A Impiedosa que saiu da Caixa de Pandora (Jemma)

Capítulo 3

Depois do pouso, fui direto para o hotel que o escritório recomendou e é claro que eles não arcaram com os custos, mas sorte que o hotel é pelo menos três estrelas, o azar é que fica um pouco longe do centro. Hyatto place é o hotel, e ainda bem que tem piscina, mas pelo frio que estava fazendo não me atreveria. Jogo minhas coisas em cima da cama e pego meu celular discando o número que o Mango me enviou.

—Já está na cidade?— Antes de eu dizer qualquer coisa, uma voz masculina falou.

—Sim, estou apenas me preparando.

—Ótimo, fique com este número, vou te enviar a localização da sede.

O homem do outro lado da linha desligou e em seguida recebo uma notificação do lugar. Eu sei que é o FBI, mas esperava um pouquinho mais de formalidade "lembra Jenna, é só trabalho". Vou ao banho trocar de roupa para ir até essa tal sede, lembro que Dan disse que pedir um Uber sairia mais barato, mas eu prezo comprimento de horário e o homem que me atendeu não especificou hora, possivelmente só estavam me esperando. Então antes de chegar ao o hotel, aluguei um carro barato.

Chegando no endereço, pude ver que era apenas uma delegacia comum. Estacionei o carro e fui correndo procurar por...

—Jenna Ortega, não é?— Um rapaz mais alto que eu e que aparentava ser jovem também me parou assim que entrei —Sou Oliver, também sou investigador, é um prazer—

Ele dizia enquanto eu apertava sua mão. Oliver era um cara negro, com olhos castanhos claros marcantes, era de fato muito bonito. Ele me puxava para um corredor e nele puxava mais conversa ainda. Oliver foi me mostrando o local e dizendo que estavam usando aquele departamento de polícia apenas para aquela investigação em específico. Ele me contou alguns detalhes que outros investigadores não estavam sabendo como: o método em que o assassino usava, que eram muitos ou como ele não se importava com o gênero da vítima mas matava mais homens em particular.

—Apesar das apresentações, eu não sou o encarregado da investigação. Sebastian e Rodrigo são os chefes da operação, eles estão aqui, fique a vontade, vou ter que dar uma olhada nos arquivos que vou te dar.

Oliver saiu quase correndo me deixando na frente da porta que levava a sala de investigações, que estava com as persianas fechadas. Respirei fundo, bati na porta e assim que ouvi uma afirmação de que podia entrar soltei o ar dos meus pulmões.

—Aí finalmente, sou Rodrigo e este é o Sebastian, estávamos esperando você desde ontem.

—Desculpa, tive problemas em casa.

—Não tem problema, vamos começar isso o quanto antes... o Oliver já te entregou o resumo do caso?

—Se não se importa senhor, eu gostaria de pegar o caso desde o início de tudo — Eles olharam pra mim e depois se entre olharam, porra fiz merda.

—Eu gostei dela, é disso que precisamos— Rodrigo diz sorrindo e Sebastian o acompanha com uma risada nasal.

Sorrio também aliviando a tensão dos meus ombros. Logo após isso, Oliver entra na sala me entregando desde a primeira vítima até a encontrada recentemente. Comecei a abrir as fichas e ler atentamente cada detalhe escrito.

—O cara as vezes dava intervalo de anos, às vezes de dias e tem até de horas— Olhei para Sebastian sem entender aquela última frase de Rodrigo.

—Significa que ele matava dois ao mesmo tempo— Sebastian me responde.

Soltei um "nossa" baixo. O caso era complexo, mas eu estava adorando. Ver de perto como eles pensam sobre esses seriais Killers era espantoso e motivador. Enquanto olhava os arquivos, notei que os métodos eram todos diferentes, enquanto alguns mais brutais outros eram lentos e dolorosos, era notável pelas fotos.

—A quanto tempo ele tá matando essa gente?— Pergunto assim que fecho a segunda pasta do arquivo.

—Desde novembro de 2022— Rodrigo me responde e parece que meu estomago doí, minha boca começa a salivar e tenho vontade de vomitar.

—Jenna, tá tudo bem?— Rodrigo balança a mão na minha frente.

—Tá sim, só é a náusea da viagem.

—Não, é muita coisa pra você ver de uma só vez, eu queria você aqui para se situar conosco. Por hoje já está bem.

—Não, não, tá tudo bem é só...

—Ortega, por hoje é só. Vá para seu hotel, descanse e amanhã você vem novamente, é uma ordem.

Sebastian termina me olhando e me dando um sorriso sem mostrar dos dentes. Ele deve estar na meia idade, é um cara que sabe das coisas, foi o que Mango disse para mim pois foi Sebastian que me escolheu a dedo.

Lhe obedeço e saio da sala dando boa noite. Não estou zangada, apenas ansiosa para começar meu primeiro trabalho sério. Antes de voltar para o hotel, Oliver me entregou meu distintivo e minha arma que já tinha sido transferida.

De volta ao meu cafofo de três estrelas, tranco a porta e me jogo na cama apenas tirando meu sapato e colocando o alarme para as seis e cinquenta da manhã. Viajem de horas assim me cansam mais que o normal, e pela ansiedade de conhecer meu caso, nem percebi que estava exausta. Amanhã eu vou ver com quem eu estou lindando.