Sem Limites Para O Amor

Capítulo 9

O silêncio era bastante reconfortante, ser consolada era uma sensação muito boa, saber que alguém, diferente de sua egoísta mãe,poderia ouvi-la e até está disposto a se colocar em seu lugar para entender sua dor, era uma das melhores sensações que Janice já havia experimentado na vida, ela não conseguia sequer lembrar-se de quando foi a última vez, em que se sentiu tão leve.

Pouco depois Phelippe lhe pediu para examinar suas mãos, lhe perguntando se havia um kit de primeiros socorros, já que elas sangravam, Janice lhe disse que o kit ficava embaixo do balcão, dirigindo-se para lá, Phelippe vasculhou o balcão encontrando a caixa branca, voltando a se sentar, ele segurou a mão de Janice a colocando sobre seu joelho, e fazendo a limpeza e aplicando o remédio, ele deu uma leve soprada quando ela reclamou da ardência do medicamento.

_ Prontinho! Janice sorriu em agradecimento pela gentileza._ Posso te sequestrar por algumas horas? Janice se desvencilhou dos braços dele o olhando de maneira curiosa.

_ Por que, para onde vamos? Questionou concordando com a sujestão.

_ É surpresa! Declarou estendendo a mão para ela que aceitou de bom grado.

Eles saíram da floricultura e Janice trancou a porta, acompanhando Phelippe até o local onde ele havia deixado o carro, de repente ela começou a rir o deixando confuso.

_ O que é tão engraçado? Questionou sem entende-la.

_ São quase duas da manhã, e acho que nós dois somos os únicos loucos andando por aí de pijama, meu Deus Phelippe, estamos de pantufas! Ele olhou para os próprios pés.

_ Eu estou de cheinelos! Defendeu-se e Janice deu de ombros.

_ Da no mesmo! Respondeu sem dar muita importância para isso.

_ Entra aí vai! Pediu abrindo a porta da camionete último modelo, o veículo era extremamente alto e Janice quase chorou, teria que fazer muito esforço para subir, pelo menos foi o que pensou, até o momento em que Phelippe a agarrou pela cintura a colocando sentada no banco do carona.

Phelippe entrou na camionete colocando o cointo de segurança, e pedindo para ela fazer o mesmo deu partida, pouco a pouco os prédios e ruas da cidade de Sydney foram ficando para trás e Phelippe pegou uma estrada de chão que dava para um parque florestal, meio confusa e asustada, Janice agarrou-se firmimente ao cinto de segurança, principalmente depois de vê-lo pegar um caminho totalmente desconhecido e que não os levaria ao parque florestal.

_ Não precisa ficar assustada Janice, não vou te fazer mal! Mesmo assim ela não conseguia relaxar.

Pouco depois, Phelippe parou o carro a entrada de uma floresta, ele tirou o cinto de segurança e desceu do carro dando a volta, quando ele abriu a porta do passageiro a chamou para descer, Janice hesitou por alguns instantes, seu coração estava aos poucos, respirar era um pouco difícil e suas pernas nem sequer a obedeciam.

_ Janice, confia em mim, não faria nada que podesse colocar sua segurança em risco! Ele estendeu a mão para ela, que mesmo cautelosa a segurou firme, Phelippe a pegou no colo outra vez a tirando da camionete e a colocando no chão.

Ela não soltou a mão dele, em nenhum momento, agarrando- se em seu braço ao ouvir o barulho de um animal, que ela não soube indentificar qual era, estava bastante assustada.

_Relaxa medrosa, é só uma coruja! Ele estava se divertindo.

_O que estamos fazendo aqui? Questionou ainda agarrada ao braço dele.

_ Vou te mostrar,meu lugar favorito, o lugar que costumo visitar quando estou triste ou chateado! Ele ligou a lanterna do celular e começou a caminhar com Janice praticamente grudada em seu braço.