!

Eles pararam antes de cair no chão e, em seguida, caíram, porém Lia caiu perto da ponta de um morro e rolou abaixo, batendo a cabeça em uma pedra e desmaiando. Draco foi até ela e passou a mão em sua testa, em um pequeno corte causado pela queda. Pegou a garota nos braços e a levou perto do castelo até que se lembrou do que tinha que fazer: impedir que Harry conseguisse as Horcruxes. Draco sabia que precisava fazer isso, afinal, era um Comensal da Morte.

Colocou Lia deitada no chão em um lugar que ele sabia que a achariam. Aproximou-se do rosto dela e disse mesmo sabendo que ela não estava ouvindo:
- Você já provou que consegue se cuidar sozinha - ele sorriu. - É forte o suficiente para se manter viva. Isso é tudo o que eu preciso. - Ele deixou uma lágrima escapar de seu olho azul e cair no rosto da garota. - Minha Talita. - ele sorriu novamente e como em todas as despedidas entre os dois, ele selou os lábios de Lia em um rápido toque entre eles sem saber se eles se veriam novamente.

Mirror|DRACO MALFOYOnde histórias criam vida. Descubra agora