Capítulo 11.

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GH.

Mó diazão bonito, molecada na rua soltando pipa, as senhoras na porta fofocando, favela na paz de Deus.

Mas só chegar na boca que é estresse em cima de estresse, sem tempo fácil irmão.

Portuga: Fui cobrar o velho da rua 9 e ele veio com papo de vender a filha, véião tá lendo muita história, vê se pode. - Falou se sentando na cadeira.

GH: Tinha que ter dado uma coça nele só pela gracinha. - Falei puto.

Portuga: Vou descer lá de novo, dei até às 17h pra ele arrumar a grana.

GH: Fechou, resolve essa parada lá que eu tenho que ver o negócio do baile desse sábado. Tamo estourado trazendo o poze, bagulho fodão proporcionar isso.

Portuga: O que vai ter de piranha jogando pro cara, não tá escrito. - Falou negando com a cabeça e eu ri, acendendo um cigarro.

GH: Elas sempre tão jogando, nada de diferente paizão.

Portuga: E a mina de ontem? Cuidou, né pilantra? - Falou com segundas intenções e eu neguei, lembrando da maluca.

GH: Que nada, pô. Só levei a mina lá pra casa pra não deixar jogadona por aí.

Portuga: Bonitona em, diferentona pra caralho.

GH: Mina é dificilzona, cheia das graças, tenho paciência pra isso mais não. - Falei lembrando do deboche da maluca.

Portuga: Então é só jogar no peito do pai. - Falou e eu encarei ele feião.

GH: Vai trabalhar que tu ganha mais, invés de ficar atrás de buceta. - Gastei ele.

Portuga: Consigo trabalhar e ir atrás, paizão mil e uma utilidades.

GH: Vou meter o pé, tenho um bagulho aí pra fazer. - Falei e saí, pegando minha moto e descendo até a casa da Evelin.

Evelin é uma negona bonita que tem aqui no morro, mina mil grau, da hora mermo, diferente da maioria das piranhas aqui do morro, mas assim como eu, tava de boa, era só curtição.

Já fui entrando, tendo a visão dela cozinhando com um pijama minúsculo, do jeito que o pai gosta.

Fiz nem teatro, só fomos ao que interessava, e te falar, a nega representava!

Depois da caôzada, eu fui saindo, dando de cara com a Bruna descendo a rua.

Bruna: Comendo piranha como sempre, né.

GH: Tô na paz, vem tirar ela não caralho. - Olhei sério pra ela.

Bruna: Tá estressadinho por que? As gatas não tão dando conta? - Debochou e eu fechei a cara mais ainda.

GH: Mesmo se não tivessem, atrás de tu que eu não ia. Cria postura caralho, mete o pé. - Falei puto saindo dali.

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