Amor entre fadas

Esperança e bolinhos de fruta

   Após uma noite bem dormida observando as estrelas, as fadas despertam e estão famintas, Mille convida suas novas amigas para apreciar as delícias da Vila dos grunhidos, suas casas ficam nas flores dos troncos mais altos, elas sobem até um galho, tão grande que cabem diversas fadas sentadas lá, todas estão saboreando um tipo de "bolo" feito com frutas e cereais e bebendo néctar com limão, num enorme piquenique. — ISSO É DELICIOSO! — Willa diz com a suas mãos cheias daquele bolo — Não tem muitas frutas em Flutterfild, a primeira vez que a Willa comeu alguma coisa diferente foi quando tivemos o baile de reconciliação de Flutterfild e Shimmervale. — Butterfly dizia enquanto tomava uma xícara de néctar. Enquanto comiam, Butterfly começa a ficar cabisbaixa, foi só falar em Shimmervale que ela se lembrou o motivo pelo qual decidiu fazer esta viagem, ela se levanta e voa até o topo das árvores, dá para ver praticamente Fairytopia inteira dali, o palácio de cristal estava alguns quilômetros a frente, logo após as montanhas estava seu destino, o Campo lunar, Butterfly estava apressada porém não queria deixar aquele lugar, havia muitas coisas que Butterfly não queria abandonar, quanto mais ela tentava esquecer, os rotos de Catarina e Carlos vinham em sua mente, as lágrimas estavam vindo, mas ela segurou, não podia fraquejar perto daquelas fadas, eram tão gentis que insistiriam para que ela desabafasse, e se ela o fizesse iria se sentir tão constrangida depois.

Se despedindo de Mille e das outras fadas, Butterfly e Willa seguem viagem, mais algumas horas voando, elas estão próximas do palácio de cristal, elas veem ao longe algumas fadas conversando sobre estarem cansadas de tanto treinar, falavam sobre realizar o ritual do primeiro voo da primavera, e duas bolinhas de pelo tagarelando sobre pegar a fada do dente. — Fada do dente? Isso por acaso existe???? Puff... História para pixie dormir. — Willa diz indignada por aquelas bolas de pelo acreditarem em contos bobos. — Tudo bem Willa, deixe eles sonharem um pouco. E também, pode falar mais baixo? Já nos atrasamos demais por nos distrairmos com outras fadas. Não é que eu não queira fazer mais amigos.... só que, agora não. — Butterfly diz voando mais rápido apressando Willa. — Nos atrasamos? Você marcou hora por acaso? — Diz Willa voando o mais lento que pode, cansada e com fome por voar por horas. — Me diz que você pelo menos colocou alguns daqueles bolinhos de frutas na bolsa....?
...

Talayla voa como se não houvesse amanhã, ela não descansou por mais de duas horas, ela precisava chegar até o palácio de cristal e falar com a rainha. Finalmente num acampamento cheio de aprendizes, ela toma cuidado para não ser vista por eles e ser tratada como invasora, ela não era do tipo que confiava em fadas de jardim, afinal cresceu em Shimmervale. Entrar no palácio de cristal parecia impossível, havia algum tipo de barreira mágica, para sua sorte, a rainha das fadas estava saindo bastante para se encontrar com os aprendizes, ela queria conversar com ela a sós para poder entregar a carta de Carlos, depois de quase um dia inteiro vigiando e esperando, os aprendizes finalmente vão se recolher em seus aposentos, a rainha está indo em direção ao palácio, aquele era o momento de Talayla, ela voa cuidadosamente em direção a rainha, seguindo-a até mais perto do palácio distanciando-se do acampamento, ela estranha a falta dos guardiões e a exposição da rainha. Enchantress já havia notado a presença de Talayla durante o dia, porém não sentiu ameaça por ela, então a deixou vigiar, agora era hora dela descobrir se aquela fada era aliada de Laverna ou não. — Pode se revelar agora! Sei que esteve o dia inteiro rondando o acampamento. Diga quem é você e o que quer. — Enchantress pronúncia com sua voz doce ao mesmo tempo benevolente, se virando para Talayla e arqueando suas asas. — Sou Talayla, de Shimmervale, reino das fadas cristais! Estou aqui para entregar uma mensagem para vossa majestade! — Talayla diz fazendo reverência. Voando até Enchantress, ela tira lentamente de dentro de sua bolsa a Carta que príncipe Carlos havia lhe entregado, deixando-a nas mãos de Enchantress dizendo — Espero que possa nos ajudar.
Enchantress lê a carta e se surpreende com o conteúdo, ela da um sorriso calmo e guarda a carta usando magia, Talayla se impressiona, a carta havia desaparecido bem na sua frente, literalmente como um passe de mágica, sem tempo para ficar de boquiaberta ela fala — Então? Pode nos ajudar majestade? — Enchantress chega mais perto de Talayla e segura seu ombro dizendo — Adoraria ajudar, porém isto irá ficar para mais tarde. No momento estou muito ocupada, estou ensinando aqueles aprendizes a realizar o primeiro voo da primavera que irá acontecer depois de amanhã, esse evento não pode ser adiado, espero que entenda que suas questões políticas terão que esperar. — Não era a intenção de Enchantress porém Talayla a interpretou de forma arrogante e logo se estressa, ela não quer esperar mais dois dias — Onde estão seus guardiões? Não são eles quem deveriam estar ensinando isso aos aprendizes? Normalmente não é isso que ocorre? Já ouvi falar desse ritual nos livros de Shimmervale, não poderia deixar seus guardiões cuidando disso? — Enchantress solta um olhar entristecido porém logo se mantém seria novamente. — Meus guardiões estão doentes. Não sei se sabe... mas Laverna está a solta, ela quem envenenou meus guardiões, não sei o que ela planeja, então devo permanecer aqui. Se já leu sobre este ritual, sabe o quanto é importante. Você pode dormir no quarto de um dos guardiões, é perigoso ficar lá fora sozinha, principalmente para você que é uma fada cristal. — Talayla estremece ao ouvir o nome de Laverna, já havia ouvido histórias horríveis sobre a gêmea malvada da rainha das fadas. Ela aceita repousar nos aposentos de um guardião e esperar o ritual acontecer, ouvir sobre Laverna era mais assustador do que ouvir sobre as fadas borboletas antigamente. — Aceita torta de frutas? — Enchantress oferece a Talayla antes de deixá-la nos aposentos de Topaz.