Duquesa de Umbrafell ( Primeiro Livro da Duologia FILHA DA ESCURIDÃO)

⚜️Prólogo⚜️

Nos domínios de Valória, no terceiro dia do ano de Nosso Senhor de 1603...

Nos recantos do castelo, onde a luz das velas dançava em sombras dançantes, Alden, o recém-nascido herdeiro, chegava ao mundo sob o olhar atento da velha Sibylla. Com suas mãos sábias e coração calejado pelas eras, ela discerniu além do véu do tempo, vislumbrando o destino que se estendia diante do príncipe.

-Oh, Alden, flor que desabrocha nas muralhas ancestrais, permita que teus ouvidos ouçam o sussurro dos destinos entrelaçados. - Murmurou Sibylla, com uma voz que evocava as eras passadas. -Uma bruxa, portadora de magias e sombras, traçará seu destino, moldando a teia de tua existência quando, adulto, te tornares.

Desde aquele dia, o rei Erevan, pai protetor, teceu uma cortina de desconfiança contra as bruxas, receoso do que as forças arcanas poderiam destilar sobre seu amado filho. Pelos corredores do castelo, corriam rumores da previsão de Sibylla, e o rei, temeroso de qualquer influência mágica que pudesse turvar o caminho de Alden, proibiu a aproximação de bruxas nos domínios reais.

O medo envolvia o trono, uma sombra que pairava sobre a corte como uma advertência contra os enigmas do destino. Assim, a luz das velas refletia não apenas a nobreza dos corredores, mas também as sombras das incertezas que se estendiam sobre o reino, onde o temor guiava as escolhas do rei e a proteção paternal tornava-se uma armadura contra os desígnios proféticos que se desenrolavam no destino do príncipe Alden.