Vícios (+18) [Beta Lumity]

Capítulo 5

Pov Hunter

— E-Eu prometo p-pagar na próxima s-semana!

— Você sabe a quanto tempo você têm me dito isso, cara? — Bufo, colocando a mão que segura a arma em meu rosto.

— D-Dessa vez é sério! — O cara caído ao chão treme de medo.

Abaixo a mão, apontando a arma para a cabeça do homem.

— Foi mal, meu chapa. Mas o seu tempo se esgotou — Digo antes de atirar em sua cabeça.

Bufo.

— Cuzão do caralho — Guardo a arma entre a minha calça e a minha barriga, deixando a camiseta escondê-la.

Sinto meu celular vibrar e o pego, notando que era Luz me ligando. Atendo a chamada e coloco o celular na orelha.

— Alô?

— Você tem alguma droga aí?

— Huh? De qual você precisa?

— Ugh, qualquer uma, caralho.

Havia angústia e frustração em sua voz.

— Aconteceu alguma coisa com você?

— Claro que aconteceu.

Era notável, a última vez que vi ela tão ansiosa assim foi quando a mãe descobriu que ela usava drogas.

— Tenho Tylenol e Fentanil.

— Tylenol é muito fraco... Preciso do Fentanil. Consegue me encontrar?

— Onde?

— No mesmo lugar de sempre.

— Já é.

Ela desliga a chamada.

Wow, o que rolou com essa garota?

Pov Amity

A mulher termina de enfaixar a minha mão.

— Pronto, deve estar menos dolorido agora.

— Sim, está... Obrigada.

— Sem problemas — Ela dá um sorriso caloroso, o que me faz esquecer da dor por alguns segundos — Sua mão deve melhorar daqui a algumas semanas, mas fique de olho nela, ok?

— Certo...

— Sou a Lilith, aliás.

— Ah, prazer... Sou a Amélia.

A mulher parece surpresa. Odeio isso.

— Amélia Blight? A filha de Odalia Blight?

— É...

Droga, odeio isso. Sempre que falo o meu nome as pessoas reagem da mesma forma. Não são capazes de me tratar como um ser humano normal?!

— Eu estudei com a sua mãe no ensino médio.

— Huh?

— É, nós éramos... Conhecidas. Ela sempre se gabava de tudo que fazia, ela ainda é assim?

Dou uma risada irônica — É pior.

— Sinto muito — Lilith diz com um olhar genuíno de compaixão.

Sinto uma mistura de surpresa e alívio. Nao esperava encontrar alguém que entendesse, mesmo que apenas um pouco, o peso que carrego por causa da minha mãe.

— Obrigada, Lilith.

Ela sorri novamente, um sorriso encorajador.

— Você é mais forte do que pensa, Amélia. E não está sozinha nisso. Se precisar de mim para conversar, estarei aqui.