Estrelas e lembranças

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   Passando pela floresta da vila dos grunhidos onde há a maior diversidade de seres, em sua maioria bolas de pelo e pôneis fada, as árvores e as flores são mais altas por essa região. Butterfly e Willa seguem viagem que deve durar mais três dias e meio, elas ainda tem bastante crock-crock e ainda levaram um pouco de néctar e flores torradas, era suprimento bastante para essa viagem. Depois de horas voando , Willa reclamando sobre como suas asas doíam, algumas paradas para descansar, poucas fadas de lá interagiram com elas, a maioria estava ocupada demais trabalhando no topo das árvores, fadas borboletas viviam por esta região antes de serem expulsas, as fadas da vila dos grunhidos tem asas em formato de borboleta porém não tinham o seu design era diferente como Archedictyon. As fadas que estavam por ali ficaram maravilhadas por verem suas antigas vizinhas pela primeira vez, eram tantas perguntas, Butterfly havia lido sobre a vila dos grunhidos, quando estava presa em Flutterfield, ela viajava mentalmente para os lugares que lia sobre, a sensação de estar em "casa" era incomparável, será que um dias as fadas borboletas seriam bem vindas de volta em Fairytopia? Aquelas fadas eram tão acolhedoras, era difícil de acreditar que seus ancestrais as expulsaram dali, claro, não deve ter sido da forma cruel que foi escrita nos livros. Já era noite e elas precisavam dormir, uma das fadas que fez amizade com elas, chamada Mille, decidiu passar a noite com elas para conversar mais. — Aqui é tão escuro a noite, mas as árvores são tão altas... não vou poder apreciar as estrelas essa noite. — Butterfly diz cabisbaixa. — Oh, eu conheço um lugar que podemos ver as estrelas! — Mille afirmou arqueando as asas e puxando Butterfly, Willa se levanta incrédula de que Butterfly vai passar a noite em claro, mesmo cansada, decide segui-las para não ficar sozinha ali. Havia um campo aberto ao lado de uma cachoeira, era noite de lua nova parcial então só haviam as luzes das estrelas que refletiam lindamente no lago. — Me belisque, acho que estou sonhando... — Disse Butterfly embasbacada com a quantidade de estrelas no céu. — Eu te beliscaria, mas não tô afim de acabar com a sua vibe hoje... — Disse Willa meio emburrada por causa do sono, porém ao olhar para o céu e se deparar com aquela magnífica visão, ela se lembra de como Butterfly costumava contar sobre o céu estrelado, que dificilmente podia ser visto de Fluttetfield. — Devo estar meio cega, não vejo o arqueiro... — Willa dizia procurando a única constelação que ela conhecia de verdade. — Não dá para ver o arqueiro daqui, por causa da localização, mas você irá encontrar outras! — Mille explicou. — Ali! A constelação de dragão, quase não reconheci, apenas a vi em ilustrações. São tantas estrelas que nunca havia visto, mesmo na caverna dos reflexos! — Butterfly diz maravilhada e extremamente feliz por ter vindo pela vila dos grunhidos. Depois de horas conversando sobre estrelas, Butterfly pega no sono enquanto Willa e Mille permanecem acordadas. — Foi legal ficar com vocês hoje, tenho me sentido tão sozinha nessas últimas semanas, minha irmã... Glee... ela foi estudar no palácio de cristal, ela virou aprendiz do nosso guardião, isso significa que ela não vai mais ter tempo para brincar comigo.... — Mille diz entristecida mas então muda de humor e pergunta se Willa é irmã de Butterfly, então Willa responde— Não, não somos irmãs, apesar de sermos como irmãs uma para outra. Sabe nunca conheci minha família, não sei nem se tenho pais ou se nasci de algum casulo, cresci sozinha e aprendi a me virar, já Butterfly tinha uma família, ela tinha uma irmã mais nova, mas eles não sobreviveram a os ataques dos Skeezites, foi um tempo antes de Marabella chegar e nos sentirmos seguros de novo. Ela entrou numa depressão profunda... era difícil fazer ela sair da toca, mesmo com a cidade cheia de luzes, ela ainda tinha medo, tentei arrastar ela para festas, mas no fundo, eu sabia que aquelas festas eram só fachadas da realeza para fazer a gente esquecer do massacre, Butterfly sabia muito bem disso... com o tempo ela aprendeu a lidar com a dor, os livros sempre foram o refúgio dela. — Mille olha para o rosto de Butterfly que dorme calmamente como uma criança depois de um longo dia então olhando para Willa diz — Sinto muito pelo que vocês passaram, não deve ter sido fácil viver dessa forma. Nunca vi um Skeezite, eles devem ser horríveis. Willa adiciona dizendo — Eram mesmo, me dá calafrios só de lembrar, mas Butterfly depois de um tempo não parecia mais te medo, ela ia até os limites de Flutterfield para poder observar as estrelas, as vezes os skeezites passavam tão perto, eu gostava de pensar que ela havia realmente superado os traumas, mas no fundo eu sabia que aquilo era só um ato suicida. Por isso toda noite eu ia atrás dela para levá-la para casa. — As duas ficam em silêncio por alguns minutos, a conversa havia ficado super desconfortável, então elas só se olharam deram boa noite e se deitaram. Pelo visto não é de agora que Butterfly precisava de terapia.

Enquanto isso nas masmorras do palácio de Shimmervale, Talayla ainda se vê presa, era inútil tentar escapar dali, assim como parecia inútil qualquer tentativa de impedir aquele casamento, Talayla não queria ver Catarina infeliz, ela não era só sua princesa, era sua amiga, então mesmo parecendo impossível, ela precisava encontrar uma forma de sair dali, mesmo estando fraca e quase congelando, as masmorras de Shimmervale apenas tinham um único é pequeno cristalito no interior de cada cela, Talayla precisava se conectar aquele cristalito para se aquecer e não morrer de frio. Um ser encapuzado aparece, Talayla pensa ser seu fim, rei Regellius iria mesmo eliminá-la? A porta da cela é aberta e ela que estava no chão, é pega pelo braço, com as últimas forças que tinha tenta se livrar no ser encapuzado que logo se revela, era príncipe Carlos. Ele entrega a Talayla uma bolsa cheia de cristalitos, um mapa, uma carta e suprimentos. — Não há tiempo para explicaciones. Voe o mais rápido que puder até o palácio de cristal y entregue esta carta para a Rainha. Já es madrugada, ninguém a verá saindo, vá. — Determinada, Talayla imediatamente aceita a missão, revigorada pelos cristalitos que obtinha, ela voa como um pássaro.
Carlos teria ido ele mesmo, porém ele já havia sido ameaçado por lord Gastrous, Carlos não podia por a segurança de Butterfly em risco.
Catarina em seu quarto ainda acordada, vê pela janela que agora possuíam grades, Talayla saindo de Shimmervale, ela não sabia o motivo, ela estava fugido? Foi banida? Ou estava indo atrás de ajuda? De qualquer forma, mesmo que Talayla a estivesse abandonando, estava feliz por ela não estar mais referem daquela masmorra precária. Catarina continuava olhando pela janela sonhando acordada com sua liberdade.

Amor entre fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora