Epílogo

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Há um ano...

Senti como se meus pés estivessem saindo do chão, uma força inexplicável puxando-me para frente com rapidez. Logo, perdi o equilíbrio e cai no chão duro. Abri os olhos, buscando alguma explicação, por um momento minha cabeça estava confusa, a noção da realidade havia desaparecido, uma dor forte atingiu-me em cheio, minha cabeça parecia pesada, sentei-me no chão, percebendo finalmente, que estava no meu quarto. Enfim pude ver Elizabeth e Bonnie, olhado para mim como se eu fosse um alienígena verde e esquisito.

Franzi o cenho para elas e de repente, lembrei-me de tantas coisas que antes não estavam na minha memória. Várias frases de livros, todas sobre Hope Mikaelson. Uma chateação instantânea instalou-se em meu peito por - agora - saber que ela havia lidado com tudo da pior forma que poderia. Incrivelmente, aquilo não me motivou a desistir. Eu iria encontrá-la. Aquilo é um fato, sem humanidade ou não, a única que pode ter a chance de recuperá-la, sou eu. Caso eu não acreditasse nela, quem no mundo o faria?

- Não vai dizer nada? - Lizzie pronunciou-se, quebrando o silêncio absoluto que dominava o ambiente.

- O que posso dizer? - Sorri, sem graça.

- Você só pode ter ficado louca! - Lizzie gritou, fazendo com que eu me encolhesse.

- Josie, no que estava pensando? - Bonnie falou, ajoelhando-se diante de mim, abraçando-me cuidadosamente. - Sentimos tanto sua falta. - Disse, retribui o abraço reconfortante e sorri.

- Quanto tempo eu fiquei fora? - Perguntei, após Bonnie ter levantando.

- Dois meses! - Lizzie exclamou. - Sua--sua vagabunda! - Revirei os olhos.

- Lizzie. Tenha calma. - Bonnie pediu, cautelosa. - Vou chamar sua mãe. Ela está quase dissecando, mal come, mal dorme depois que você se foi, seu pai também está um lixo. - Fiquei extremamente mal com aquilo. Levantei-me do chão e sentei na cama.

- Olha... Desculpa, okay? Eu só... Fiquei tão arrasada e--

- Lizzie, tudo bem. - Assegurei, sorrindo minimamente.

Após alguns segundos, decidi tomar banho e trocar de roupa. Depois de um banho relaxante, ouvi alguns barulhos no quarto e apressei-me em terminar tudo, ouvi a voz da minha mãe. Coloquei uma toalha envolta do meu corpo e saí apressadamente do quarto, quando minha mãe me viu, seu sorriso engrandeceu e ela correu para me abraçar e abracei-a de volta, uma sensação ótima dominando meu corpo. Eu estava finalmente em casa.

Depois disso, os dias passaram rápido, meu nome tinha virado uma lenda, no entanto, o feitiço que usei foi estritamente proibido, os alunos poderiam usar de forma imprudente e não apenas os alunos, qualquer um que pusesse as mãos em um feitiço como este, poderia fazer estragos na história do mundo.

Logo semanas passaram e eu não fazia ideia de onde Hope poderia estar. Realmente sumiu do mapa, parecia não querer ser encontrada. No entanto, aquilo não era suficiente para que eu desistisse. Sabia que seus tios estavam ao redor do mundo, só precisava achá-los. Não contei a ninguém sobre os Mikaelson's, iriam achar que era um delírio meu dizer que eles haviam me acolhido. Sem contar que, se dissesse a alguém que pretendia encontrar a temida Hope Mikaelson, com certeza iriam me internar em alguma clínica psiquiátrica.

Passei o resto dos meses procurando pistas, até que, pude descobrir através dos diários antigos, que existia um colar que havia pertencido a Rebekah Mikaelson e estava sob domínio da escola, aquilo era interessante. Consegui fazer um feitiço de localização e Rebekah estava no Rio de Janeiro, no Brasil. Fiz as malas, deixei um bilhete e viajei. Bom... Sim, eu fiz isso, mas eu precisava achar Hope, foi por minha causa que ela permaneceu viva, no mínimo deve estar com remorso de todas as coisas que fez. Eu precisava tirar aquilo dela. Precisava ser dela e não iria descansar até conseguir.

Thousand Years Before - Hosie G!POnde histórias criam vida. Descubra agora