➻ 04 - Maya

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𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎..

Olho para o céu, e tudo que vejo, são gotas de água caindo sobre meu rosto, ao som dos raios e trovões. Aproveito as gostas de água sobre meu rosto para deixar as lágrimas rolarem. Porque? Porque você fez isso? Me sento na calçada e abraço meu joelho me permitindo chorar. Chorar como nunca chorei antes. Meu coração dói, dói muito. Minha cabeça está vazia e não consigo pensar em nada. Minhas mãos treme. Meu corpo treme. Minha respiração para. Vou morrer? Talvez seja melhor mesmo. - Você está bem? - ouso passos rápidos, como se estivesse correndo, e uma voz que estranhamente me deixou mais calma. - Você está bem? - pergunta de novo, agora me fazendo levantar para vê seu rosto. - Não chora. Porque está chorando? - seus braços me envolvem em um abraço e me guia para um lugar seguro da chuva. - Cadê seus pais? - O menino pergunta. Seu cabelo é preto, seus olhos tem cor de mel e sua pela é mais bronzeada e parece ter a minha idade. - Tudo bem! - Silêncio - Não precisa responder - O menino que estava me abraçando agora está sentado ao meu lado, dando leves tapinha no meu ombro - Pode chorar. Finge que não estou aqui. Mais se precisar de mim estarei aqui. - Não consigo controlar mais minhas próprias lágrimas. Não consigo dizer se quer uma palavra - Respira fundo. Vai passar. Não sei o que aconteceu com você, mas, se quiser conversar estou aqui - porque um garoto de 10 anos está me consolando? Não o conheço. Porque estou sentada ouvindo uma pessoa estranha falar? Me levanto e saio correndo deixando o garoto pr trás. Esta chovendo está chovendo muito e o som dos raios caindo na terra me faz cair. Dói, dói muito, mas não dói tanto quanto a dor que estou sentindo no meu coração - Nossa, tá sangrando - Ele veio correndo atrás de mim? Porque ele veio? - Sai! - O menino parece não ligar para o que estou dizendo. Ele rasga um pedaço de sua blusa e amarra no meu machucado - Vem, você tem que lavar isso dai - O menino estende a sua mão me ajudando a levantar.

Estou encostada no balcão tomando um pouco do Chá que a mãe dele me deu. Não sei o nome de ninguém. O que estou fazendo a quí? Tenho que sair daqui. Eles vão morrer se eu ficar aqui. - Qual é seu nome princesa? - Tento falar, mas nenhuma palavra sai da minha boca. - Ôh mãe, eu tô achando que ela é muda - Muda? Eu não sou Muda. - Menino, pare de falar asneiras, ela não é muda, só está assustada. - Meu coração, meu coração já não dói tanto quanto doía mais cedo, mas meu corpo ainda dói. Olho para mãe do menino e é a primeira vez que vejo seu rosto, ela aparenta ter uns 30 anos e parece ser bem rica. -Tenho que voltar. Meus pais estão me esperando. - Não quero voltar. Não quero olhar para os meus pais e não poder contar o que aconteceu comigo. Não quero vê minha mãe chorando e meu pai fazendo uma loucura quando descobrirem. Não quero fazer eles sofrerem. Porque? Porque tinha que ser eu? me sinto suja, tenho vontade de vomitar toda vez que lembro. Não quero. Não quero. Mas tenho que voltar. - Deixa que eu levo ela mãe - o menino me pega pelo braço me levando até seu guarda-chuva. É bem grande e cabe umas três pessoas. - Vem pr mais perto. Você vai se molhar se ficar na berada.


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