|| Capitulo 20 ||

201 28 2
                                    


Que desçam a escuridão...•

•O Escritório dos Conselheiros Pt 2
A Reta final de Catnap

(S/n)

Comecei a caminhar em direção ao grande escritório em formato de templo após sair debaixo das estátuas. Degrau por degrau, eu subia a escadaria completamente ansiosa, pois aquilo tudo acabaria.

Chegando na frente da porta de madeira, eu olho para maçaneta e uso a chave que ganhei de Ollie. Antes que eu pudesse entrar no salão eu olho para trás, olhando para o berçário, sendo que parecia ser um dos últimos momentos que eu o veria.

Eu começo a lembrar de como era a dez anos atrás. Normalmente eu ouvia as crianças rindo e brincando na game Station, junto ao cheiro maravilhoso de bolos e doces que as crianças comiam. Agora o que eu sinto é o cheiro de mofo e sujeira em meio a esse silêncio.

Continuei seguindo meu caminho quando entrei dentro do escritório. Tudo estava bagunçado, havia livros jogados, paredes descascadas e destruídas, mas de todos os lugares esse estava intacto.

Minha mão roça o bolço da minha calça e sente um pequeno volume retangular bem familiar.

Eu pego o meu telefone. Eu imaginei que ele já deveria estar descarregado, mas ainda tinha 23% de bateria. Isso porquê ele estava desligado, mas não seria muito útil pois nem na game Station e nem aqui Embaixo tem sinal, então não consigo falar com ninguém.

Na pequena área da recepção eu encontro uma fita vhs sem cor. Eu a coloco no vídeo cassete e olho para televisão. A voz masculina transmitia um aviso de emergência.

A Mensagem a seguir é para todos os funcionários da Playtime Co. As 11:01 da manhã, horário padrão horiental, uma força hostil desconhecida foi declarada presente nas instalações da fábrica. Todo o pessoal deve iniciar os protocolos de evacuação imediatamente.

Deixem seus pertences pessoais. Não se envolvam com indivíduos hostis. Se não tiver saida disponível, busquem abrigos em lugares seguros. Cubram seus corpos e permaneçam em silêncio. Não olhem através de nenhuma janela e não abram as portas para ninguém. Não façam contato visual... ABRAM AS PORTAS, A HORA DA ALEGRIA COMEÇOU....
(... Estática...)

Hora da alegria. Acho que isso tem alguma coisa a ver com o que aconteceu com a fábrica um dia antes quando eu fui mandanda para casa. Essa criatura hostil deve ser o 1006, não duvido disso.

Passando por uma máquina de doces do CandyCat, eu chego a duas portas da qual uma precisava de uma bateria. Eu a encontrei em um duto logo acima. Uma sala estava coberta da fumaça vermelha.

Aquele lugar parecia um labirinto, mas eu consegui ligar todos os pontos de energia que estavam desligados dentro do prédio. Eu escalei por um duto até chegar em uma área cavernosa atrás do escritório.

Depois que sai de lá, cheguei a um galpão velho com outras hastes para se ligar a energia. Subindo em um elevador ao lado eu consigo ligar a energia e pegar duas baterias que tinham ali.

Eu desço de volta as salas do escritório por um buraco que tinha no teto. A sala abaixo de mim estava coberta pela fumaça vermelha, o que me fez voltar a usar essa máscara novamente.

A fumaça era tanta que eu não conseguia ver quase nada naquele pequeno cômodo. Logo a minha frente consegui ver a porta da sala, eu a abro e saio em direção ao corredor.

Antes que eu pudesse dar um passo para sair dali, eu vejo uma silhueta enorme a minha frente, e com um grunhido estridente essa coisa me agarra e me empurra com força para dentro da sala, me jogando com tudo no chão.

A máscara saiu do meu rosto e eu pude sentir que meu ferimento na cabeça que estava cicatrizando acabou abrindo. Eu senti o sangue escorrendo pelo meu rosto e meu nariz.

Agora que eu estava sem a máscara, automaticamente eu começo a inalar todo aquele gás que estava dentro da sala. Sinto minha respiração ficar um pouco mais pesada e meu corpo mais leve. Depois de alguns segundos minha visão fica embaçada e eu adormeço.

Encontre a flor...

Uma voz feminina diz, fazendo com que a escuridão se dissipa. Quando eu acordo vi que estava em uma rua de asfalto, com longas árvores ao meu lado, a escuridão atrás de mim e logo a minha frente estava a fábrica da Playtime Company.

Esse não é um lugar de onde você irá voltar.

Essa pessoa sussurra novamente. Eu tentava me mexer, mas a única coisa que eu podia fazer era olhar para os lados e para cima. Eu devo estar alucinando de novo.

O ambiente muda, tudo fica vermelho e eu passo por uma longa corrente feita de nuvens da fumaça vermelha. Logo eu estava na entrada da fábrica, onde eu peguei meu GrabPack e encontrei Huggy Wuggy.

Essa voz me lembrava a de Poppy. Talvez seja ela, ela me diz coisas que me faz querer respostas. Algo dentro de mim está se perguntando sobre coisas das quais eu não tenho ideia nenhuma.

Gritos de horror e medo foram as últimas coisas que eu escutei antes de acordar e sair desse sonho maluco. O telefone toca.

DEIXE O BERÇÁRIO OU EU VOU TE PEGAR. — Disse uma voz que claramente não era a de Ollie.

Aquela voz profunda e sombria era a de Catnap. Aquilo me preocupou, por quê ou o Catnap conseguiu entrar em contato comigo, ou ele fez alguma coisa com o Ollie.

Eu iria descobrir isso em breve. Eu ligo as baterias e saio correndo do escritório.

Meu Coelhinho [Bunzo x reader]Onde histórias criam vida. Descubra agora