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𖦁ׅ ׂ THAT WAY 𐙚🧸ྀི
true beauty " 𓂃   !



—  𝗮𝗻𝗱 𝘁𝗵𝗲𝗿𝗲'𝘀 𝘁𝗼𝗼 𝗺𝘂𝗰𝗵 𝗼𝗻 𝗺𝘆 𝗺𝗶𝗻𝗱, 𝗜 𝗱𝗼𝗻'𝘁 𝗲𝘃𝗲𝗻 𝘄𝗮𝗻𝘁 𝘁𝗼 𝘁𝗿𝘆

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—  𝗮𝗻𝗱 𝘁𝗵𝗲𝗿𝗲'𝘀 𝘁𝗼𝗼 𝗺𝘂𝗰𝗵 𝗼𝗻 𝗺𝘆
𝗺𝗶𝗻𝗱, 𝗜 𝗱𝗼𝗻'𝘁 𝗲𝘃𝗲𝗻 𝘄𝗮𝗻𝘁 𝘁𝗼 𝘁𝗿𝘆.



Nayeon correu para seu quarto assim que entrou em seu apartamento, tirando os calçados sociais com dificuldade antes de se esticar sobre a cama

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Nayeon correu para seu quarto assim que entrou em seu apartamento, tirando os calçados sociais com dificuldade antes de se esticar sobre a cama.

Ela não sabia mais o que pensar. Há poucas horas atrás ela se sentira mais sozinha do que nunca, deixando tudo o que tinha para trás. Porém, suas ideias sobre tudo aquilo haviam despencado do terraço, como seu calçado.

Ter Seojun ao seu lado a fez repensar boa parte das expectativas ruins sobre o resto de sua vida. Talvez a vida não precisasse ser tão deprimente, já que ele estaria ali junto a ela.

Nayeon sempre o apreciara como um bom, um ótimo amigo, mas nunca tinha o fantasiado como algo a mais que isso — e nem pretendia.

Mas lembrou-se, sorrindo, do jeito no qual ele havia conversado com ela ao vê-la no terraço. Ele estava preocupado, e não hesitava em deixar claro que a queria bem. Nayeon havia esquecido há tempo qual era a sensação de ser cuidada por alguém, e não fazia ideia de como esse enorme sentimento de acolhimento a fazia falta nas horas ruins. Durante todo o seu ano viajando, havia sido apenas ela por si mesma, o tempo todo.

Talvez não precisasse ser mais assim.

Deitada sobre os lençóis, freneticamente balançando seus pés no ar, apanhou o celular antigo, que havia posto em um de seus bolsos.

Ao deslizar seus dedos pela tela, a imagem que usava de plano de fundo atraiu sua atenção de certa forma — Seojun havia tirado aquela foto. Ali, ela parecia completamente diferente. Não só seu cabelo, o jeito que se vestia ou seu corpo haviam mudado, alguma coisa muito maior do que a aparência física. No último ano, ela havia se tornado mais madura, claro, mas seu sorriso também era diferente agora e, mesmo nas fotos felizes, as pessoas percebiam que havia uma dor muito grande por trás da mudança.

Agora, ela não era mais parecida com Seyeon.

Eles não eram gêmeos idênticos, mas as semelhanças sempre foram inegáveis. Ela tinha os cabelos, os olhos, e o sorriso como os dele, mas nada era mais evidente. Nayeon mudara seu cabelo, seu sorriso, e seus olhos aparentavam bem mais tristes agora, não tinham mais o brilho que compartilhava com o irmão. Sendo sincera consigo mesma, ela se surpreendeu que seu rosto ainda conseguia desbloquear o antigo celular.

Mas, percebendo a melancolia e o luto entrarem de fininho pela brecha entre a porta e a batente, rodeando os cantos de seu quarto, decidiu afastar todos aqueles pensamentos, como se forçava a fazer sempre que as memórias batiam na porta.

"Para com isso, Nayeon." Apreendeu a si mesma, encarando seu reflexo na tela escura. Ela poderia muito bem adiar a transferência de seus contatos antigos para o celular que comprara na viagem, ela poderia se distrair com qualquer outra coisa.

Decidiu retomar seu ritual que aderira durante as poucas semanas que passou na Toscana — costa italiana — e preparar a banheira. A melhor coisa que aprendera na Itália fora, com toda certeza, o hábito de reservar um tempo para simplesmente não fazer nada — como o ditado dolce far niente.

Sempre ouvira que não existia angústia que um bom banho de banheira não curasse, e Nayeon carregava esse fato como uma verdade universal. A espuma na superfície da água morna era como uma nuvem macia e flutuante, cheirando à seu sabonete de lavanda para ocasiões especiais e os sais de banho da loja de conveniência.

Os pensamentos ruins foram, em sua maioria, afastados e enterrados nas covas imaginárias que ela usava para esquecê-los. Mas alguns, poucos questionamentos permaneceram pairando sobre sua mente vazia. Impregnando cada parede do banheiro, seguiam como se estivessem tentando se esconder por trás dos azulejos claros. Ela não conseguiria tirar tudo aquilo da cabeça sem que colocasse no papel, sem que criasse uma melodia.

Pensando em trazer seu pequeno caderno de composições, se levantou, deslizando as pernas molhadas pelas bordas frias da banheira. As coxas se pressionavam fortemente contra a porcelana enquanto tentava alcançar o tapete com seus pés — que se encontravam dormentes após as horas andando com os calçados sociais.

Ao esticar mais os joelhos, em sua última tentativa, a parte de seu corpo apoiada na banheira cedeu à superfície escorregadia e deslizou em direção ao piso de cerâmica.

"Merda!"

Ela foi ao encontro do chão. Sentiu seu corpo comprimido, como se houvesse sido achatado na queda. Uma leve pressão sobre seus pulmões a fez permanecer ali por mais alguns instantes, recuperando o fôlego antes que pudesse se levantar novamente. Dessa vez, mais cuidadosa.

As quedas estavam acontecendo com frequência.

Seguiu em passos cautelosos até a sala, deixando respingos d'água por todo o caminho, o cheiro do sabonete se fundindo à tintura das paredes. Pelo menos o apartamento cheira a lavanda, pensou.

Nayeon ajeitou-se na banheira, segurando o caderno de composições e sua caneta em frente ao rosto, tentando não molhar as folhas. Seu corpo ainda estava dolorido, ainda comprimido, de certa forma. A dor era desconfortável.

Ela estava caindo vezes demais nos últimos dias.


Ela estava caindo vezes demais nos últimos dias

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that way, han seojunOnde histórias criam vida. Descubra agora