9 - Conversa Franca

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Jack fechou o quarto e foi para o salão de reuniões, onde os líderes do seu exército esperavam por ele. Graças a Anya ele agora estava atrasado e com os pensamentos avoados.

Ela estava só comendo cerejas, por  que ele não a mandou para o quarto e seguiu seu caminho?

- Se cortassemos o abastecimento de água em poucos dias eles se renderiam. - Insistiu Rick, que era general do seu exército e velho amigo de seu pai.

- Não pretendo matar civis de sede. - Respondeu Jack tamborilando os dedos no mapa em cima da mesa.

- Estamos em guerra, Majestade. Haverá mortes.

Jack se pôs de pé.

- Se estou aqui para ouvir as mesmas ideias de sempre, estou me retirando. Temos mais um mês de inverno. Iremos manter nossas bases até a chegada da primavera, então daremos um aviso para evacuarem os cidadãos antes de invadirmos.

- Mas como vamos ter garantia de que vamos vencer? Eles são um reino bem grande.

- É pra isso que estarei me casando, não é? Para vencermos em números.

Jack saiu dali impaciente. Iria jantar com seus hóspedes como prometeu a sua mãe. Ao chegar no salão percebeu que Íris foi posta na cadeira ao seu lado.

- Alteza... - Cumprimentou ele ao sentar-se.

- Majestade... - Respondeu ela com um sorriso tímido. Ela era bonita. Em outros tempos Jack já a teria levado para a cama, ainda mais sabendo que ela estava prometida a ele.

- Estava em mais uma reunião, filho? - perguntou Heloísa.

- Sim.

- Não acha que poderia me chamar para algumas dessas reuniões? - perguntou Thomas bebericando uma taça de vinho.

- Acho que não. Ainda não sou casado com sua filha e seus soldados ainda não contam em minhas fileiras, apenas em minhas despesas.

- Quanto a isso... - Respondeu Thomas olhando de soslaio para Heloísa. - Podemos adiantar esse casamento. O quanto antes é melhor para todos, não?

Jack encarou o homem. Não havia o menor motivo para adiar, mas havia algo relutante em sua mente.

- Tem razão. - Respondeu Jack. - Irei conversar com meu Conselho quanto a uma data.

- Certo. - Respondeu o velho parecendo satisfeito. Uma serviçal se inclinou para servir um enorme pernil na mesa e Jack a segurou pela mão.

- Leve algumas porções para o meu quarto, por favor. - Disse ele para a serviçal, que corou violentamente com o contato físico e a ordem direta. - Leve também algumas sobremesas, mas nada que contenha cereja.

- Para o seu quarto, filho? - perguntou Heloísa franzindo as sobrancelhas com um olhar significativo.

- Sim. Algum problema? - Respondeu Jack.

Todos perceberam seu mal-humor e a refeição ocorreu em silêncio, e ele ficou satisfeito por isso.

Comeu se perguntando se Anya poderia ter fugido do seu quarto. Ao pensar nela lembrou da sensação de ter seus seios entre os lábios e não pôde controlar a vontade de fazer isso de novo... de provar todo aquele corpo. Aquela garota rebelde e respondona... ele iria prová-la inteira.

Obcecado Por AnyaOnde histórias criam vida. Descubra agora