Draco se segurou na porta pra não cair.
De repente, os ventos ficaram mais fortes. A bebê no colo de Harry estava devidamente empacotada e Harry fechou os olhos.
Draco sentiu-se dividido em fechar a porta na cara de Harry, ou em puxá-lo para dentro.
Ele passou segundos entre preferir a primeira opção, quando um raio cruzou o céu e um trovão fez a casa se sacudir. A chuva torrencial veio como uma onda de terror e escuridão.
Antes que Harry falasse algo, Draco o puxou para dentro e trancou a porta. Assim que escutou o clique da tranca, a chuva bateu na porta, como um visitante indesejado.
No sofá, um par de olhos azuis fitava a cena, calado e de chupeta.
Harry tirou o gorro de Maia, e lutava contra o zíper do casaco. Draco não teve paciência e pegou a garotinha dos braços dele.
— Tire seus sapatos — Ele ordenou.
Harry nem sequer contestou. Tirou o casaco e pendurou atrás da porta e começou a tirar os sapatos, quando se perdeu na cena que acontecia.
Draco colocou Maia no chão. O rapaz só via os cabelos da menina, que eram castanhos claros, começavam a ficar ondulados. Ela ficou de pé e olhava Draco como se ele fosse uma espécie de anjo.
Maia ficou encarando-o até que Draco ficou na altura dela, ajoelhado. Ele desfez-se do cordão do casaco e puxou o zíper pra baixo. Draco viu que Maia estava com chupeta na boca, e o casaco cobria-lhe do nariz até o queixo. Ele retirou o casaco rosa, e depois ajudou a menininha a sair da calça de inverno e tirou-lhe as botinhas.
Harry ficou estático do jeito que Maia recebeu os toques de Draco. Geralmente, era uma luta para lhe pôr ou tirar-lhe as roupas. Maia sempre se opunha á qualquer tentativa de Harry. Mas com Draco, ela ficou quieta.
Quando Draco tirou a botinha, Maia ficou apenas de uma blusa de mangas com estampas da mulher maravilha, calças de pijamas e meias. Ela sorriu e bateu palminhas.
— Ado! Maia, eu, Maia! — Ela sorria e lhe estendia os bracinhos. Draco tentou assumir uma figura mais rígida, pois a menina significava o afastamento de Harry durante um ano todo.
Mas ela não teve culpa, Draco. Sua própria mente o cobrou. Ela é um bebê.
Draco a pegou no colo — Sentindo o cheiro de perfume de bebê — E sorriu. Ela era realmente parecida com Harry, até no sorriso e nas bochechas. Os olhos eram verdes, com um brilho de inocência.
— Maia? Eu gostei do seu nome — Ele lhe fez cócegas — Venha Maia, vou te apresentar um amiguinho.
No sofá, Nahan estava segurando seu Batman de pelúcia. Ele olhou estranhamente para a menina que estava sorrindo e sentiu uma pitada de ciúmes.
— Nahan, você pode brincar com ela? — Draco pediu — Ela precisa de um amiguinho.
Nahan gostava de fazer amiguinhos. E isso fez ele perder um pouco do ciúmes.
— Ela é quem?
— Ela se chama Maia.
— Ela é uma menina né papa?
— Sim, uma menina. Ela não é como você ou o Hugo. Você pode brincar com ela?
Nahan desceu do sofá. Draco colocou Maia no chão.
Apesar de só alguns meses de diferença, Nahan era meio palmo mais alto que Maia.
— Você gosta de montar casinha?
— Asinha?
— Não, casinha. Ca-si-nha — Ele sentou-se no chão e puxou os blocos espalhados no chão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Letter&Love
ФанфикDraco ficou viúvo muito jovem. Boyce não resistiu à um acidente, deixando Draco sozinho e grávido. Sem opções, ele se vê cuidando da única coisa que alegrava seu marido: Uma livraria no final de uma rua movimentada em Londres, onde vivia rodeada de...