Capítulo Quinze - Jardim.

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No dia da alta, Harry estava andando de um lado para o outro.

Algumas coisas mudaram para ele, como o fato dele deixar Cecília um pouco de lado. De ficar mais com Nahan e Draco.

No dia da alta, eles foram para casa e foram recebidos por Narcisa e Lucius, que idolatravam o neto. Nahan ficou sendo mimado inteiramente por todos.

Draco ficou de resguardo. Lógico que ele podia andar, mas era quarenta dias, no máximo. Draco havia pedido para a mãe não se preocupar ( Narcisa já estava pedindo o número de empregadas e diarista), mas Harry tomou as rédeas da situação.

Draco se sentia cansado, mas nada que dormir não poderia fazer isso. Amamentar Nahan com leite especial, dormir arrotar e trocar fralda.

Foi na sua primeira noite em casa, que Draco pode presenciar uma cena diferente:

Harry estava com Nahan no colo, enquanto lia um livro. De óculos e sem camisa, Harry parecia se sentir á vontade na presença do recém-nascido. Os dois pareciam ser velhos conhecidos, mesmo que Nahan não estivesse no mundo a mais de cinco dias.

Narcisa e Lucius foram embora assim que completou uma semana da saída de Draco do hospital.

- Vai me ligar todos as noites, nada de comer cebolas, nada de ficar andando de um lado para o outro. - ela pedia. - Contratei uma menina chamada Lilá, ela vai limpar a casa e cuidar das roupas do bebê.

- Não precisava desse exagero.- Draco pediu, enquanto segurava Nahan no colo. - Vou sentir saudades.

- Não se preocupe, filho. - Lucius o abraçou, lhe deu um beijo. - Vamos comprar aquela linda casa no centro norte. O vovô terá mais tempo com essa belezinha.

- Já reparou que ele tem os olhos verdes de Boyce? - Narcisa disse.

Draco realmente havia reparado. Nahan nasceu com os olhos verdes escuro, como a floresta. Lindos, ele fazia contraste com os cabelos loiros, que ainda eram poucos.

- Havia sim... - Draco sorriu. - Ele é meu pequeno Boyce.

Eles continuaram a se despedir, enquanto Harry olhava lá fora.

Bem, enfim sozinhos.

Os dias voltaram a se passar lentos, com Harry trabalhando e chegando em casa, sendo recepcionado por Draco e Nahan.

Mas algo havia de errado, com Cecília estar lhe mandando mensagens para eles se verem. Harry agendou para uma manhã, que eles se encontrassem em uma cafeteria.

Mas não agora.

Pois Harry tinha que ficar com Draco.

Foi na mais bela manhã de domingo, que Harry pagou um rapaz na porta. Era oito e meia da manhã. O sol estava brilhando, quando ele subiu as escadas e entrou no quarto de Draco.

O mesmo estava dormindo com Nahan ao seu lado, em um forte de travesseiros para que ele não caísse. Ele fez cócegas nos pés de Draco.

- Ei. - Harry o chamou. - Draco?

- Hmm, eu estou dormindo. - ele murmurou. - Não me incomode, vai...

- Eu te dou dez minutos. - Harry fez cócegas no pé dele de novo. - Senão, sem café da manhã.

- Tá. - ele levantou, os cabelos bagunçados, como se tivesse tomado um choque. A boca tinha um pouco de baba, e ele estava com olheiras.

Mas mesmo assim, Harry o achou bonito.

Harry pegou Nahan, no colo, já que ele estava acordado. Com a chupeta na boca, o garotinho e seus olhos verdes pareciam sempre atentos.

Ele viu Draco se despir, os pontos cicatrizando e apenas ficando a marca. Os quadris de Draco estavam largos e ele estava gordinho. Draco evitou os espelhos, pois se sentia feio. Precisava perder peso. Entrou no banho e escovou os dentes, sempre tentando tirar a baba colada no queixo.

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