Sal e pimenta || Veigh

003

Melie on
São Paulo📍

Não demorou nem vinte minutos e uma Van nos trouxe para um confortável restaurante, não era nada muito chique, nem movimentado. Não tive chance de cumprimentar ninguém já que só entramos nela e vinhemos, todos a mesa conversavam assuntos rasos, coisas do dia a dia, a sessão de fotos, músicas, mas o principal assunto era sobre a resenha de mais tarde.

– E hoje vai ser comemoração a minha mais nova amiga hein gente! – Fernanda me anunciou chamando a atenção de todos ali.

– Ih, é tu a irmãzinha da Lia? Prazer viu, Koda – ele estava mais próximo a mim na mesa, ao lado da Victória estendeu a mão e retribui o comprimento.

O restante ali se apresentou. Brincaram um pouco com a informação de ser irmã da Victória, não somos parecidas, o fato dela ser adotada ajuda nisso. Meus pais adotaram quando ela tinha oito anos, não fez diferença sabermos disso, apostamos ter mais ligação uma com a outra do que muitas irmãs de sangue por aí.

– Então, que horas partiu revoada? – o chamado Gustavo se pronunciou no fim do almoço, durante todo ele ninguém falou, incrível oque comida faz.

– Chegar cedo pra aproveitar mais, umas 20:30 quero todos chegando lá – Fernanda falou autoritária.

– Ih merda... Essa hora não vai dar não, nem pra mim e nem pra tu princesinha. – dessa vez minha irmã comentou, e quem questionou foram os garotos.

– Cabou revoada? – o mesmo de antes perguntou com tristeza.

– Não, ainda dá pra ir. Mas temos reunião, lembra? – uma expressão de tristeza tomou conta da Fernanda.

– Vocês vão voltar pra empresa?

– Eu te levaria Mel, mas reunião é só pra pessoal.

– Tá... então, vou de uber? – assentiu, conversaram mais um pouco combinando melhor o horário da saída e depois pagaram a conta.

Indo para saída do restaurante Victória pegou o celular para chamar um uber, Fernanda saiu de perto dos meninos vindo até nós. – Lia, os meninos perguntaram se vocês não querem que levem a Mel?

Ela perguntou olhando para nós duas. Dei de ombros deixando que ela falasse, mas quebrei o breve silêncio logo.

– Não quero que eles saiam do caminho, podemos chamar um uber mesmo. – A Fe fez um sinal chamando eles, o Thiago em específico.

– E aí?

– Pra vocês de boa? Se não forem sair do caminho – a Vic falou primeiro.

– Tranquilo! A gente deixa ela lá, já íamos passar perto mesmo.

– Então tá bom. Qualquer coisa me liga tá? Eu te aviso se for demorar demais, e dá ração pra Lana também.

Nos despedimos com um abraço e um beijo na minha cabeça, abracei Fernanda também e segui ao lado do rapaz, me senti um gnomio com meus 1,60 ao lado dos seus 1,87 por aí. Do que ia lembrando dele de anos atrás, foi inevitável reparar no quanto mudou, seus traços ainda eram os mesmos mas suas tatuagens, porte e claro a altura havia mudado sim.

– Pode entrar, fica a vontade no lugar que tu quiser. – agradeci com um sorriso pequeno passando por ele para entrar na Van.

Fui mais para o fundo nas penúltimas cadeiras sentei ao lado da janela. Achei que ficaria um pouco só, não que eu seja antissocial ou algo do tipo, mas não sei oque falar com eles, e não sou de puxar assunto sem contar de serem meio aleatórios.

– Então mini Victória, tá gostando daqui? – vi o Gustavo se apoiar na cadeira ao lado por trás da mesma, o Thiago estava ao seu lado fazendo o mesmo na qual eu estava sentada.

– Bom, eu cheguei ontem e hoje que tô saindo um pouco, mas do que já vi outras vezes que vim, é legal.

– E por que tu veio morar com a Lia?

– Vish mais é curioso mesmo – vi o amigo lhe dar um leve empurrão. – deixa a mina japonês

– Qual é? Só tô querendo ser amigo, Lia é minha parceira. Mini Victória, foi mal – recebi sua mão fechada, logo deduzi que era um soquinho amigo e então retribui.

– Não, tá tudo bem! – mais outro sorriso pequeno meu, percebi a curiosidade dele. Lia nunca me falou sobre nenhum namorado ou ficante, será? – vocês andam muito com a Vic?

– Depende da agenda. Quando elas se batem a gente aproveita bastante – Thiago respondeu.

– A gente se vê mais em sessões que ela tira as fotos, ou festas quando tamo por aqui. – o silêncio se fez presente.

Metade do caminho fiquei quieta olhando pela janela, depois de um tempo o Gabriel se juntou aos dois atrás de onde estava.

Já era 20:20 e a primeira notícia de vida da minha irmã apareceu.

Minha ogra 🌻
Ligação

– Oi maninha, já tá vindo?

Finalmente!
E deixa eu te dizer... quem dera eu nascesse herdeira viu

– Nós duas então – Ri junto dela, ouvi a porta de um carro se abrir e fechar logo depois. – vai dar tempo de irmos pra festa?

Vai sim.
A Fernanda conseguiu sair mais cedo, ela vai tá esperando a gente lá. Vai se arrumando que chego logo

– Tá bom, vou te deixar um lanche pronto, deve tá com fome né?

Eu te amo!

Ligação encerrada

Deixei o celular na mesa de centro, tirei a Lana de cima da minha barriga e levantei, amo essa gatinha preta, tão dengosa quando acorda. Depois do meu banho finalizei meu cabelo e deixei secar mais, enquanto isso fiz uma simples maquiagem, escolhi um vestido rosa bebê justo ao corpo, terminava no meio das minhas coxas e tinha mangas longas até meus pulsos.

Simples mas marcante. E que grande gostosa eu estou.

Quando terminei de calçar o par de botas brancas, fiz duas poses na frente do espelho do quarto fazendo um story de corpo inteiro.

Preferi não conversar sobre oque incomodava a Vic, ela precisava mesmo relaxar, chegou estressada da reunião tadinha. Ficamos com a Lana no sofá até ela receber uma mensagem dos garotos, já estavam esperando lá embaixo.

oie gente, interajam de alguma forma, assim sei que posso continuar!