Capítulo 36

558 36 11
                                    

"Abrindo os olhos devagar, Janice deu-se conta de que estava deitada no chão, frio e úmido de uma floresta, o chão estava coberto de folhas secas e musgo, enquanto a copa das árvores altas impediam que a luz do sol iluminasse o local, erguendo-se do chão ela passou a caminhar pela floresta, não havia luz, cores ou sons, tudo era escuro, sem brilho e sem cor, não era possível ouvir sequer o barulho do vento balançando nas árvores, era como se nada daquelilo fosse real.

Ela tentou chamar por alguém, porém sua voz não saiu, estava muda, caminhando descalça pela escura floresta, não conseguia sequer sentir as folhas tocarem seus pés, ou a sensação incomoda de pisar na lama. Depois de duas ou três voltas percebeu que sempre voltava para o mesmo lugar, o ponto de partida, estava atrapada no mesmo local de início, era um círculo vicioso, ela deu mais uma volta, outra e outra volta, dessa vez começou a correr.

Depois do que pareceu ser quinze ou vinte voltas, ela finalmente desistiu, estava cansada, sentando-se no chão ela cruzou os braços sobre os joelhos abaixando a cabeça, queria sair dali mais não conseguia, estava presa alí, talvez por alguns minutos, horas , dias, semanas e até mesmo meses, ela sentiu uma pequena mão tocar seu cabelo, quando ergueu a cabeça deparou-se com um menininho de pele branquinha, de cabelos loiros e incríveis olhos azuis que lhe sorria lindamente, o menino lhe era incoveniente familiar e ao contrário de tudo a seu redor, podia vê-lo em cores e ele brilhava, o menino lhe estendeu a mão e lhe disse: _ Por que está chorando? Janice sorriu triste e lhe respondeu.

_ Eu estou presa aqui! O menino pareceu confuso.

_ Presa,mas a saía é logo alí! Apontou para a direção ao lado deles o caminho estava aberto e florido. _ Quer que eu te acompanhe? Ela sorriu confirmando.

Erguendo-se do chão outra vez, Janice segurou a mão do menino que a conduziu em direção a abertura iluminada entre as árvores, o caminho era de pedras polida e cercada de arbustos floridos, em determinado ponto o menino parou.

_ Não vai me acompanhar pelo resto do caminho? Questionou confusa e o menino que deveria ter entre cinco ou seis anos parou e sorriu antes de responder.

_ Ainda não está na minha hora! Confusa Janice tentou lhe perguntar o que ele queria dizer, porém ao se virar o garoto já havia desaparecido.

Estranhando a situação, Janice continuou em frente, seguindo no caminho de pedras, alcançando assim uma porta, ao abri-la uma forte luz a fez colocar a mão a frente dos olhos na tentativa de proteger sua visão, então ela ouviu"

_ Janice, você finalmente acordou! Confusa ela piscou algumas vezes confusa.

_ Phell? Conseguiu falar com a voz mais fraca e rouca do que ficava quando normalmente acordava.

_ Sim sou eu meu amor! Ele segurou a mão dela levando as lábios. _ Como se sente? Questionou sorrindo emocionado.

_ Estou com sede! Phelippe concordou.

_ Eu vou chamar uma enfermeira! Anunciou deixando o quarto, logo em seguida ele retornou com uma enfermeira que a princípio molhou o algodão na água pingando algumas gotas na boca de Janice, ela reperiu essa tarefa algumas vezes e falou para Phelippe aguardar um pequeno intervalo e da um poco de água para ela com o canudo e repetir algumas vezes, pois se desse o copo de uma única vez, poderia sobrecarregar o coração e os rins dela.

Phelippe ajudou Janice a sentar-se e ajustou os travesseiros atrás das costas dela, então lhe um pouco mais de água, segurando na mão da esposa ele finalmente sentia que poderia respirar aliviado.

_ O que aconteceu? Perguntou com a voz ainda um pouco débil.

_ Não se lembra de nada? Janice negou. _ Enquanto eu estava preso, a Daiana foi até a mansão, ela tentou levar a Mia a força e vocês duas brigaram, então a Daiana te e você desmaiou ficando em coma por 18 dias! Janice limpou a garganta, enquanto Phelippe lhe contava o que havia acontecido, algumas imagens vinheram a sua mente.

Sem Limites Para O Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora