Collide

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 Jungkook apenas fez seu caminho até o vestiário, tirando a jaqueta no caminho. Uma vez lá dentro, não tardou em se despir e seguir para o chuveiro, não se importando que a água estivesse fria.

O toque gélido chocou-se com o calor do seu corpo, que até então, o moreno não havia percebido estar tão quente.

Se perdeu em pensamentos tentando entender em que momento aquele calor se apossou do seu corpo, e foi então que a imagem do olhar que Jimin lançou em sua direção e as palavras ousadas, invadiram sua mente.

Naquele mesmo instante, como que sendo invocado pela força de seus pensamentos, a porta foi aberta e Jimin passou por ela, atraindo os olhos escuros de Jungkook que não conseguia desviar seus olhos dos dele.

O ruivo não proferiu palavra alguma, enquanto a cada passo dado, uma peça de roupa ia de encontro do chão, o levando para mais perto do moreno, apenas parando quando estava de frente para o mesmo.

Os olhos sagazes de Jimin analisaram a escuridão dos olhos de Jungkook. A língua astuta, fez uma pequena aparição, apenas para umedecer os lábios fartos do ruivo antes que eles formassem as palavras seguintes:

— Agora doutor, me diga, o que achou dos filmes que esteve assistindo em seu laboratório?

Jimin perguntou, seus olhos não perdendo a surpresa que via nos olhos redondos e o momento exato que as orelhas do moreno se tingiram de vermelho nas pontas.

— Devo dizer que, achei eles um pouco forçados, a meu ver.

Jungkook respondeu, tentando esconder o embaraço que sentia ao ser questionado sobre o que, gostava de pensar, ser seu segredo. 

— Então, — Jimin disse, ao que levava uma mão a cintura delgada do maior — quer dizer que não gostou do que assistiu? — novamente fez uma pergunta, ao mesmo tempo que as pontas dos dedos roçavam a pela nua de Jungkook.

O moreno prendeu a respiração, mordendo e fechando os olhos antes de voltar a abrir os mesmo e responder, com voz tremula:

— Não de todo, alguns me causaram algumas sensações que desconheço ainda. Mas não acredito que alguém consiga durar tanto tempo em um ato sexual como o fizeram parecer.

A primeira frase era uma mentira.

Jungkook já as havia sentido antes e as estava sentindo novamente ao ter os dedos pequenos da mão tatuada do ruivo, dedilhando seus traços tortuosamente.

— E me diga, doutor, você acha que está pronto para experimentá-las agora? Quer testar para ver se o que foi mostrado neles, é algo impossível de acontecer?

Jimin perguntou, colando seu corpo ao do maior, ao mesmo tempo, roçava os lábios carnudos aos finos de Jungkook.

— Só poderei lhe dar uma resposta após experimentar, Jimin. — Jungkook respondeu, traçando a boca carnuda de Jimin com a língua.

Aquele seu gesto foi o estopim para Jimin, que tinha a outra mão traçando a mandíbula marcada de Jungkook, levar a mesma mão aos fios escuros do rapaz e puxar seu rosto para frente, enquanto tomava posse daquela boca abusada.

O beijo não começou lento, ele deixava transparecer todo desejo que os dois homens vinham mantendo guardado dentro deles, por tanto tempo.

Jimin maltratava a boca alheia, não assustando Jungkook que correspondia avidamente ao beijo, descontando tudo que sentia, mordendo e chupando a boca de lábios fartos.

Jungkook não deixou sua timidez tomar conta dele ao, assim como o ruivo, levar a mão aos fios acobreados e a firma ali, enquanto as cabeças moviam desesperadamente de um lado para o outro.

Estigma: Distrito 58Onde histórias criam vida. Descubra agora