Capítulo 27.

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GH: Chega em, porra. Tá doidona demais já. — Falou tirando o copo da mão da filha.

Sara: Poxa pai, o Gabriel também tá, vai encher o saco dele. — Falou fazendo bico e abraçando o pai pela cintura.

GH: Ele a mina dele cuida, você eu vou ter que ficar igual um otário aguentando vomitar.

Sara: O foguinho cuida de mim. — Falou se soltando do pai e abraçando o foguinho.

Me liguei na hora, mas fiquei quieta.

GH: Pode soltando, vai, vai. — Falou com ciúmes da filha e eu dei risada.

Ficamos ali até umas 4h, mas depois um pessoal arrumou briga e a polícia apareceu, então GH teve que sair puxando os moleques tudo bêbados, por sorte ele estava de boa.

Quando chegamos em casa, eu ajudei a Sara a entrar no banheiro, e depois peguei uma roupa pra ela, mas logo a mãe dela acordou fazendo cara feia e dizendo que cuidaria, então só saí dali pra não me estressar.

Quando cheguei no quarto, vi o Gustavo sentado com o cabelo molhado e no celular, cheguei do lado, vendo ele responder uma menina.

Malu: Quem é?

GH: Uma nega aí, pô. — Falou e eu olhei feio pra ele, sem render papo e entrando no banheiro.

Tomei um banho relaxante e passei o máximo de tempo possível, não tava a fim de olhar pra cara dele.

Assim que saí, ele já estava na varanda fumando.

Coloquei meu pijama e passei meus produtinhos, e me deitei na cama, enfiando meu celular na minha cara.

Vi que minha mãe tinha me respondido o feliz ano novo que mandei pra ela, e mandei alguns corações pra ela.

Não demorou muito para aquela voz rouca ecoar pelo silêncio que estava aquele quarto.

GH: Tá brava por que, Maria Luísa? — Perguntou e eu ignorei. — Não nega voz não, garota, larga de ser criança. — Falou puto e eu levantei o olhar do celular pra ele, o encarando.

Malu: Tu é muito engraçado, comédia mesmo. — Falei e ele me olhou como se eu fosse uma louca.

GH: Eu tava só respondendo o feliz ano novo da mina, pô. O que tem demais nisso? — Falou apagando o cigarro e entrando, se sentando na cadeira que tinha ali, de frente pra mim.

Malu: Se fosse eu, tu tava surtando. Eu tenho certeza que todas essas meninas aí você já pegou, não sou obrigada a gostar. — Dei de ombros e ele sorriu fraco.

GH: Não falei que tô contigo, mimadinha? Então já era, meu papo é um só. Sou moleque não, Malu, sou vagabundo vivido demais, sei o que vale a pena e o que não vale. — Falou e eu deixei um sorriso escapar.

Malu: Ai, que saco. Vem cá. — Pedi abrindo os braços e ele veio, me puxando pra ele.

GH: Obrigada por hoje, pô.

Malu: Pelo quê? — Perguntei confusa.

GH: O bagulho com a Sara. Fiquei felizão, quase dava tiro pro alto pra comemorar. — Falou fazendo graça e dei um beliscão nele.

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