Capítulo 35.

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O mês de janeiro passou voando, já estávamos em fevereiro e parecia que o tempo não parava de correr.

Bom, nesse 1 mês eu e o GH continuamos naquela de tentar nos adaptar ao jeito um do outro, mesmo na maioria das vezes discutindo, o importante é que sempre paramos pra dialogar, o que ajuda muito.

Nesse 1 mês também, descobrimos que a Alana estava grávida do Lobão, meu coração ficou quentinho, chorei, pulei com ela, e claro, ameacei caso ela não me colocasse como madrinha.

GH toda hora dava ênfase que seria avô e que era gostoso demais pra isso, mas no fundo eu via o quanto ele estava feliz pelo filho dele, até a Sara e a Alana começaram a se falar mais depois da descoberta.

Falar em Sara, o GH acabou pegando ela e o Foguinho no flagra, foi um auê todo, até tiro no pé do cara ele deu, mas depois ficou tudo certo e ele só deu uma lista com todos os juramentos que ele teria que fazer pra poder ficar pra valer com a Sara.

Bom, eu? Eu sigo entre a pista e o morro, embora na maioria das vezes fique muito mais por aqui, já que na pista fico muito sozinha.

Na semana passada o GH foi me buscar na loja, e adivinhem? O bonitão chegou com uma pistola na cintura, e sem blusa, dando a visão daquela arma pra todo mundo ali presente.

Meu destino? O mesmo da Alana um tempo atrás, r u a!

Cheguei até a discutir com os donos, fiquei puta mesmo, eu fazia de tudo por essa loja, mas mesmo assim não deu outra, pelo menos peguei uma graninha boa.

Eu liguei desesperada pra minha mãe, que me contou uma coisa surreal, ela me falou que meu pai tinha uma conta que era bloqueada e que foi liberada recentemente, e que na conta tinha uma grana que era minha e dela, que seria dividido, e já que agora eu estava desempregada, ela me mandaria a minha parte.

No total eram 200 mil reais, que eu acho que ela e ele foram acumulando esse tempo todo, então ficou 100 mil pra mim, me permitindo assim focar por agora apenas no meu curso.

Eu começaria na segunda feira, hoje era sábado, dia de baile, e eu nem tava a fim de ir, mas a Sara e a mais nova gravidinha do pedaço estavam com um fogo que só pela misericórdia.

Estava terminando de amarrar meu cropped, ele era preto e vesti um shorts saia branco, colocando meu tênis também branco em seguida e meus acessórios.

Malu: Cadê seu pai? — Perguntei descendo as escadas.

Sara: Ele disse que ia na frente, que você tava demorando muito. — Falou se levantando do sofá e passando a mão pela roupa.

Malu: A gente vai subir de a pé? — Perguntei preguiçosa.

Sara: Posso pedir pra algum vapor levar a gente, mas acho que meu pai não vai gostar muito de te ver em moto com outro cara não. — Falou desconfiada e eu dei de ombros.

Malu: Eu que não vou correr o risco de subir de a pé e ficar toda suada, minha maquiagem vai me agradecer. — Falei e ela só assentiu, saindo e chamando dois vapores, cada um subiu na sua moto e nós duas subimos também, logo senti o menino sair igual um louco.

Quando chegamos na rua que seria o baile nós fomos entrando, e de longe já vi o camarote cheio de mulher, mas cheio mesmo, enquanto de homem só estava o Portuga, GH, Foguinho, mais dois envolvidos e a Alana e o Lobão.

Olhei pra Sara e ela estava com a mesma cara que eu, então subimos e eu já fui na direção do GH, sorrindo falso pra ruiva que estava do lado dele.

Malu: Me dá licença. — Pedi sorrindo pra ela sem mostrar os dentes.

— Senta ali do outro lado, gata. Vou levantar não. — Falou arrumando o decote no vestido minúsculo e eu semicerrei os olhos pro GH.

GH: Senta aqui, amor, sem caô. — Pediu me puxando pro seu colo e eu vi a ruiva fazer cara feia e se levantar, saindo dali.

Malu: Por que ela estava aqui? E aquelas mulheres ali também? — Perguntei tentando parecer calma.

GH: Sei lá, pô, acho que tava com os moleques, ou esperando alguém, vou lá saber. — Deu de ombros virando seu copo e eu peguei, bebendo um pouco.

Malu: Eca. — Falei fazendo careta e sentindo ele dar um tapa na minha coxa.

GH: Para de ficar bebendo do copo dos outros sem perguntar antes, Maria Luísa, depois tem droga tu ainda vai achar ruim. — Falou me olhando feio e eu fiz careta.

Me levantei e fiquei do lado da Alana, alisando sua barriga que ainda estava criando forma.

Malu: Você tá tão linda, af, eu sou apaixonada por você. — Falei abraçando ela de lado, que sorriu.

Alana: Te amamos, amiga. — Falou fazendo carinho na minha mão que estava em sua barriga e eu sorri.

Estava muito feliz por ela, muito mesmo, minha amiga merecia as melhores coisas desse mundo, ela era sem dúvidas a minha melhor amiga, pessoa mais foda que eu conhecia.

Fiquei ali quietinha porque estava com um sentimento ruim dentro de mim, tipo pressentimento, então resolvi ficar só de canto....

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