Capítulo 4 - Sangue e Lágrimas

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Sexta feira a noite, procurando e procurando alguém que possa satisfazer minha noite. Dirigindo pelo grande centro de Ottawa, vou procurando um bar ou uma casa noturna onde eu possa beber um pouco pelo menos, e com o inicio de aula na universidade espero não encontrar nenhum calouro aqui, não cairia muito bem a professora Myers com pessoas que tem uma aliança no dedo, mas qualquer coisa é só ir para o bar no outro lado da rua.

Depois de um bom tempo rodando, decido ir em uma casa noturna que mais parecia um bordel de tanta gente quase transando na entrada do lugar. Entro e vou direto para o bar já lotado e com conversas rolando soltas, dou uma olhada 360° no local procurando os banheiros e as saídas de emergência, é sempre bom fazer isso para caso ocorra algum problema. Três drinks depois e eu já estavam caminhando para dançar no meio de todo mundo, ouvindo o dj anunciando a música killing teens de vestron alguma coisa, parei de pensar e comecei a dançar no ritmo da música estilo retro, e junto comigo um homem começou a dançar atrás de mim pegando na minha mão para que eu percebesse sua presença, mas eu já tinha reparado nele assim que entrei no lugar.

— Você é nova aqui? — Ele grita ao meu lado para que eu me virasse para ele.

Não falo nada, apenas balanço o dedo negativamente, se ele for a pessoa que eu espero que seja, vai insistir em tentar conversar comigo. E foi o que ele fez.

— Eu te achei bem gata, posso te pagar uma bebida e aí a gente conversa?

— Na verdade, eu gostaria de fazer uma coisa, mas não sei se você vai querer — Ele sorri para mim e inclina a cabeça para que eu continuasse.

Antes de me aproximar de seu rosto, dou uma olhada completa nele, procurando alguma aliança, mas não encontro. Não posso recuar agora. Chego perto de seu ouvido e lhe desperto falando coisas que começam a atiçar e excitar ele, com minha mão direita em sua nuca e a esquerda alisando seu peito, encontro algo como um colar em formato de coração, provavelmente aqueles que colocam uma ou duas fotos dentro.

Te achei!!

— Que tal a gente fazer essas coisas em algum lugar?

— Onde fica sua casa? —Ele me pergunta já me puxando para a saída do outro lado.

— Eu até falaria, mas tem gente e pode nos atrapalhar — É claro que eu não o mataria no meu apartamento, eu faço isso no lugar que a pessoa acha que está segura, a própria casa.

Ele concorda e eu o levo até meu carro, não estava bêbada mas os três drinks me deixaram leve. Enquanto ele ia me indicando o lugar, já fui preparando mentalmente o que faria com ele. Estaciono o carro, e abrindo a porta pude ver o quão grande é sua casa por dentro, claro, estávamos em um bairro rico de Ottawa. Não pude não notar as várias fotos da esposa e filhas que ele tinha na parede da escada, mas isso não é problema meu.

— Quer alguma coisa pra beber? Tenho vinho.

— Pode ser — Digo aproveitando que ele está de costa e pego um pequeno frasco com sonífero diluído dentro.

Ele me entrega a taça e antes que ele comece a beber a sua, lhe interrompo.

— Então... já pegou —Ele me olha confuso e levanto uma sobrancelha, dou olhadas rápidas entre o zíper de sua calça e sua cara, ele parece finalmente me entender.

— Eu vou buscar no quarto.

Enquanto ouço os seus passos apressados subindo a escada, coloco todo o liquido do pequeno frasco dentro de sua taça e pegando-as logo em seguida para o segundo andar.

Lhe avisto em um quarto que parecia ser o dele e de sua esposa, lhe entrego a taça e dou um gole da minha vendo que ele bebeu a sua em uma virada só, "essa vai ser rápida" eu pensei. Deixo a taça de lado e começo a beijar o homem que parecia ter mais idade que eu, lhe empurro procurando a cama cegamente, fazendo ele se sentar na mesma, vejo ele querendo abaixar a cabeça, ótimo, o sonífero fez efeito rápido.

— Ei, ei, fica acordado —Faço uma voz manhosa forçando-o a abrir os olhos.

