Capítulo 40

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Respirando profundamente, Janice segurou a mão que Phelippe lhe estendeu, descendo do carro, ela sentiu uma imensa nostalgia ao vê a casa onde viveu o restante de infância e adolescente, antes aquela casa lhe parecia tão grande e luxuosa, mas depois de conhecer a mansão O'nill, aquela casa passou a ser tão pequena.

De repente uma senhora saiu da casa, Janice sorriu amplamente ao vê a senhora que incrédula, levou as mãos a boca emocionada, descendo as escadas da entrada a senhora idosa seguiu em direção ao grupo e abraçou Janice com força.

_ Senhorita! Janice sorriu emocionada.

_ Gertrudes! Janice deparou-se do abraço e olhou para Phelippe que permanecia sério. _ Vêm, quero te apresentar o meu marido, Phelippe! Ela segurou a mão do marido. _ Phell essa é a Gertrudes, minha ex babá e a mulher que me ajudou a sair daqui, ela salvou a minha vida! Com um sorriso Phelippe comprinentou a senhora que lhe sorriu genuinamente.

_ É uma pena que só tenha vindo agora, se tivesse chegado um pouquinho antes! Janice ficou preocupada.

_ O que aconteceu? A senhora suspirou triste.

_ O senhor Coleman, ele faleceu há dois dias, ele queria tanto te vê antes de deixar essa vida! Janice sentiu uma pontada de dor, seu padrasto era uma boa pessoa e não tinha culpa do que o filho dele e sua mãe fizeram com ela.

_ Eu sinto muito Gertrudes! Ela abraçou a babá outra vez.

_ Eu também minha menina, estava prestes a ir a capela onde está sendo realizado o velório, por que não vêm comigo? Janice olhou para o marido que respondeu.

_ Estamos aqui por sua causa, você descide o que quer fazer Janice! Ela concordou com um aceno.

_ Então vamos a capela! Respondeu engolindo o nó que se formou em sua garganta.

Ao entraram no carro, Gertrudes passou a guia-los em direção a capela, durante todo o trajeto, ela contou para Janice, como o padrasto dela havia sofrido com sua suposta morte, até que ela não foi capaz de continuar suportando aquela mentira e a cerca de três anos lhe contou a verdade, desde então ele começou uma luta incessante para encontrá-la, isso acabou deteriorando sua saúde que já não era tão boa.

Ao chegarem a capela, Janice notou que haviam muitos carros, o que indicava que seu padrasto continuava sendo um homem muito honrado e querido por todos, seu padrasto era pastor de uma igreja batista, por isso a maioria dos presentes alí eram fiéis da igreja dele, ao descer do carro Janice hesitou em descer do carro, pois tinha certeza que tanto sua mãe, quanto seu abusador estaria alí, porém Phelippe lhe garantiu que ficaria a seu lado o tempo todo.

Isso lhe deu ânimo para seguir com confiança, quando o grupo entrou na igreja, eles não chamaram muita atenção, sentando-se nas últimas fileiras eles poderam escutar boa parte do sermão fúnebre, logo em seguida, quem desejava ia até o caixão deixar, seus últimos comprimentos ao falecido.

_ Você quer ir? Phelippe questionar e apesar de está anciosa e angustiada Janice confirmou que sim. _ Então vamos! Sem soltar a mão da esposa por um único instante como prometeu Phelippe a acompanhou.

Parando ao lado do caixa, Janice tocou o rosto pálido e gélido do padrasto, para logo em seguida tocar suas mãos, e com lágrimas nos olhos disse.

_ Soube que estava me procurando, aqui estou eu, mesmo que tenha chegado tarde, eu vim te ver você, me desculpe não ter vindo antes! Ela colocou a rosa branca que Gertrudes lhe entregou, nas mãos do padrasto.

Sobre a proteção de Phelippe, Janice caminhou até o local que estava sentada antes sem chamar muita atenção, no cemitério ela sequer aproximou-se das pessoas presentes alí, Janice entrou em estado de alerta quando um homem aproximou-se deles sendo acompanhando por Gertrudes.

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