Você é Boa, Hope

437 66 0
                                    

No dia seguinte, após a primeira refeição, Hope sumiu e apareceu apenas na hora do almoço. Era um tédio ficar naquela caverna sozinha, eu não estava entendendo muito bem aquela dinâmica, achei que ela morasse com a família. Esther certamente já havia morrido, lembro de ter lido nos livros, mas ela voltará com ajuda do clã de bruxas Bennett, já Freya, estava com a tia Dhalia e quem ficou no mundo cometendo atrocidades foram Kol, Rebekah, Elijah, Klaus e Hope. Finn estava em outra parte do mundo buscando jeitos de trazer sua mãe de volta.

Hope havia chegado com o almoço, carne e legumes, vinho. Depois de comermos, ela sentou-se próxima a mim. Parecia tão inofensiva, seu olhar era imponente, porém era notável um brilho doce nele em minha direção. Suspirei enquanto a observava. Sua boca era tão linda, assim como o resto do seu corpo, seus olhos eram perfeitos. Por um momento, senti-me envergonhada por estar encarando tanto.

- Podes encarar-me o quanto desejar, Josie. - Meu coração acelerou com sua percepção do que eu estava fazendo. - Envergonha-te que eu diga isto? - Meu Deus. Que mulher é essa? Que sotaque é esse? Que jeito de falar comigo, como se tudo que eu sentisse ou dissesse, fosse a coisa mais importante do mundo. Suspirei profundamente antes de responder.

- Um pouco. - Falei, desviando o olhar. - Hope... Eu tenho que ir para casa. - A expressão dela mudou imediatamente, ficando mais séria. - Minha irmã e mãe estão preocupadas. Eu... Você pode achar-- Você é uma bruxa! - Disse, lembrando daquele fato.

Ela sorriu e que sorriso maravilhoso.

- Certamente. - Confirmou.

- Você... Poderia me mostrar o grimório da sua família? Está com você? - Perguntei.

- Teus dizeres são distintos. As pessoas falam dessa forma na Eurásia? - Perguntou, mudando de assunto.

- Hope... - A repreendi.

- Sim, Josette. - Ela disse, suspirando. - Quando meu avô Mikael, matou Esther, minha avó. Eu fiquei com o grimório por ser a única que pode praticar magia. - Spoiler: o avô dela não matou ninguém, foi o pai e parece que Hope não sabia disso.

- Pode me trazer? - Perguntei.

- Josie... Quando... Fores, irás lembrar-se de mim? - Aquela não parecia a tríbrida impiedosa, malvada, cruel e psicótica descrita nos livros.

Ela parecia sentir... Um certo apego comigo e ainda sim, ajudaria para que eu fosse embora e tudo que estava pedindo, era que eu não esquecesse dela.

- Sempre. - Algo em seus olhos azuis pareceu brilhar e eu lembrei que aquele era o lema da família Mikaelson.

-  Achas que... Sou uma besta? Uma aberração da natureza? - Oh Deus! Talvez ela ouvisse isso o tempo todo. Aquilo fez com que eu me perguntasse como a avó de Hope a descreveu daquele jeito.

- Por que você se importa tanto com o que eu acho? - Questionei.

- Sabias que eu era a tríbrida, quando todos correram, você não sentiu medo, não quando a vi pela primeira vez. Mesmo dizendo e afirmando incansavelmente que sentes medo, a única coisa que vejo em teus olhos é calor. - Minhas bochechas esquentaram. - É por essa razão, é de onde vens todo meu fascínio por ti. - Engoli em seco. Hope aproximou-se de mim e tocou meu rosto. - Posso? - Perguntou, sobre me tocar.

- Não tem problema. - Confirmei. Ela passou o polegar na minha bochecha, o rubor espalhou-se e meu corpo estava tão entregue. A sensação de sua mão em minha pele me deixava tão viva.

- Nunca encontrei alguém que me olhasse desta forma. Veja como é belo o jeito que teus olhos castanhos me veem. - Ela sorriu e Deus! Eu queria tanto que ela me beijasse agora.

Thousand Years Before - Hosie G!POnde histórias criam vida. Descubra agora