Capítulo 59

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POV Minji Park Kim Manobal

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POV Minji Park Kim Manobal

Ajeitei Chiquita em meu colo e a ninei, ela estava melhorando pouco a pouco, mas naquela manhã ema acordou totalmente carente e minhas mães não podiam ficar em casa, por isso eu decidi ficar em casa naquele dia, enquanto Hanni cuidava da minha Hyein. Ter Chiquita em meu colo como um bebê me dava a sensação de que eu poderia proteger de todo o mundo e ser seu ponto de segurança no resto da vida.

—Mimi...—ela me chamou e eu a olhei.— Ah.— ela abiu a boca e eu ri, pegando a mamadeira e colocando em sua boca.

—Aheyon está com saudade de você na escola.

—Sodade?—ela perguntou e eu assenti.

—Melhore o mais rápido que conseguir...—pedi.—Agora vamos assistir um filme legal...

—Vado Favoito!— ela disse pulando em meu colo e eu ri.

(...)


Deslizei a escova pelos cabelos longos da minha irmã e sorri. Hyein estava sentada em minha cama, usando um blusão e falando com Haerin pelo celular, elas pareciam se dar bem e eu até estava começando a aturar aquele projeto de gato. Hanni estava deitada de lado na minha cama, nos olhando com um sorriso fofo, ela estava de pijama, mais uma noite que dormiria aqui comigo. Quando ela chegou mais cedo mamãe Rosé saiu resmungando enquanto mommy Jen ria de algo.

—Você gosta dela?—Hanni perguntou, chamando nossa atenção.—Seus olhos brilham quando está falando com ela...

Olhei para a minha irmã, seriamente, vendo realmente aquele brilho irritante em seu olhar. Droga! Minha irmã está muito apaixonada.

—O quê? Não! Não mesmo!—ela riu nervosa e me encarou.—Eu não gosto dela como sua namorada faz parecer.—ela disse para mim e eu suspirei.

—Não minta para mim, Grace.—falei e ela fez biquinho.—Olha, é normal... acontece, as vezes a gente se apaixona pela nossa amiga e sente coisas que a gente não sentia...

—Pare!— ela se levantou da cama e caminho de um lado para outro.—Eu não estou apaixonada. Eu só nunca tive uma amizade só minha, vocês estão confundindo as coisas. Vocês e as mães tem que parar de achar que todo mundo se apaixona por todo mundo.

Me levantei e segurei os braços da minha irmã, que continuava a falar, negando que queria algo a mais com Haerin e eu sabia que tinha algo por trás, podia ver nos seus olhos.

—Hyein...

—...e ela já é apaixonada por outra pessoa.—ela disse e eu pude ver os olhos dela cheios de lágrimas.

—Ah, querida...—Hanni a abraçou e Hyein se derreteu em seus braços.—Está tudo bem...

(...)


O corredor da escola estava praticamente vazio, apenas com cinco ou seis pessoas e eu a vi de longe. Caminhei devagar até ela que mexia em seu armário e me encostei no armário do lado, fazendo um pouco de barulho e chamando sua atenção, enquanto eu cruzava os braços. Haerin me olhou como se nada a afetasse e aquilo me irritou. Poxa, é meu trabalho de irmã protetora ameaçar as pessoas que gostam das minhas irmãs e eu já percebi que ela definitivamente gosta da minha irmã.

—Podemos conversar?

—Estou atrasada para a aula de inglês...

—Aposto que se atrasar uns minutinhos não vai fazer diferença. Você tem cara de quem tem o histórico impecável.—falei e ela respirou fundo.

—O que quer, Park? Eu já sei que você não vai muito com a minha cara, então não entendo o motivo de você querer conversar comigo.—ela fechou a porta do armário e me encarou.

—Sei que gosta da minha irmã...—comecei, mas ela me interrompeu.

—Isso está fora do seu controle.

—Eu sei, garota. Mas também sei que parece haver outras na parada.—falei e ela continuou a me encarar sem expressão. Droga, essa garota me dá arrepios.—Se está pensando em ficar com a minha irmã, espero que resolva bem as coisas antes de dar o próximo passo. Ela já foi muito magoada na vida, não quero que aconteça de novo, mesmo que eu sempre esteja lá para receber ela nos meus braços.—falei e suspirei.—Resolva rápido, Hyein pode achar outra pessoa para ela e você vai ficar chupando o dedo.—avisei e vi quando Aheyon estava se aproximando e fui surpreendida quando ela segurou a garota pela lapela do blazer e a bateu contra o armário.

—Eu já percebi o seu jeitinho com a Hye...se você a magoar, eu vou arrancar seu olho fora.—ameaçou e Haerin engoliu seco. Essa é a minha garota!—Preste bem atenção, a minha namorada não está aqui e eu não costumo me comportar bem sem ela por perto...

Aheyon a soltou e eu vi Haerin ajeitar a gravata, enquanto eu sorria para ela e me virava para continuar meu caminho com Aheyon logo atrás de mim.

— Vai ver a Chiquita hoje?

—Não...acabei de ameaçar uma pessoa, seria capaz ela melhorar e me dar um sermão até meu ouvido cair se ela souber, vou deixar a raiva dela passar um pouco quando Hyein contar o que eu fiz...—ela comentou e eu ri, a abraçando pelos ombros.

—Bom, nós duas teremos que lidar com minhas irmãs e nossas namoradas. Que tal relembrar os velhos tempos? Aí sim daremos bons motivos para os puxões de orelha...

—Eu estou com meu celular e com meu dinheiro... só preciso de ajuda para sair da escola.—sorri para ela.

(...)


Aheyon soltou a fumaça que pendia e eu dei mais uma tragada no cigarro, aproveitando a nicotina.

—Eu tava com saudade disso.—olhei para o horizonte e sorri.

—Se você chegar em casa com esse cheiro, suas mães vão enlouquecer.—Aheyon comentou, soltando mais um pouco de fumaça, depois da sua última tragada.

—E suas mães?—perguntei e ela riu.

—Minhas mães?

—Elas são como suas mães, cuidam de você melhor que seus pais... são suas mães.—dei se ombros.

Eoa suspirou e apagou o cigarro. A encarei sem entender, enquanto a via pegar algo na mochila. Ela me estendeu um pequeno caderno e eu sorri ao abrir e ver os esboços que tinham ali.

—São lindos...

—São para uma faculdade.—ela disse e eu fiquei tensa. A olhei e ela apontou para um desenho da minha irmã mais nova.—Consegui uma bolsa de estudos e meus pais querem que eu vá agora mesmo fazer faculdade...eles já até falaram com um juiz para dar um jeitinho.—ela pigarreou.—Se tudo sair como eles querem, vou ficar quatro anos longe de vocês e da minha tia. Papa diz que é o melhor, que sou a única herdeira deles e eles querem o melhor de mim.

—Mas a Chiquita...—engoli seco e a encarei.

—Eu sei...eu não sei o que fazer...

—Negar seria uma opção?

—Você sabe que não é assim!—ela se levantou e bateu a terra que ficou em sua saia.—Eu sou a única filha deles, já não vou me dedicar a empresa da família...

—Aheyon...—me levantei e a puxei para um abraço forte.—Vamos dar um jeito!

Quand l'amour trouve une maisonOnde histórias criam vida. Descubra agora