|| Capitulo 18 ||

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Que Desçam a escuridão...•
Os Hereges

S/n e Bunzo passam por um corredor escuro e úmido para que eles pudessem sair daquela escola destruída. No fim desse corredor ao lado de um recorte de papelão da personagem Coelha Hoppy Hopscott, havia duas mãos diferentes.

As duas mãos de cor laranja apontavam os dedos como se fossem uma arma.

— Olha só, outra mão. — S/n diz.

S/n Entrega uma mão para Bunzo e a outra ela encaixa no seu próprio Grab pack. S/n se espanta ao atirar com essa mão, pois ela lança um sinalizador de cor vermelha que ilumina o local a frente de quem o atirou.

Os dois seguiram caminho para o subterrâneo da escola. Infelizmente os dois não conseguiriam sair pela porta da frente por causa do ataque da professora Delight.

S/n observava o subterrâneo. O quanto de coisas que devem estar escondidas sobre essas pedras gigantes. Os dois agora podiam resolver Puzzles juntos já que Bunzo possuia um Grab pack.

Passando por plataformas em cima de um grande abismo, S/n e Bunzo vêem algo assustador e macabro. Ao fundo estava Catnap. Ele se prostava a um enorme totem feito com os restos dos experimentos de toda a fábrica.

Ali estavam Os restos dos Smiling Critters, o que sobrou da Mommy long legs, e o  Pj pug-a-pillar. S/n ao ver aquela cena sentiu seu estômago revirar. Ela imaginou que se ela não tivesse salvo Bunzo naquele dia ele estaria ali também.

Os dois continuaram rapidamente o  caminho e chegaram a Área subterrânea do parquinho.

(S/n)

Infelizmente não conseguimos sair pela escola e agora estamos aqui debaixo do circo, onde provavelmente é o parquinho.

Com a ajuda da nossa nova mão, eu pude  espantar um monte de miniaturas dos Smiling Critters, que tentavam nos atacar a qualquer momento.

Eu e Bunzo passamos por dutos e alguns escorregas. Eu percebo um longo cabo passando pelos blocos de montar que se conectava a uma plataforma circular. Aquilo provavelmente devia ficar pressionado para funcionar.

Ao lado eu vejo um enorme bloco que devia ser pesado o suficiente. Eu o puxo com o Grab pack e ele cai sobre o círculo. Quando isso acontece pude ver que o fio brilhou. Eu fiz isso em outros três que estavam espalhados.

— Tá... Aconteceu alguma coisa? — Eu pergunto em voz alta.

Eu olho para trás e vejo um botão. Eu vou até ele e o aperto. Esse botão fez com que uma plataforma que girasse nos levasse a uma porta que não dava para alcançar.

Quando a abri vi uma escada em espiral que ia para cima e para baixo. Eu subo alguns degraus mas vejo que a parte de cima estava bloqueada por destroços. Eu e Bunzo descemos e chegamos a uma porta já aberta.

Ao olhar para dentro da sala vejo que é a área da piscina. Uma piscina enorme e vazia ocupava parte da sala. Tinha patos gigantes dentro dela. Consigo imaginar as crianças brincando com eles. Estranhamente havia muito sangue naquela área.

Andando mais a frente chegamos ao que parecia ser celas de prisão. Eu me perguntei por quê tinha isso aqui em uma área de diversão. Percebi que algumas velas iluminavam o lugar. Quando eu entro dentro da pequena prisão, eu vi algo que fez sentir como se meu coração tivesse parado.

Você... É o anjo da Poppy. — Disse uma voz.

Quando eu olho para a cela aberta, eu vejo ninguém menos que o Próprio Dogday, o líder dos Smiling Critters, agora algemado e acorrentado contra a parede atrás dele. A parte inferior de seu torso foi arrancada e seu sangue manchava as paredes e seus tecidos.

Veio nos salvar... Não há mais nada pra salvar, não aqui... — Ele disse. — Bunzo? Velho amigo... Há quanto tempo.

Eu olho para ele em choque. Levo a mão a boca tentando esconder a surpresa que foi encontrar ele desse jeito. Bunzo parece ficar tão espantado como eu.

— Dogday... O que aconteceu com você? — Eu perguntei, me aproximando.

Você está na casa do Catnap, anjo. Seu lar. — Ele diz. — Um milhão de pares de olhos estão sobre você agora. Observando, esperando, famintos. Não querem nada além de entrar em sua pele e devorar você pedaço por pedaço.

— Ele fez isso com você?

Ele... Aquela coisa... Catnap... O Protótipo é seu deus. E isso é o que ele faz aos hereges. Esses brinquedos são alimentados, e em troca, fazem o que Catnap diz. — Dogday diz.

Nós tentamos lutar com ele, mas ele estava sob controle do Protótipo. Eu..sou o ultimo dos Smiling Critters. — Dogday diz. — Me escuta! Você tem que sair daqui. Você precisa viver!

Eu... Eu não posso. — Eu murmuro.

Eu não ia deixar ele aqui nessas condições precárias para morrer sozinho. Eu tomei de última hora uma decisão que ia mudar tudo. Eu caminho até ele e começo a tirar as algemas e os cintos que o prendiam.

Anjo? O que está fazendo? — Dogday parecia surpreso.

— Te soltando.

Não... Eu não posso permitir isso. Você tem que ir agora. Se salve. — Ele diz.

— Eu só saio se você sair junto. Não vou deixar você aqui para morrer.

Anjo Por favor não. — Dogday começou a chorar. — Acabe com esse tormento. Eu só vou atrapalhar.

— Um amigo me disse a mesma coisa. — Eu coloco a mão em seu rosto. — Agora ele está bem. Eu consegui resgatar ele. — Digo com um sorriso.

Sinto suas lágrimas escorrerem por minha mão enquanto ele se aninhava nela. Eu tirei o último cinto de couro que segurava o seu braço. Eu o segurava bem perto de mim.

Muito obrigado Anjo. — Ele me abraçou.

— De nada Amigo. — Eu o Abraço de volta. — Bunzo? Pode me ajudar? 

Bunzo acenou concordando. Ele veio até mim e pegou Dogday dos meus braços. Eu o carregaria, mas como ele é um pouco pesado pedi para que o Bunzo o levasse por enquanto.

— Certo, agora temos que encontrar a saída daqui e...

Eu pude escutar sons vindo dos buracos da cela. Eu já sabia que era aqueles bonequinhos pequenos, mas parecia ser um monte deles.

Eles estão vindo. — Dogday disse.

Dos buracos das paredes surgiram centenas de pelúcias dos Smiling Critters que pareciam estressados e famintos. Eu e Bunzo damos um passo para trás e  caímos em um buraco por causa de algumas tábuas no chão que se quebraram.

Nós fugimos daqueles brinquedinhos passando pelos tubos e escorredores que tinham ali embaixo. Uma dessas criaturas pulou no meu rosto e arranhou a minha testa. Eu o arranco e o jogo longe. Eu ignorei a dor e apenas corri.

Logo a frente havia um elevador e nós corremos até eles. Havia uma piscina de bolinhas na sala. Eu disparo um sinalizador nas bolinhas e elas começam a pegar fogo. Agora todas aquelas pelúcias iriam queimar de vez.

Meu Coelhinho [Bunzo x reader]Onde histórias criam vida. Descubra agora