Capítulo 10

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Janice espirrou outra vez, como resultado de sua fulga noturna, ela acabou pegando um resfriado, outrou espirro e ela assou o nariz com um lenço, havia tido febre na noite anterior, mal conseguia sentir o gosto dos alimentos e sentia seu corpo todo doer. Sua avó entrou no quarto com uma xícara de chá de limão, gengibre e mel, ela espirrou outra vez.

_ Francamente, espero que o Phelippe também tenha pegado um resfriado daqueles, pensando bem com a quantidade de gordura que ele têm a água fria na alta madrugada, não deve ter tido grande efeito! Janice não gostou nada do comentário da avó.

_ Vovó agradeceria se não falasse assim do Phelippe, ele é um homem maravilhoso e a senhora goste ou não, eu gosto dele! Dona Esmé fez cara de tédio.

_ Tudo bem, não está mais aqui quem falou, sei que ainda está chateada comigo, mas entenda Janice ,essa família não têm nada de bom para oferecer, eles distroem tudo o que tocam... Janice a interrompeu.

_ Seria mais fácil eu acatar os seus conselhos, se a senhora fosse honesta comigo não acha vovó Esmé? Dona Esmé soltou um longo suspiro, Janice era bastante teimosa e agora que estava apaixonada por Phelippe, as coisas só se complicavam.

_ Têm razão, não tenho o direito de exigir se não estou sendo honesta... Ela engoliu em seco, antes de dizer. _ Quando eu era jovem, Úrsula e eu éramos melhores amigas e os nossos maridos eram sociais, mas houve um desfalque na empresa e o meu marido foi acusado, ele foi preso e eu fiquei grávida e sozinha, na época eu pedi ajuda para a Úrsula acreditando que a nossa amizade fosse mais forte, mas não recíproca, a Úrsula me explusou da casa dela, como se eu fosse um cachorro sarnento, naquele dia eu sofri um acidente, os médicos induziram meu parto para que eu pudesse ser operada, um dos gêmeos que eu esperava morreu e eu fiquei seis meses em coma no hospital, quando acordei o meu bebê havia sido dado para a adoção e quando eu fui procurá-lo, ele já havia sido adotado, eu quase enlouqueci de dor e angústia! Ela soluçou por conta do choro. _ Eu fiquei internada em uma clínica psicotrópica por dois anos depois disso, e quando eu saí de lá, soube que a inocência do Alan havia sido provada e que já havia saído do país deixando os papéis do divórcio preparados! Janice tocou a mão da avó postiça.

_ Eu sinto muito vovó Esmé, a dona Úrsula foi cruel e desumano, eu nem sequer consigo imaginar o quanto isso a magoou! Ela encostou a cabeça em seu ombro.

_ Mas você ama o Phelippe e esses sentimentos estão se aprofundando ainda mais cada dia! Janice ficou em silêncio, sentindo envergonhada por está apaixonada pelo neto das pessoas que tanto fizeram mal a sua bem feitora. _ Oh céus, por que tudo tem que ser tão complicado? Questionou-se respirando profundamente. _ Por que nunca me contou sobre os seus sonhos? Janice voltou a deitar-se.

_ Por que sei que se tivesse contado, a senhora teria me dado um monte de bugigangas e faria um monte de rituais sem sentido para espantar os meus sonhos! Janice tinha razão, ela realmente o faria.

_ É têm razão, eu faria, mas você têm certeza que o homem em seus sonhos é o Phelippe? Questionou bastante consternada.

_ Não sei vovó, só consegui ver o rosto dele nitidamente uma única vez, mas o homem sempre tinha as mesmas características, ele era alto, acima do peso, têm barba e cabelos loiros escuros... Se não for o Phelippe, não sei quem pôde ser! Dona Esmé fechou os olhos com força.

_ Ainda temos uma esperança de que não esteja destinada a ele! Janice sentou-se outra vez.

_ Então como explica, tudo que o Phelippe provoca em mim? Questionou tocando o próprio peito. _ Desde o primeiro instante que eu o vi vovó Esmé, existe uma ligação muito mais poderosa que sempre me leva até ele, e as coincidências, nós sempre nos encontramos por acaso e eu... Ela se interrompeu dando-se conta do que iria dizer.

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