A tríbrida andava a minha frente, de forma calma, como se nada no mundo pudesse aborrece-lá e de fato não podia. O que poderia deixar um tríbrido com raiva? Ninguém podia vencê-la e naquela época não existia nada mais que alguém pudesse querer. Agora voltando para minha atual situação, era inútil correr, ela me alcançaria em um piscar de olhos, eu praticamente estava andando para meu próprio abate.
Antes morta, do que violada. Acredite, morrer é bem melhor, isso se me dessem uma escolha, o que de fato aconteceu. Segurei o choro e tentei encarar isso de forma madura.
Morrer.
Morrer.
A morte era algo relativo no meu mundo. Eu poderia morrer agora, no entanto, alguém poderia achar um jeito de me trazer de volta, isso, sendo bem positiva.
A mulher parou em frente a uma caverna e virou-se para me encarar, tremi dos pés a cabeça, seu olhar era frio, opaco. Sem vida. Como se não existisse alma naquele corpo, nem sentimentos, sequer raiva. Era como eu sempre imaginei enquanto lia os livros.
- Estas a chorar. Por quê? - Perguntou. Parecia verdadeiramente confusa.
- Deixe que eu vá, por favor. Eu preciso voltar para minha casa. - Pedi, implorando por misericórdia.
Era minha vida ali e eu precisava implorar, então, fiz o que combinava bem com a situação.
- Onde é sua casa? - Eu não estava mesmo acreditando naquilo. Ela iria me deixar ir?
- Hum... É...
- A senhorita sequer disse uma palavra corretamente e eu já identifiquei uma iminente farsa. - Droga. - Não sabe quem sou, então vou dar-lhes apenas um aviso. Eu odeio mentiras. - Suspirei.
Contar ou não a verdade?
- Ouça, eu... Eu sou uma bruxa e eu mexi um pouco com magia e misturei tudo, acabei vindo parar aqui. - A mulher franziu o cenho e deu alguns passos em minha direção.
- Bruxa? Então por qual razão não defendeu-se daquele verme? - Merda. Eu tinha que falar tudo que ela quisesse saber, quem sabe se eu fosse sincera, ela me deixaria ir.
- Sou... Um tipo de bruxa diferente. - Hope parecia ainda mais confusa.
- Como? - Quis saber.
- Eu não tenho magia própria. Preciso sugar de uma fonte. - A mulher cruzou os braços e sorriu.
- Uma Gemini. Vocês são da Eurásia. O que faz tão longe? - Perguntou, eu sequer sabia o que era aquilo que ela falou, mas o importante era que ela conhecia meu clã, o que era bem surpreendente pois já existimos nessa época, aquilo me faz pensar se eu poderia achar uma resposta para fusão. Provavelmente não e eu deveria continuar falando para sair daqui rápido.
- Eu já disse. Mexi com magia e acabei criando... Uma brecha e meio que me transportando para cá. - Tentei explicar da melhor maneira que consegui, sem realmente dizer muito.
- Fascinante! - Ela disse, sorrindo. - Fico impressionada. Poderia dizer-me teu nome? - Engoli em seco. - Sim, pois, suponho que sejas uma bruxa poderosa por ter conseguido essa proeza. - Eu tenho uma chance de viver, ela acha que sou poderosa.
- Jo... Josette... Parker. - De última hora decidi não usar o Saltzman. Não sabia quem eram os ancestrais de meu pai ou se tinham alguma rixa com os Mikaelson's, poderiam nem se conhecer, mas não pude arriscar.
- Josette. - Ela repetiu, com sua voz rouca, causando arrepios em meu corpo. Aquilo não era nada bom.
- As pessoas me chamam de Josie. - Sorri sem graça.
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Thousand Years Before - Hosie G!P
FantasyThousand Years Before conta a história de Josie Saltzman, bruxa rara do coven Gemini, que em uma noite de estudos sobre magia proibida, seu clã e a família Mikaelson, acaba criando uma brecha entre o espaço e o tempo, voltando para mil e vinte três...