Capítulo 39

104 12 0
                                    



Usando um avental e luvas, Janice pegou um punhado seco de jasmim, um pouco de baunilha, e raspas de madeira de sândalo, colocando em um recipiente de pedra, ela machucou todos muito bem formando um pó, enquanto o fazia ela pediu a Amélia que observava o trabalho da madrasta atentamente, para que pegasse um recipiente de vidro que continha um líquido marrom.

_ Obrigada querida! Ela sorriu para Amélia que lhe sorriu de volta, Amélia já estava totalmente recuperada do transplante e quase não haviam mais traços do agressivo câncer que a atingiu.

Agora Amélia poderia ter uma vida normal como qualquer outra criança, porém havia um pequeno problema, em Londres, Amélia era matriculada em uma escola, porém não a frequentava, a alegação de Daiana era que ela tinha um tutor particular, fato que foi negado tanto por Alan quanto pela menina.

_ Que cheiro bom! Janice sorriu outra vez.

_ Você gostou? Perguntou com um sorriso e a menina confirmou.

Janice dava graças aos céus por não ter enjoado de cheiros fortes, desde que entrou no segundo mês de gestação, seus sintomas diminuíram bastante, sentia apenas muito sono, cansaço execício, fadiga e azia, raras vezes enjoava e eram sempre com coisas muito específicas.

Ela desviou a atenção de seu trabalho quando sentiu o celular vibrar, indicando uma nova mensagem, pegando o celular no bolso do avental, ela olhou a mensagem enviada por Elizabeth, clicando no link enviado por ela. Ao fazê-lo Janice sentiu todo o sangue fugir do corpo, com o corpo trêmulo, ela puxou uma cadeira para sentar-se afim de evitar uma queda.

_ Janice? Amélia a chamou assustada com a reação da madrasta.

_ Não foi nada minha princesa, está tudo bem! Ela tocou o rosto de Amélia tentando sorrir mas falhou miseravelmente e a menina a abraçou.

Não demorou muito tempo e a porta da sala foi aberta por um Phelippe, completamente desajeitado e ofegante, ele respirou fundo algumas vezes, seus cabelos estavam desarrumados, sua gravata desajeitada, e seu rosto vermelho, ele havia corrido, disso ela tinha certeza.

_ Eu vim assim que a Elizabeth me mostrou o poster! Anúnciou caminhando em direção a ela.

_ O que eles querem comigo, logo agora? Questionou sem conter o soluço e Phelippe a abraçou com força afagando seus cabelos enquanto lhe diza palavras de consolo.

_ Vai ficar tudo bem, você não está mais sozinha meu amor, e nunca mais vai está, você é uma O'nill agora e ninguém nunca mais, vai te fazer dando, não vou permitir okay?! Janice confirmou ainda chorando e Phelippe voltou a abraça-la.

_ Mia, você quer um sorvete? A menina confirmou ainda aparentemente preocupada com a madrasta. _ Vêm com a tia Elisa, vou te comprar o maior sorvete que tiver! Anúnciou Elisabeth que havia ido com Phelippe porque estava preocupada e confusa com a situação, mas ao vê o desespero do chefe e da amiga, sabia que havia algo que eles não haviam lhe contado.

Phelippe tirou um cartão Black do bolso e estendeu para Elisabeth, pedindo que ela levasse Amélia para um longo passeio e em seguida a levasse de volta para a mansão, pois ele e Janice iria demorar a voltar.

_ Você está bem? Janice confirmou com um aceno mesmo que fosse mentira. _ Vem comigo! Phelippe pediu estendendo a mão para ela, e Janice apenas tirou o avental seguindo o marido sem ao menos perguntar para onde ele ia.

Phelippe a ajudou a entrar na camionete, dando a volta, assim que ele entrou deu partida, indo em direção a saída da cidade, pouco depois os grandes prédios da cidade foram ficando para trás, logo eles alcançar uma estrada de chão e pegando uma estrada oposta a estrada que dava para o parque florestal, pouco tempo depois, ele parou o carro, e segurando a mão de Janice passou a guia-la em direção a cachoeira, assim que chegaram lá Janice sorriu.

Sem Limites Para O Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora