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Mas, mesmo enquanto revivo essas lembranças, uma onda de tristeza me envolve, pois sei que esses dias de alegria agora são apenas memórias distantes

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Mas, mesmo enquanto revivo essas lembranças, uma onda de tristeza me envolve, pois sei que esses dias de alegria agora são apenas memórias distantes. A dor da perda ainda está fresca, e a ausência deles é como um buraco negro que consome parte de mim.

Ao chegar à sala de jantar, me deparo com a cena terrível que assombra. A imagem dos meus pais, suas figuras outrora vivas e radiantes, agora estática e macabra. Seus corpos estão cobertos de sangue, partes espalhadas por todos os lados, uma visão infernal que queima minha alma.

As paredes estão manchadas de vermelho, testemunhas mudas do horror que se desenrolou nesta sala. Sinto meu corpo fraquejar sob o peso da dor e do choque, minhas pernas cedem e caio de joelhos no chão frio.

Lágrimas inundam meus olhos enquanto soluços de angústia rasgam minha garganta. Meu corpo treme com a intensidade da dor, uma dor que parece não ter fim. A sensação de perda e desespero é avassaladora, envolvendo-me como uma sombra negra que me consome por dentro.

Ali, no chão, eu levanto a minha cabeça para olhar de novo, mas vejo a sala normal, estava impecável.

Eu volto para minha casa com um gosto que há muito tempo eu não tinha, um prazer que eu nunca tinha pensado em sentir. Nunca pensei que matar o fedelho do Victor Martins fosse ser tão gostoso. Eu chego em minha casa.

Que eu tenho orgulho de ter feito. A casa de madeira simples se ergue modestamente em meio à natureza, parecendo fundir-se harmoniosamente com o ambiente ao seu redor. Suas paredes de tábuas gastas pelo tempo exalam o aroma familiar da madeira envelhecida, enquanto o telhado inclinado, coberto de telhas rústicas, protege o interior dos caprichos do clima.

Eu entro e vejo sentada no sofá a minha paixão.

- Oi, amor. Você não vai acreditar no que eu fiz.

- O que você fez?

- Hoje eu matei o Victor Martins.

- Eu não mandei você matá-lo.

- Eu sei, mas ele quebrou as leis.

- Não importa, eu dou as ordens, esqueceu?

Eu não sabia por que, mas eu amava essa mulher. Com os seus longos cabelos castanhos, sua pele branca e muito magra, ela é como um anjo caído, mas eu não queria estar ali.

- Você pode dar as ordens, mas leis são leis.

Eu falo, batendo com raiva na parede.

- Não faça isso para mim, Mackenzie Morrissette.

Ela fala furiosa. Ela abre sua boca para dar um grito, um som agudo e penetrante que cortou o ar como uma lâmina afiada. Instantaneamente, uma dor lancinante rasgou minha cabeça, como se mil facas estivessem perfurando meu cérebro. Minhas mãos voaram instintivamente para os ouvidos, tentando bloquear o som insuportável, mas era inútil.

O grito continuava, ecoando em meus ouvidos como um martelo incessante. Uma dor pulsante tomou conta de mim, e uma sensação de desespero se instalou em minha mente. Meus ouvidos começaram a sangrar, uma torrente vermelha que manchava minhas mãos e meu rosto, enquanto a dor continuava a crescer em intensidade.

Eu desejava desesperadamente que o som cessasse, que o grito cessasse, mas era como se estivesse preso em um pesadelo interminável. Minha visão começou a ficar turva, minha respiração tornou-se ofegante, e o mundo ao meu redor parecia girar em um turbilhão de agonia.

Em meio ao caos ensurdecedor, um pensamento sombrio começou a se formar em minha mente atormentada pela dor. Um desejo incipiente de escapar, de encontrar paz na morte, começou a se infiltrar em meus pensamentos tumultuados. E enquanto o grito continuava, alimentando minha angústia e minha agonia, eu me encontrei desejando, implorando por um fim a essa tortura insuportável.

É então que ela parou de gritar e fala:

- Não esqueça quem manda.

- Não esqueça quem manda

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Lua Vermelha: O Amor Proibido dos Lobos" Onde histórias criam vida. Descubra agora