Dopamina

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O ouro brilhava devido ao contato com o sol, a adaga era manuseada pelas mãos da grande tríbrida de forma majestosa, a essa altura do campeonato, não há nada que Hope Mikaelson fizesse que não fosse majestoso, não era sempre que alguém com um milênio andava sob a terra tranquilamente, aparência jovem e a cabeça no lugar. Os pensamentos da mulher dividiam-se na hora de tomar uma decisão. Cravar ou não aquela adaga em si mesma.

Acontece que Hope usou magia para recuperar as cinzas do último Carvalho vermelho que queimou, em meados do ano de 1345. Era uma decisão sábia? Dormir eternamente? Sim, para Hope era. Não gostaria de encontrar com Josie e na verdade, achava merecer a pior morte de todos os tempos. Quando ligou sua humanidade de volta há dez anos, a primeira coisa que fez forá despertar sua tia Rebekah. Ela merecia uma vida livre e sem exigências, ela deveria viver.

Por outro lado, despertar seu pai não fazia parte de seus planos, sabia que ele ficaria bravo e além disso, pretendia ir à América, o que não era vantajoso de nenhuma forma. Fez sua tia prometer que jamais iria despertar Niklaus. Seu tio Elijah também foi agraciado com a liberdade. Klaus deveria permanecer dormindo para o bem de todos.

Sobre os Parker's, a última notícia que teve foi sobre kai Parker, que matou seus irmãos, os únicos que escaparam foram um par de gêmeos e sua irmã, também gêmea.

Josette Parker... Parecia familiar, claro, só podia ser a mãe dela.

Era tão estranho pensar nisso. Aquilo parecia bem problemático, no entanto. Esse também era um forte motivo para nem querer estar no mesmo continente que ela.

Desde que ligou sua humanidade, sequer conseguia pensar em seu nome. Quer dizer, a garota nem nasceu ainda. Era um horror.

Foi quando Hope decidiu tomar aquela decisão. Decidiu que deveria fazer aquilo, portanto, no conforto de sua mansão na Alemanha, ela optou por cravar o punhal em seu próprio peito. Caindo logo em seguida, sua pele acinzentada revelava que estava de fato morta. Iria dormir para sempre, pois a feitiço que existia em volta da casa não permitia que alguém entrasse.

Essa era sua escolha. Não merecia viver.

Não parecia que havia passado mais que um minuto quando Hope sentiu uma forte pressão em seu peito e pôde finalmente abrir os olhos novamente. Sua pele acinzentada, sem forças. Tudo que ela pôde ver foi Josie. Bem ali na sua frente. A garota não parecia nada diferente do que ela havia visto há mais de mil anos atrás.

- Bebe, Hope. - Só então, Hope percebeu que Josie lhe oferecia o pulso. Ela negou o máximo que conseguiu. Sua pele voltando ao normal aos poucos, sem precisar consumir sangue. Seu lado lobo e bruxo faziam aquela missão. Hope sequer olhou para Josie novamente, apenas andou vagarosamente para o outro lado da mansão, como se nada importasse para ela.

Hope traçava uma estratégia em sua mente, precisava fazer Josie ir embora, apesar de seu estúpido coração estar palpitando, era o melhor para as duas que não ficassem no mesmo ambiente.

- O que faz aqui? - Perguntou, sua voz calma, indiferente. Josie sentiu um arrepio percorrer seu corpo.

- Passei um inferno para achar você, só consegui por causa da sua tia Rebekah, eu descobri que ela estava viajando pela América do sul, a Encontrei e a fiz me dizer onde você estava, já passou um ano desde... Desde que te vi e--

- Um ano? - Hope riu. Uma risada amarga, sem ânimo, recheada de sarcasmo e indiferença. Aquele conjunto de sentimentos ruins, deixava o coração de Josette angustiado. - Você por acaso leu sobre mim? Deve ter lido, Josie... Você admite que me caçou... Eu não gosto de ser caçada. Não sou a presa, Josie. Eu sou o predador e é muita audácia sua vir aqui dizer isto. - Josie franziu o cenho e cruzou os braços.

Thousand Years Before - Hosie G!POnde histórias criam vida. Descubra agora