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Capítulo 19

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Capítulo 19

Levanto-me com cuidado, sentindo o chão de terra batida sob meus pés descalços. O sol começa a despontar no horizonte, pintando o céu com tons dourados e alaranjados, enquanto os pássaros começam a entoar sua melodia matinal.

Ao sair da toca, percebo movimento ao meu redor. Alguns dos soldados espanhóis já estão de pé, preparando-se para mais um dia de exploração e conquista. Os indígenas estão trabalhando, alguns cuidando das plantações enquanto outros realizam outras atividades.

Eu vou até uma grande mesa de mantimentos cheia de comida em minha frente e pego uma cesta de comida com uma grande variedade de alimentos. Eu vou até a jaula onde estão os indígenas e dou a cesta para alguns que estão ali.

Algumas horas se passam, já são 4 horas, exploramos mais essa floresta e encontramos árvores com frutas que eu nunca vi e o sabor é parecido com essas frutas.

Mando todos descansarem, soldados e indígenas. Eles se sentam. Vejo um pouco de longe o Kaique; ele parece estar cansado. Todos os meus sentidos me dizem para ir lá falar com ele e ajudá-lo, mas o medo de realizar meus desejos mais secretos me consome.

Entro na toca com um coração pesado e uma mente tumultuada. Ajoelho-me no chão de terra batida, sentindo a umidade penetrar em meus joelhos enquanto inclino a cabeça em humilde reverência. Minhas mãos tremem enquanto as uno em oração, implorando a Deus por misericórdia e orientação.

Sinto-me consumido pela culpa e pelo desespero, pois sei que meus desejos são impuros e contrários à vontade divina. Enquanto as palavras de minha súplica escapam de meus lábios, sinto o peso de minha própria fraqueza e pecado. Como ousarei pedir por algo tão egoísta e indigno aos olhos do Senhor?

A sensação de indignidade me sufoca, e lágrimas amargas escorrem por meu rosto enquanto confesso meus pensamentos impuros e meu desejo carnal. Imploro por perdão e pela força para resistir às tentações que me assolam, mas a sensação de desespero persiste, envolvendo-me como uma sombra implacável.

Permaneço ajoelhado, mergulhado em minha angústia, ansiando por redenção e purificação, mas temendo que meus pecados sejam demasiadamente graves para serem perdoados.

Saio da toca e ouço alguém chamar o meu nome.

- Simon!

Me viro e vejo quem está me chamando: Kaique. Eu me aproximo dele e pergunto:

- O que foi?

- Eu preciso tomar um banho, por favor. Estou cheirando mal, por favor.

- Está bem, realmente você está cheirando mal.

Amarro as mãos dele e pego a minha espada. Ele anda na frente, eu atrás, e digo:

- Não tente fugir, por favor, ou você vai me obrigar a fazer uma coisa que eu não quero fazer.

Lua Vermelha: O Amor Proibido dos Lobos" Onde histórias criam vida. Descubra agora