O incentivo e a real tentativa de ficar acordado faz a pessoa desmaiar na hora, e assim ele fez se jogando na cama. Olhei para meu relógio e percebi que teria que ser ágil, o efeito da droga não passa rápido, mas em horas, mas mesmo assim eu tinha muito trabalho. Desci correndo as escadas e saí no meu carro indo direto para o galpão, fica um pouco longe daqui, mas sendo duas horas da manhã e sem ninguém nas ruas fica mais fácil.

No galpão, eu já tinha tudo preparado para quem eu pegasse essa noite. Quatro cordas, quatro madeiras, a cadeira pontiaguda, um cinto e quatro ganchos, coloco tudo dentro do carro e volto praticamente voando para a casa de Matthew (olhei a identidade dele), preparo tudo como eu planejei, todas as peças são encaixáveis então era tudo mais simples a partir de agora.

Pego primeiro os ganchos, colocando no canto ao lado da cama, um acima da cama e o outro do outro lado da cama, parafusando simetricamente, amarro o tal Matthew que ainda estava em um sono profundo arrancando suas roupas, lhe deixando completamente nu. Pego o cinto amarrando em sua cintura e usando as cordas em cada gancho que coloquei, faço um x trançando seu peito e depois amarro suas mãos em suas costas. Deixo ele de lado e vou preparar a outra parte da tortura, a mais importante. Pego os quatro pés de madeira e encaixo o triângulo de ferro que está afiado, com certeza mais fino que uma faca de cozinha. Afasto a cama com toda a minha força e com Matthew ainda em cima dela, colocando esse tipo de cadeira triangular no centro do quarto. E agora dando um toque final a minha máquina de tortura, coloco outro gancho acima do portal da porta de entrada do quarto, colocando outra corda amarrando os pés do homem já em pendurado e flutuando, e finalmente colocando a cadeira em um lugar que muitos não gostariam, em seu orifício anal.

O incomodo notável que aquilo fazia, fez ele acordar do sonífero, eles sempre acordam na hora certa. Parecia perdido, tentando alcançar o chão que não estava fazendo quase nem dois metros, ele fez uma expressão de dor e nojo enquanto observo cada detalhe.

— O que... você tá fazendo? — Ele diz quase em um sussurro.

Não lhe respondo nada, não tenho que conversar, apenas pego uma foto que estava pendurada na parede da escada e lhe mostro, fazendo ele dá uma última olhada na família que criou e que o mesmo destruiu.

Sabe aquela corda que prendi em seus pés? Matthew está em uma posição perfeita de sentado no ar com as pernas esticadas para frente, e antes de puxar a corda, coloco um pano e uma fita em sua boco para não acordamos os vizinhos.

— Tem uma bela casa Matthew — Digo a ele dando uma despedida antes de pegar a corda que ligava seus pés e puxando para frente rasgando todo a parte debaixo de seu orifício, e com o som de como estivesse rasgando papel, veio os gritos abafados de um homem desesperado.

Quase saindo do quarto, volto suspirando alto pelo esforço feito, olho uma última vez em seus olhos lhe dando um sorriso enquanto ele derramava sangue e lágrimas, puxei a corda para baixo fazendo com que seus pés levantassem e pondo um fim nos gritos e pedidos de socorro. O triângulo de ferro entrou quase perfurando seu estomago, se não morreu completamente vai morrer de hemorragia.

Prendo a corda de volta ao gancho e está feito, mas antes, pego a câmera que estava no meu bolso e tiro uma foto daquilo. É uma imagem difícil que estou vendo aqui, mas garanto que vão entender ou que pelo menos vão se esforçar para entender. Saio do quarto pegando as taças de vinho e lavo as deixando no lugar de onde foram tiradas. Desligo as luzes e tranco a porta jogando a chave em qualquer canto do gramado. Volto para meu carro tirando as luvas e colocando em um saco plástico, e sigo para a estrada novamente.

No meu apartamento, nem me dou o luxo de banhar pois o cansaço era tanto que eu só queria a minha cama. Pensei que seria menos trabalhoso usar a cadeira de Judas, mas o resultado me surpreendeu. Tiro a foto impressa do bolso e analiso bem, na verdade ficou perfeita. 

A Impiedosa que saiu da Caixa de Pandora (Jemma)Onde histórias criam vida. Descubra agora