4 - Condição

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Jack observou Anya sair do quarto apressada e com raiva enquanto ele sorria. Adan, que estava do lado de fora da porta, entrou no mesmo instante.

- Vejo... - Comentou Adan. - que se diverte.

Jack estalou os lábios e caminhou até a janela, voltando a admirar a neve que caía suavemente.

- O que acha dela? - perguntou ele. Adan colocou as mãos para trás e pigarreou, tentando colocar os pensamentos em palavras.

- Acho... que Vossa Majestade arrumou uma boa distração nesses tempos de guerra.

- Não é? - Respondeu Jack com uma risada e fechou a cortina da janela. - Como meu escudeiro você terá menos trabalho a partir de hoje.

- Que bom, Majestade. - Adan respondeu. Não estava acostumado a ver Jack demonstrar interesse em algo, mas tinha que admitir que a aparição de uma bela mulher da cor da neve que aparentemente caiu do céu era um bom motivo para deixar o jovem rei animado.

- O que estava dizendo sobre o Conselho antes de Anya chegar? - perguntou Jack sentando-se à mesa e pegando alguns doces para comer.

- Sua mãe, a rainha... pede que o senhor libere as barreiras até o reino Toledo. Eles estão a caminho.

Jack franziu as sobrancelhas, engolindo o doce cremoso que havia mordido. Estivera fora apenas para conferir uma de suas bases, fazia isso com frequência para coletar relatórios pessoalmente. E a cada vez que saía perdia as reuniões do Conselho...

- Aceitaram se aliar a nós?

- Com uma condição, Majestade...

- Qual?

- Deve se casar com a princesa deles.

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Anya ocupou o quarto que Jack ordenou. Não havia bagagens para levar, então carregou tudo em apenas uma viagem... um vestido arranjado por Mila (além daquele que já estava usando) e alguns cobertores limpos.

- Obrigada. - Disse Anya para a garota, que não parava de lamentar o fato de Anya ter recusado a oferta do Rei.

- As mulheres do harém são cheias de privilégio e luxos... - disse ela pela vigésima vez. - você deveria repensar.

- Não vou entrar no menu sexual de um homem... e eu mal o conheço. - Respondeu Anya. - Além disso ele é enorme.

- E o que tem isso?

- Como assim? Ele partiria meus ossos.

Milla corou levemente dando risadinhas.

- Imagino o quão difícil seria pra você aguentar aquilo tudo... - Comentou ela.

- Você é do tipo que faz piadinha de duplo sentido?

- Ora, claro que sou... bom, vou indo. Sempre que estiver livre me procure. - Disse Milla com um sorriso e se foi. Anya esperou que ela saísse e conferiu se a porta tinha trinco.

- Ufa... - suspirou ao confirmar que poderia se trancar ali. Alguns dos homens que cercavam Jack não lhe passavam confiança.

Não voltou a ser chamada pelo rei, então andou livremente pelo castelo conhecendo lugares novos. Constatou que não havia mesmo eletricidade em todo o castelo, mas isso fazia certo sentido devido ao tamanho do lugar, esse povo parecia ser uma mistura entre o moderno e o antigo. Satisfeita viu que também havia tubulação e água encanada. Jantou na cozinha, sob olhares e perguntas frequentes sobre como ela chegou nesse mundo e se era algum tipo de bruxa, ou fada, ou a tal filha da Lua como as idosas murmuravam pelos cantos.

Obcecado Por AnyaOnde histórias criam vida. Descubra agora