Quem é você? (Sou eu, eu mesmo, e eu)

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       A equipe inteira acordou com um barulho muito alto no meio da madrugada, vindo da floresta. Mingi correu para a sacada do quarto no hotel, e quando abriu as cortinas, viu um bando enorme de pássaros viajando pelo céu, como se voassem.

     -O que é isso...porra. - Ele reclamou, com os olhos arregalados. Yeosang levantou da cama e franziu a testa, olhando para fora.

    -Esse é o tal apocalipse?

    -Eu acho que sim.

    A equipe inteira foi o mais rápido que pôde para aquela região no meio da floresta, lotaram 3 vans e carregaram todos os armamentos.

     Seonghwa, ao lado de Hongjoong, reparou como o cabelo dividido ao meio do líder, pintado metade de branco e metade de preto, já tinha raízes aparentes. Park deu um risinho.

     -Estamos a tanto tempo assim nessa missão?

    Kim bufou. -Eu não aguento mais. Parece que fazem anos que estamos investigando isso.

    Seonghwa sorriu e segurou a mão de Hongjoong.

    -Vai acabar, e vai acabar bem.

    Hongjoong olhou para Wooyoung, do outro lado da van, conversando e rindo com Jongho.

     -Eu quero me desculpar com ele de uma vez. Acho que já tive tempo o suficiente para pensar no que dizer a ele...não preciso que fiquemos anos brigados para podermos nos resolver.

     Seonghwa sorriu. -Mostre para ele durante a missão o quanto o ama e lhe peça perdão. Vai ficar tudo bem.

     Hongjoong sorriu para o Park, orgulhoso. Os dois se encararam. Kim pensou por um momento...no que faria se nunca mais o visse.

    Se algum deles morresse naquela batalha...o que aconteceria?

     -Acho que é aqui. - Yunho falou, estacionando a van. -Peguem tudo, a energia paranormal está uma desgraça.

     Todos desceram da van, devidamente armados. Até mesmo as garotas tinham seus próprios revólveres. O lugar em que pararam era estranhamente deserto, o que era esquisito, já que parecia que o grupo estava pouco antes passando por uma floresta.

     -Que área da ilha é essa?- Hongjoong perguntou, segurando sua lança cheia de cristas.

    -Parece o centro. - Yeosang falou. -Parece...um lugar tão infértil que nenhuma árvore ousou crescer aqui.

     Soprava um vento forte, a terra seca do chão quase arenoso flutuava na altura de suas pernas e as arranhava dolorosamente. Era esquisito, era pesado.

     Para piorar, o céu estava escurecendo e não havia nada que pudesse os proteger da chuva. O grupo teria grande desvantagem se chovesse.

     Não demorou para que o resto da equipe do Senhor Lee chegasse, na outra van deles. O grupo desceu do carro e se juntou a eles.

     -Esse é o lugar...?- Lee perguntou, estranhando. - Esquisito, a aura paranormal é muito, muito forte, como vi poucas vezes, mas não há nada aqui.

      As únicas coisas naquele espaço enorme de terra seca, pareciam ser uma plantação abandonada, morta de sede há meses ou anos, como se ninguém lembrasse de sua existência. Era cercada pela floresta, mas como dito antes por Yeosang, parecia ser infértil.

     Além da plantação morta, havia também um espantalho velho, se balançando com o vento, parecendo que cairia como um mero empurrão. Ele tinha uma capa preta que parecia um dia ter sido um casaco, um tipo de corrente dourada ao redor do pescoço, e um chapéu fedora também preto na cabeça.

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