Química

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Pov Camila

Já faziam dois dias da última vez que vi Lauren e a arrogante de sua namorada.
Meu quarto estava completamente revirado, eu não sabia mais onde procurar por aquele papel com o número de Lauren, não consegui esquecer aquele verde profundo de seus olhos, o jeito que o seu sorriso surgia para mim.

Porra cabello, não é pro seu bico

- Céus kaki, que bagunça é essa ? - minha mãe entrou no quarto assustada.

- Mama, estou procurando um papel com um número de telefone -  disse triste.

- Seria esse ? - ela falou puxando o papel da gaveta da minha mesa de cabeceira.

- Mama, não acredito, revirei o quarto inteiro - falei sentando no chão.

- Trate de arrumar isso mocinha, teremos visitas em breve, e por favor, me ajuda com sofi, ela não quer ir pro colégio - falou saindo do quarto.

- Ok mama, já estou indo - falei enquanto encarava o número diante de meus olhos.

Desci para arrumar sofi pro colégio.
Sofi é minha irmã mais nova de apenas 5 anos, ela está com dificuldades de adaptação na escola desde que nos mudamos.

Depois de um longo dia ajudando mama com as caixas da mudança, resolvi enviar uma mensagem pra ela, torcendo para haver uma resposta.

"Olá, tem alguém aí?"

Pov. Lauren

Estava cheia das minhas brigas com inglesias, a cada dia que passava o seu ciúme me corroía de dentro para fora, nesses últimos dois dias estava muito estressada, acredito que esteja ligado ao fato de que Camila não havia sequer me ligado, nem uma mensagem! Aquilo mexeu comigo, como pode? Algo tão simples fazer tudo isso dentro de mim?Meus pensamentos foram interrompidos por verônica.

- Você tá me escutando lauren? Eu estou a horas falando e você nem se quer disse uma palavra!!!

- O que quer, verônica? Tirar o que me resta de paciência? Não seja tão rude.

- você vai ou não? — perguntou me encarando

- Para onde quer que eu vá, iglessias? - perguntei tentando me orientar na conversa.

— Dormir lá em casa hoje amor, comprei aquele filme que você estava querendo assistir, estou com saudades de você - falou enquanto repousava seus braços em meus ombros.

- Não posso, verô, tenho alguns trabalhos do colégio e papai está pegando no meu pé com as notas de química.

- A que saco você anda muito.....- ela parou ao me ver sorrir para o meu celular.

- O que tem tanto nesse celular? Você não para de olhar um segundo sequer para ele? - perguntou irritada.

- Me deixa, verônica - Era ela, Camila havia finalmente lembrado de minha existência -  aliás, vamos vou deixar você em casa, já está tarde e não quero que o tio Miler me mate por devolver você tarde - falei dando depositando um selinho em seus lábios.

- Me deixa dormir aqui com você amor, por favor - falou com um tom de mimo.

- Não verô, amanhã eu irei dormir com você, prometo!  Hoje tenho trabalhos para fazer - falei colocando o capacete em sua cabeça e pegando a chave da moto. - Mãe, estou indo deixar verônica, precisa entregar algum documento pro tio Miler?

"Naaaaoooo, beijos verônica"
Minha mãe gritou da cozinha.

Meu pai me deu a moto no meu aniversário de 17 anos, embora ele não curtisse muito, e achasse muito perigoso, eu e meu irmão sempre amamos motos e carros, mais motos que carros. Era simplesmente a moto de meus sonhos!
Com um certo tempo ele se acostumou com a ideia, já que eu trabalhava meio período em nossa empresa, e sempre era mais rápido fazer entrega de documentos e coletar assinaturas de moto.
Nossa família tem uma construtora no ramo imobiliário, construímos prédios, sejam comerciais ou hotéis de luxo.

Camren - Olhos ProibidosOnde histórias criam vida. Descubra agora