Robert abriu a porta do motorista para olhar melhor a posição em que o homem se encontrava.
— Ele foi morto em outro lugar e colocado aqui. — ele a olhou. — Vamos levar para o laboratório.
Giovanna o repreendeu com o olhar. Primeiro a evidência, agora um corpo?
— É óbvio que o coveiro matou esse cara, ele devia ter provas úteis.
— Tirar um corpo de cena do crime?
Eles ouviram um carro cantar ao lado deles, parando rapidamente. Viram dois homens de terno e depois mais dois carros de perícia.
— Seria uma péssima ideia. — ele falou ao descer do carro. — Se afastem daí, por favor. Agente Henry.
Giovanna olhou para Robert preocupada, e sentia o coração com a simples possibilidade de terem envolvido a polícia. E na sua mente só uma pessoa poderia ter feito isso.
Lívia.
— O que vocês faziam aqui? — o federal perguntou depois dos perigos tirarem o corpo do carro.
— Já dissemos, viemos para uma entrevista. O Veiga estava escrevendo um livro e queria nossa opinião.
— Às 5 da manhã?
— Era um café da manhã na praia. — Robert respondeu logo.
— Estava nos seguindo, agente? — Giovanna perguntou séria.
— Sim, Dra. Antonelli, eu estava. São suspeitos de roubar provas, estarem aqui não ajuda muito.
— Ele estava sendo vigiado? — Robert perguntou certeiro. — O FBI fez um ótimo trabalho, devo dizer.
— Parece que ele estava com a prova. Podemos ir agora? — Giovanna perguntou logo.
— Por que não? — Robert ironizou. — Eles estão nos vigiando mesmo.
Alexandre sentia seu corpo subir a medida que a água subia. Estava chegando perto da passarela, e seria o suficiente para ele alcançar a outra porta que tinha visto antes. Olhou para o lado e viu Parker com ele o tempo todo, e a essa altura não ligava nem um pouco se estivesse alucinando.
Nero alcançou a passarela logo que o nível da água aumentou.
— Você era a companhia certa em situações difíceis. — se ouviu falar para o jovem.
— Você nunca disse isso, Major. Só resmungava e me mandava pegar café. — Nero se aproximou da outra parte. — O que faz pensar que essa porta é melhor que a outra?
— A diferença é se vou morrer afogado rápido ou bem devagar.
Continuava a tentar abrir a porta, ele ouviu um barulho na água. Logo o menino voltou com alguma ferramenta. O soldado se aproximou de Nero e colocou a barra de ferro na porta. Alexandre observava aquilo sem saber mais se era real ou não. Talvez já estivesse morto, e sua tentativa de escapar seja lá que lugar fosse esse era uma tentativa de negar a morte.
Fazendo força, e de repente aquilo estava muito mais leve com a ajuda de Parker, conseguiram abrir a porta. Nenhuma água saiu, o que era bom. Nero olhou para Parker.
— Pronto. Venha, entre.
— Pessoas reais primeiro.
Nero agarrou o jovem pelo uniforme, empurrando ele para dentro daquele outro lugar.
— Vamos logo antes que eu mude de ideia e te deixe aqui. — ele o empurrou para dentro.
O toque pegou Nero de surpresa, que ficou olhando para a própria mão e ao redor. Sentia uma dor na nuca e se passasse o dedo tinha certeza que ia arder. Não precisava ser um gênio para perceber o que tinha acontecido, e em teoria era para ele estar dentro do brinquedo dos Beatles até agora. Seguiu logo o soldado antes que a água chegasse até ele, e fechou a porta com firmeza, fechando o compartimento.
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Parts of the Whole
Fiksi PenggemarUma cética antropóloga forense é colocada para ajudar o FBI na resolução de casos. O arrogante agente se vê obrigado a trabalhar do jeito que ela quer. Quando a razão encontra a emoção, a única solução é proteger o próprio coração.