Você é meu orgulho (eternamente)

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Yunho sorriu. -Já lhe disse antes, senhor Left Eye, eu nunca tive um pai, e eu adoraria te ter como um.

O senhorzinho deu batidinhas na cabeça do garoto, sorrindo.

-Como alguém pode deixar um garoto tão bom como você para trás?

Yunho baixou a cabeça, mas sorriu. -Sabe, penso sobre algo assim frequentemente, mas é sobre outra pessoa. Um dos garotos.

-Ah, pode desabafar a vontade, muitas vezes chegam alguns clientes de coração partido ou com problemas, eu acolho eles tal qual um dono de bar. - Yunho riu. -Dizem que sou um bom concelheiro, então pode mandar.

-Há uma pessoa no nosso grupo, que eu amo muito. -Yunho hesitou um pouco, então optou por falar algo que Left Eye não fosse compreender, mas que não estava errado. -Essa garota...eu a conheço desde que éramos adolescentes. Ela sempre gostou de mim, acabamos nos aproximando mais esses últimos anos...ela é um doce, sempre gentil com todos e tem um coração de outro, mas um Hyung...anda tratando ela muito mal.

Left Eye torceu o lábio. -Você deveria mandar a real para esse Hyung. É assim que os jovens falam? "Mandar a real"?

Yunho deu um risinho. -Isso. Ah, sabe, é uma situação difícil...eu amo muito esse Hyung, mas amo muito essa garota também. Porém, sei que quem está errado é ele, mas tenho respeito demais para contestar, me sinto um covarde.

-Ah, não fale uma coisa dessas. Você não é um covarde, Yunho, é compreensivo. Porém, acho que deveria falar com esse Hyung e consolar sua garota, acho que os dois precisem disso.

Yunho sorriu, se sentindo consolado. -Obrigado, senhor, é bom ouvir isso, principalmente de alguém que confiamos e...nos inspiramos.

Left Eye deu um risinho, se sentindo orgulhoso de si mesmo.

-Eu lhe inspiro?

-Claro! Você me lembra muito de mim mesmo, perdeu alguém importante e continua a vida, lutando pra honrar as pessoas que se foram.

O senhor sorriu, emocionado, assentiu com a cabeça, com os olhos marejados. Estava feliz de fazer tão bem para o garoto.

-Eu seria muito honrado se você fosse meu filho, Yunho.

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-Vamos jantar aqui. - Mingi falava ao telefone com Seonghwa. -Meu pai os convidou para virem aqui, mas não sei se vocês querem tanto...

-Aproveitem aí, o Yunho não desgruda do tio do café, duvido que a gente consiga sair daqui agora. - Park deu um risinho. -Mas curtam bastante, acho que não vamos parar a partir de agora, o cerco tá se fechando rápido demais...

Mingi suspirou. -Sim...Hyung, você não tá bebendo, né?

Seonghwa era alcoólatra, ele era viciado em bebida, aquela foi a forma que ele achou de afogar as mágoas da vida, a perda da irmã, o afastamento da família, até mesmo as desilusões com seu gênero e sua sexualidade.

Era difícil pra ele.

-Não, Mingi. Eu não faria isso com vocês. Sabem que eu tô me controlando...sem falar no fato de que essa cerveja tá batizada com o lodo...

-Certo...se cuida, Hyung, eu te amo.

-Também te amo, Mingi-yah, boa noite.

-Boa noite. -Eles desligaram. Mingi ficou alguns instantes encarando o celular, vendo a imagem que havia colocado para representar Seonghwa.

Mas aquela não era a foto fofa que ele tinha colocado de ícone, minha nossa, era só o namorado mais velho com um decote enorme e com o peito muito-

-Que isso, tá vendo pornô?- Hanni perguntou ao Song, rindo da cara dele. Mingi enfiou o celular no bolso e ficou todo vermelho. -Ih...

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