Capítulo 71

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POV Minji Park Kim Manobal

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POV Minji Park Kim Manobal

Mama estava na sala, ela estava fazendo algo no computador, fingindo que não estava na casa. Até agora estava tudo tranquilo, consegui tomar um banho e estava me preparando para fazer o jantar. Lise ainda é pequena e bebê passam o dia todo dormindo, então seria fácil de ganhar aquela aposta. Fiz algo rápido para mim e para a mama, lhe entregando e ganhando um sorriso dela como agradecimento.

—Como as meninas estão?—perguntei colocando um dorama e ouvi mama suspirar.

—Eu estou um pouco preocupada com elas...seria mais fácil com você lá.—ela murmurou e comeu um pouco.—Chiquita está chateada com a ida de Aheyon...e Hyein está grudada a Lise, ela nem quer mais sair de casa e até brigou com Haerin, ou algo assim.—ela comentou.—E como estão as coisas na casa dos seus sogros?

—Bem...mas não é como estar em casa.— sorri pequeno.—Eles me tratam bem, mas eu não gosto de incomodar e fico retraída. Eles até falaram que omma ligou para eles para pagar as minhas despesas, mas eu só vou para lá para dormir. Eu tomo banho naquelas casas de banho que tem aqui e como nas barraquinhas de rua...—expliquei.

—Isabelle! Casas de banho? Esses cantos podem ser meio perigosos.—ela bronqueou e eu sorri, eu sentia saudade disso.

Respirei fundo e deitei minha cabeça no ombro dela, que me fez um carinho. Fiquei ali com ela até que eu já não aguentava mais de sono e me despedi dela para dormir. Durante a madrugada eu ouvi um choro um pouco longe e em seguida senti meu corpo sendo balançado e a voz da mama me chamando.

—Minji, Lise está chorando, você precisa ver o que ela quer...

Abri um pouco um dos meus olhos e bufei. São uma da madrugada, ela não podia esperar um pouco mais?

(...)

Já são quase seis da manhã e minha  irmã não para de chorar. Ela chorava alto, balançando os bracinhos e as perninhas, exigindo atenção constante.

— Calma, Lise, calma. Por favor, pare de chorar.—suspirei.

Mas Lise não parecia disposta a se acalmar. Senti meu estômago se apertar enquanto a exaustão começava a se instalar. Eu estava cuidando da casa e da irmãzinha sozinha, e estava começando a sentir o peso disso tudo. De repente, mama entrou na sala, seus olhos rapidamente capturando a cena caótica diante dela.

—Você está se sentindo bem?—ela perguntou e eu me sentei no sofá, ainda ninando Lise.—Parece pálida, minha filha...

Ela tirou Lise do meu colo e a colocou no carrinho, ela voltou em minha direção e tocou minha testa.

—O que tem comido nas barraquinhas da rua? Buda...—ela parecia realmente preocupada.—Eu vou ligar para as suas mães!—ela me deitou devagar no sofá e eu senti um calafrio passando por todo o meu corpo, o pé da minha barriga estava doendo muito.—Jennie! Ela não tá bem...eu não vim de carro.

Lise ainda chorava e eu via o desespero da minha mama, que foi até a minha irmã, enfiando uma chupeta na boca e mexendo o carrinho. Depois que a bebê se acalmou, ela voltou para mim com um termômetro que só Deus sabe de onde ela tirou.

—Está com dor aonde?

—No pé da barriga...—murmurei e ela passou a mão na minha testa.—Suas mães estão vindo, a gente vai te levar para o hospital.

—Mama...fica comigo.—pedi e ela assentiu.

(...)


Tia Mina olhou o meu prontuário e suspirou. Ela estava quase saindo quando chegamos no hospital e ela ficou com a gente para ajudar no que for. Tia Jihyo veio com tia Tzuyu para buscar Lise para que as minhas mães pudessem ficar comigo. Mommy Jen estava ao lado da tia Mina, de olho em tudo o que ela fazia.

—O que quer dizer isso?—ela apontou para algo e estava no prontuário e tia Mina deu um olhar feio para ela, que a desafiou de volta.

—Quer dizer que ela está com uma infecção.—Tia Mina respondeu e me olhou.—Onde estava comendo? O que comia lá? Já imaginou se estivesse sozinha sei lá onde?

—Isso ai!—mommy disse, me encarando.

—Tem dias que você está assim...—ela disse e mommy arregalou os olhos.

—Minji!

—Ok! Já chega!—mamãe disse se levantando do sofá que tinha ali e veio até mim.—Ela já está medicada e nós estamos com ela...

—Sabe que só uma de vocês vai poder ficar com ela.—Tia Mina disse e olhou para mama.—Você tem que está em casa com Lise, ela não pode ficar sem o seu leite...

—Eu tenho uma audiência daqui há duas horas.—Omma Jisoo bocejou e olhou para o resto de nós.

—Eu não posso ficar também, eu tenho que pegar uma mercadoria amanhã cedo, Tzuyu não sabe escolher isso.—mamãe disse e acariciou meus cabelos.—Mas venho te ver amanhã assim que der...

—Acredito que de noite ela já tenha alta medica e possa ir para casa.—Tia Mina disse e eu respirei aliviada.

—Tudo bem, eu não tenho nada importante na empresa e mesmo se tivesse, deixaria para depois.—mommy Jen disse e sorriu para as minhas mães.

Elas se despediram de mim e depois saíram, deixando mommy e eu no quarto. 

(...)

Acornei novamente com dores e Mommy veio quase correndo até mim, chamando um médico e tentando me acalmar. Quando eu já estava medicada novamente os médicos se retiraram e eu me agarrei a mommy, que acariciou meus cabelos com carinho.

—Fica aqui comigo...—pedi baixinho.

—Para sempre, meu amor.—ela se deitou ao meu lado e limpou minhas lágrimas.—Não se preocupe, eu não vou te deixar, mesmo que você me chute da sua vida...

—Me desculpa.—pedi, ainda chorando e me agarrando mais a ela.

Eu estava com medo. Medo de ser deixada, de passar por algo assim sozinha, de não ter ninguém comigo. Mama ganhou...ela ganhou a aposta, agora eu só quero minha família de volta. O que eu faria se eu estivesse doente e sozinha? E se eu estivesse na casa de Hanni e não tivesse coragem de pedir ajuda? Como eu ficaria se eu continuasse a comer as comidas e rua para não incomodar meus sogros?

—Tudo bem, meu amor...apenas volte para casa e volte a fazer a terapia.—ela disse me apertando em seus braços.

Acabei dormindo em seu colo, como fazia tempo que não dormia.

Quand l'amour trouve une maisonOnde histórias criam vida. Descubra agora