Oi, sou eu de novo (vamos conversar)

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Hongjoong não dormiu de noite. Ele tentou até cerca de três da manhã, quando desistiu. Saiu do hotel e foi até a praia, ele precisava salvar Yeosang, ele precisava encontrar aquela merda de água-viva.

Ele procurou até de manhã, quando os outros começaram a ligar e perguntar onde estava. Hongjoong voltou para o hotel para tomar um café da manhã e conversar com os outros membros da equipe.

Que....eram seus namorados.

-San não vai comer?- Hongjoong perguntou. Haerin negou com a cabeça. -Por que?

-Tá cuidando do Yeosang. Ele não pode trazer meu irmão pra cá, ou vai ser assustador para os civis...

Todos comiam em silêncio, então foi fácil ouvir as conversas entre as outras pessoas naquele refeitório. Não haviam muitos outros hóspedes, contando bem, provavelmente havia apenas um ou dois, as outras pessoas lá eram funcionários, ou moradores da ilha que iam até o hotel tomar um café da manhã.

-Vocês viram que tragédia?- A cozinheira falava com outra mulher sentada em uma mesa. -O prefeito morreu. Coitado, foi atacado por um bicho, pelo que eu vi.

-Credo, até isso tem nessa ilha agora?- A mulher na mesa falou, tomando tranquilamente seu café. -Que coisa horrível...quando foi a última vez que algo assim aconteceu?

-Nem sei se já aconteceu, na verdade...ninguém nunca morre.

Hongjoong ergueu a cabeça, mesmo virado de costas para a dupla fofoqueira, Kim olhou com o canto dos olhos para elas, prestando muita atenção na conversa.

Ninguém nunca morre?

Ah, óbvio, era uma ilha minúscula e muito segura.

-Disseram que foi um puma, mas sabe o que meu marido disse?

-O que, Senhora Lee?

-Que foi o doido da praia quem matou ele.

A equipe toda olhou para Mingi, sabendo que o tal doido se tratava de Song Hyuk. Bom, todos sabiam que foi a criatura quem matou o prefeito, mas os civis não...

-Não, não foi o meu pai. - Mingi se levantou. -Não foi ele, ele nunca faria isso....

-Mingi, a gente sabe. - Yunho falou, tentando acalma-lo. -São eles que não sabem.

-E eu não vou deixar que eles pensem isso!- Mingi se levantou e foi até as duas senhoras. Ele estava visivelmente irritado, e o estresse dos últimos dias o fizeram não dormir direito. Mingi tinha olheiras profundas e estava a ponto de dezenas de colapsos. -Vocês estão falando do Song Hyuk, meu pai! Calem a boca, vocês duas. Ele não fez merda nenhuma! Ele é um homem bom! MEU PAI É UMA PESSOA BOA!

As mulheres se entreolharam, assustadas com a ação do garoto. Tentaram acalmar ele, dizendo que havia entendido errado, mas Mingi não estava mais bem.

Ele comprimiu os olhos e apertou as mãos na cabeça, entrando em pânico, em uma ansiedade descontrolada.

-Puta que pariu. - Danielle correu até ele e o puxou consigo para fora do hotel. Era recorrente, era ela quem o apoiava sem pensar duas vezes. Mingi tinha sérios problemas com a morte e a vida do pai. Song Hyuk era um cara foda, o herói de Mingi, mas ele não era a melhor pessoa do mundo. Problemas com ele lhe davam gatilhos fortíssimos para ansiedade.

-Dani, Dani. - Mingi a empurrava com as mãos, meio chorando. A menina segurou seu rosto e tentou acalma-lo. Mingi não conseguia mais respirar direito e tremia muito, assustado, como se algo horrível fosse acontecer de novo. -Elas-elas vão machucar meu pai, vão machucar ele...

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