Capítulo 3

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Pov Amity

- / Sábado 02:00 / -

Acordo com batidas na porta e me sento rapidamente na cama, assustada.

— H-Hã?!

— Ei, tem alguém aí?! — Uma voz estranha grita do lado de fora.

A música abafada da festa faz minha cabeça doer, doer muito.

Espera, festa? Por que eu não consigo me lembrar de como cheguei até esse quarto?!

Ouço mais batidas e me lembro de que alguém estava do lado de fora.

— S-Sim! Tá ocupado!

— Ah, desculpa!

Olho ao redor do quarto, vendo que estava sozinha.

Suspiro. O que eu fiz dessa vez...?

Fecho os olhos e me forço a tentar lembrar de algo, mas tudo o que vem à minha mente são borrões e flashs de lembranças desorganizadas.

Beber, beber mais, sentar na grama... Lucia me oferecer droga e eu segui-la. Espera, Lucia?! Ela deve saber de algo.

Me levanto da cama e vou até a porta, destranco-a e saio do quarto. Desço as escadas na procura da garota. Olho na cozinha, nada. Na sala, nada. Droga, cadê ela?!

Vou até os fundos da casa e de longe vejo Lucia conversando com uma garota loira. As duas estavam sentadas na borda da piscina e a outra garota estava com os pés dentro da água. Ao me aproximar, noto que Lucia não usava mais a blusa branca por baixo de sua camiseta roxa, ela havia a tirado e agora a blusa estava amarrada em sua cintura.

Chego um pouco mais perto das duas porém Lucia se aproxima mais da garota, a dando um beijo enquanto segura sua cintura. Paro de andar. A loira coloca os braços em volta do pescoço da morena e o beijo se intensifica. Acho que cheguei na hora errada...

Deve ser melhor questioná-la no N.A.

Me viro e entro mais uma vez na casa, passando por jovens já bêbados. Saio pela porta da frente e vou até a calçada, me afastando da festa.

Pego o celular e vejo a hora: duas da manhã. Minha mãe vai me matar...

Abro o aplicativo da Uber e solicito uma corrida até minha casa.

Espero por alguns minutos e vejo um carro se aproximar. Olho a placa e confirmo ser o Uber. Ao parar o carro ao meu lado, o vidro se abaixa.

— Amélia Blight? — O cara dentro do carro pergunta.

Afirmo com a cabeça e abro a porta de trás, entrando no carro. Sento no assento dr trás ao lado da janela e fecho a porta.

Ele confirma o passageiro e começa a dirigir até a minha casa. Enquanto a viagem ocorre, sinto uma intensa dor de cabeça. Droga, por quê eu fui beber...?

Coloco a mão na testa, fechando os olhos.

— Tudo bem?

Abro os olhos e noto que o motorista me encarava pelo retrovisor.

— Sim, só bebi demais.

— Uma garota como você não deveria beber muito.

Fico confusa por rápidos segundos — Não estou entendendo onde quer chegar.

— Digo, muitos caras querem se aproveitar de garotas assim.

Reviro os olhos.

— Vai demorar muito para chegar?

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