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CAPÍTULO 8
uma missão.

Eles estavam se sentindo superinfelizes naquela noite

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Eles estavam se sentindo superinfelizes naquela noite.

Acamparam no bosque, a cem metros da estrada principal, em uma clareira pantanosa que as crianças do lugar obviamente vinham usando para festas.

O chão estava repleto de latas de refrigerantes amassadas e embalagens de fast-food. Tinham pego um pouco de comida e cobertores da tia Eme, mas não ousaram acender uma fogueira para secar suas roupas molhadas. As Fúrias e a Medusa já haviam proporcionado animação suficiente para um dia. Não queriam atrair mais nada.

E então, eles decidiram dormir em turnos. Percy se prontificou a ser o primeiro a ficar de guarda.

Annabeth enroscou-se sobre os cobertores e já estava roncando quando sua cabeça tocou o chão. Hydra apertava o colar azul brilhante que Atlas dera a ela, se esforçando para fechar os olhos. Grover subiu com seus tênis voadores para o galho mais baixo de uma árvore, encostou-se no tronco e ficou olhando para o céu da noite.

— Vá em frente e durma - Percy disse a ele. — Acordo você se houver problemas. - Ele assentiu, mas ainda assim não fechou os olhos.

— Isso me deixa triste, Percy.

— O quê? Ter se juntado a essa missão estúpida?

— Não. Isso me deixa triste. - Ele apontou para todo aquele lixo no chão. — E o céu. Não dá nem para ver as estrelas. Eles poluíram o céu. Esta é uma época terrível para ser um sátiro.

— Ah, sim. Acho que você seria um ambientalista.

Ele o lançou um olhar penetrante.

— Só um ser humano não seria. Sua espécie está entulhando o mundo tão depressa que... Ora, não importa. É inútil fazer sermões para um ser humano. Do jeito que as coisas vão, nunca encontrarei Pan.

— Que Pan?

— Pan! - bradou, indignado. - P-A-N. O grande deus Pan! Acha que quero uma licença de buscador para quê?

Uma brisa estranha faz farfalhar a clareira, encobrindo por um momento o fedor de lixo e putrefação. Trazia o cheiro de frutas e flores selvagens, e de água limpa de chuva, coisas que devem ter existido algum dia naqueles bosques. De repente, Percy sentiu saudades de algo que jamais conhecera.

— Fale-me sobre a busca

Grover olhou para ele com receio, como se temesse que ele estivesse apenas se divertindo às custas dele.

— O Deus dos Lugares Selvagens desapareceu há dois mil anos - contou. — Um marinheiro vindo da costa de Éfeso ouviu uma voz misteriosa gritando na praia: ― Conte a eles que o grande deus Pan morreu! Quando os seres humanos ouviram a notícia, acreditaram. Estão pilhando o reino de Pan desde então.

THE ARCHER, percy jacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora