Tudo Bem, Amor

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Caminhei ao lado de Hope pela floresta. Olhando o sol, eu poderia julgar que ainda não tinha passado do meio dia. Enquanto andávamos lada a lado, Hope raspava a mão na minha, de maneira inocente e eu, segurei a mão dela e encaixei meus dedos nos seus, a tríbrida arregalou os olhos e me olhou chocada, como se eu tivesse tirado a roupa na sua frente, sorri e decidi explicar minha atitudes.

Nós estávamos andando em direção a casa dos Mikaelson's, aparentemente eu iria ficar lá agora, junto a Hope e sua família.

- No futuro, bem... As coisas não são tão regradas. - Comecei dizendo.

- Diga-me como és, então. - Pediu e eu sorri.

- Não existe muito... Pudor. Sabe o vestido que eu usava quando cheguei? - Hope assentiu. - Usamos roupas como aquelas e não há problema nenhum. Beijamos quem queremos e normalmente leva anos em um relacionamento para decidir casar. - Hope parou de andar e me encarou, parei também, ainda com nossas mãos unidas e fiquei em frente a ela.

- Isto é... Moderno. - Disse, parecia estar pensando sobre o assunto. - Não sei o que pensar sobre. - Falou, confusa. Agradeci mentalmente por ela não ser do tipo teimosa ou que não muda de opinião, na verdade, Hope parecia ser bem disposta a aprender e aceitar o novo, o que me deixava encantada.

- Mudando de assunto. - Voltei e puxá-la para continuarmos andando. - Eu preciso achar um lugar para escrever algo para minha irmã, quem sabe ela encontra daqui mil anos. - Pensei um pouco.

- Não faça isso, Josie. - Franzi o cenho e a encarei, enquanto caminhávamos.

- Por que não? - Perguntei.

- Quem poderá garantir que você mesma não encontrará a carta. Caso aconteça, iria bagunçar tudo. - Engoli em seco, sabendo que ela dizia a verdade.

Agora todo meu alívio de poder avisar minha família sobre eu estar bem, havia desaparecido. Suspirei, triste.

Logo chegamos a casa dela, pude ver um homem ao lado de fora, era loiro e tinha uma beleza encantadora, ele tinha cabelos grandes e ondulados, no entanto, meu corpo gelou ao ver Henrique ali, conversando tranquilamente com o homem loiro.

Hope soltou minha mão imediatamente e em um piscar de olhos estava próxima aos homens, corri um pouco, chegando perto o suficiente para que pudesse ouvir o que estava acontecendo.

- Papai, o que esse homem faz aqui? - Hope pronunciou-se.

- Henrique veio dizer-me que esteve na casa dele, metendo-se em seus assuntos e deseja desfazer o acordo por isso, a menos, é claro, que devolva a futura esposa dele. A intrusa que ele acolheu em sua casa. - Hope virou em minha direção e eu pude ver seus olhos amarelos, suas mãos fechadas em punhos. Ela tinha dito que não o mataria para que eu não pensasse mal dela.

- Ele já possui esposa. - Hope disse, sua voz rouca e dura.

- Ela morreu. Uma fatalidade, no entanto, tenho direitos sobre a prostituta. - Disse, apontando para mim. Abri a boca, indignada.

Eu não poderia fazer nada, precisava saber se o homem - agora sabia ser pai de Hope - concordava com isso, caso o fizesse, eu não deveria intervir ou causaria uma briga entre eles, isso, é claro, supondo que Hope ficaria ao meu lado, afinal, é pai dela.

- O que achas? - Klaus questionou a Hope.

- Ela é minha. - Minha boca abriu-se em surpresa com as palavras de Hope e até a própria tríbrida parecia surpresa com o que tinha dito, mas em nenhum momento pude ver arrependimento em sua expressão.

- Entendo. - Klaus falou, olhando finalmente para mim e então para o homem. - Sabe... Então você irá desfazer o acordo? - Ele perguntou, parecia risonho.

Thousand Years Before - Hosie G!POnde histórias criam vida. Descubra agora