Capítulo 45.

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A noite fui pro meu curso, como sempre fiquei com meu único amigo, o Leandro, prometi pra mim mesma que não deixaria o GH controlar com quem eu falava ou não e assim eu fiz. Rolou tudo normal, menos o fato de eu me sentir vigiada quando estava do lado de fora esperando o GH, um negócio ruim se instalou no meu peito.

Ouvi o barulho de uma moto e respirei aliviada quando reconheci o barulho.

GH: Viu um fantasma, pô? — Perguntou olhando ao redor.

Malu: Só vamos pro morro, por favor. — Pedi e subi na moto.

Fui o caminho todo sentindo um aperto no peito, e só melhorou quando entramos na casa dele.

Foi questão da gente entrar, pra logo em seguida o Lobão entrar correndo.

Lobão: Aê pai, se liga nisso. — Falou dando o celular pro pai, que olhava alguma foto.

Vi os músculos do GH contrair e seu rosto ficar vermelho, eu chutava que ele sentia mais ódio do que no dia da nossa briga.

GH: Que porra é essa? Só pode ser tiração com a minha cara. — Falou andando de um lado pro outro.

Lobão: Nunca gostei dessa mulher, sempre soube que ela era coisa ruim, só suportava mais por causa da Sara. — Falou e logo vi a Sara descer as escadas.

Sara: Que barulho, só falam gritando. E eu ouvi meu nome. — Falou coçando os olhos, provavelmente havia acordado agora.

GH: Vou te perguntar só uma vez. Tu sabia que a piranha da sua mãe tava se envolvendo com o RB? Tu sabia que essa filha da puta tava se envolvendo com cara de facção rival, caralho? — Perguntou gritando e eu abri a boca.

Sara: Claro que não, pai. Quem te disse isso? Minha mãe? Cara, desde o dia que você chamou ela lá em cima ela nem me deu mais muito papo, ficou brava, disse que eu deixei ela ser humilhada.

GH: Olha a porra dessa foto, Sara. — Pegou o celular e deu na mão dela, que olhou incrédula.

Sara: Não é possível, ela não pode tá fazendo isso, minha mãe é louca! — Falou e eu vi algumas lágrimas descerem.

Era raro ver a Sara chorar.

Malu: Calma, respira, tá todo mundo muito estressado. — Falei abraçando ela de lado.

Lobão: Se essa filha da puta tiver tramando contra nós, a gente não vai perdoar.

GH: Não mesmo, eu mato ela com minhas próprias mãos. — Falou ainda vermelho. — Se liga Malu, fica aí com a Sara que eu vou colar na boca, preciso deixar todo mundo a par do bagulho, se a trocação começar eles tem que tá ligado.

Malu: Tá bom, se cuida. — Falei e vi ele sair pisando fundo com o Lobão.

Olhei pra Sara que se sentou no sofá e tinha a cabeça abaixada entre as mãos.

Sara: Ele vai matar minha mãe, Malu, eu sei que vai.

Malu: Eu nem sei o que dizer... — Falei sincera, me sentando do seu lado.

Sara: Por que aquela maluca fez isso, cara? Ela não pensou em nada... nem em mim, os caras de lá odeiam meu pai, meu irmão, me odeiam.

Malu: Vou fazer algo pra gente comer. — Falei me levantando e indo pra cozinha.

Minha intuição dizia que o fato de eu sentir que estava sendo vigiada hoje, tinha alguma ligação com essa história toda, mas o GH já tinha coisas demais na cabeça, não iria trazer mais possíveis problemas, até porque poderia ser coisa da minha cabeça...

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