Capítulo 13.

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Maria Luísa.

Tinham dias que era foda, saudade batia, incertezas do futuro.... A mente fica como? Totalmente confusa.

Quando comecei a morar sozinha, sabia que teria que me virar. Não por falta de ajuda, minha mãe é ótima e está sempre querendo me ajudar em tudo, mas não acho justo.

Já me bancou todo o tempo que morei com ela e com meu pai, decidi morar sozinha, então eu tenho que fazer tudo funcionar.

Mas as vezes dá uma saudade da vida fácil, do colo, de ter sua família ali pertinho.

Quero tanto começar meu curso de enfermagem, mas sei que pra isso terei que procurar outro emprego, já que esse que estou não paga isso tudo.

Mas e o medo de sair, e não encontrar outro? Não conseguir?

Não posso ficar desempregada nem a pau, visto que sou eu quem banco tudo sozinha, não tenho pra onde correr. Então pra sair desse emprego, teria que já ter achado outro.

Respirei fundo e terminei de lavar minha louça, afastando os meus pensamentos e colocando um filme qualquer na tv pra passar.

Ouvi a campainha tocar e fui atender, dando de cara com a Alana.

Alana: Surpresa. — Sorriu me abraçando, e entrando em seguida.

Malu: Aí amiga, sentiu? — Perguntei me jogando no sofá.

Alana: O que?

Malu: Que eu estava mal e precisava de você. — Falei deitando a cabeça em seu colo.

Alana: O que houve, Malu? Aquele cão esteve aqui? — Sorri fraquinho, negando.

Malu: Não cara, ele deu um chá de sumiço por enquanto. Só tô desanimada mesmo.

Alana: Com?

Malu: Aí amiga, eu preciso ir atrás do meu curso, correr atrás das minhas coisas, mas tá foda.

Alana: Tu vai conseguir, cara. Só tem que sair daquela loja maldita, que só te explora e mal te paga.

Malu: Mas pra sair de lá, preciso já ter outro emprego. Não posso correr risco não.

Alana: Isso é verdade, posso te ajudar a procurar, cara.

Malu: Eu sei. — Concordei e ela sorriu, me fazendo cafuné.

Passamos aquele restinho de tarde assim, eu recebendo carinho e assistindo filme.

Quando já eram 20h, o filme acabou e eu me levantei do seu colo, me espreguiçando.

Alana: Hoje o poze toca lá no baile. — Falou me olhando, enquanto fui até a cozinha pegar água.

Malu: Aí, eu babo naquela cara de malvadão dele. — Falei dando risada, e me jogando de volta no sofá.

Alana: Vamos lá amiga, esfriar a cabeça, esquecer os problemas.

Malu: Alana, as duas últimas vezes que fui naquele morro, tive que ficar rendida à boa vontade do dono de lá.

Alana: Ah, ele foi maneiro contigo, cara.

Malu: Foi, mas poderia não ter sido. Não tô afim de pagar pra ver. Tô fora de problema, já te falei isso.

Alana: Tu que caça problema, vê maldade onde não tem. — Falou me encarando e eu dei de ombro.

Malu: Sem contar naquela filha dele, a menina me odeia a troco de nada. Tô estressada, se ela me provocar vou querer meter a mão nela e eu não sou disso, sem contar que o GH me mata lá mesmo se eu encostar naquela praga.

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