Capítulo Dezenove - Atual

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Ethan estava no palco, com seu violão.

— A música é para meu marido, Theodore — Ele disse no microfone — Ela se chama Perfect.

As mulheres estavam chorosas e os homens ficavam com um tanto de irritação por Ethan mostrar ser o marido perfeito. Theo estava sentado na mesa, chorando e segurando o buquê de flores, que ele havia levado ao altar.

Na mesa, um tanto distante, Ronald e Draco estavam bebendo.

— Eu achava que eu iria me casar primeiro — Ronald debruçava-se no vinho — Que piada.

— Devemos ficar feliz por Theo — Draco estava um tanto abatido, mas feliz por Theodore Nott — Agora, Theodore Nott- Lebowski — Ter se casado.

Ronald estava com olheiras. Por mais que a festa estivesse linda, com doces, bebidas e convidados, sua noite não havia sido das melhores.

— Hugo chorou a noite toda — Ele estava cansado — E eu não sabia o que ele queria.

— Cólicas?

— Talvez — Ele olhou para Maura — E agora, ele está sendo paparicado por todas as damas da festa.

Hugo Rupert Weasley — Estava sendo a sensação da festa de casamento do tio. Com oito meses de nascido, ele havia sido apelidado por Ronald de "Do contra".

Isso tudo porque Ronald queria uma menina. E ele conseguiu enganar Ronald direitinho, ficando em uma posição que não se possibilitava ver qual seu sexo. Foi no sétimo mês que a médica conseguiu ver e anunciou que Ronald era pai de um menino.

Se sentindo derrotado, Ronald pediu para que ele não viesse parecido com Blaise. Pediu todas as noites que ele nascesse de olhos azuis, cabelos ruivos escuros e sorriso sapeca.

Mas Hugo nasceu de olhos castanhos, sorriso com covinhas e cabelos pretos.

Um mini-Blaise.

Desde então, Ronald cria a teoria que Hugo é um Do contra.

— Olhe ele — Ronald encarava o filho — Eu aposto que quando ele começar a falar, só por ser Do Contra, vai falar Blaise ao invés de papai.

— Ron, não exagera — Draco riu — Ele só nasceu um pouco parecido com o Blaise, nada demais.

— Nada demais? Ele nasceu até mesmo com os quatro mamilos que aquele viado tinha. No mesmo lugar. Quatro mamilos, Draco. Q-U-A-T-R-O — Ele soletrou — Isso não pode ser coisa do destino.

— Tem razão, não é do destino, mas da genética. Ele só é uma criança, Ron.

Maura surgiu com Hugo.

— Tome Ronald — Ela o entregou — Acho que ele está com fome.

Ronald fuçava na bolsa, uma mamadeira, quando Draco sentiu alguém esbarrar-se nas suas pernas.

De olhos azuis e todo sujo de glacê, Nahan tinha um ano e dez meses.

— Papai, mais bolo?

— Nahan, você comeu dois pedaços — Draco pegou um guardanapo e limpou a boca do filho — Chega. Senão você vai dar dor de barriga.

— Brinca?

— Pode brincar, mas sem correr — Draco sorriu e deu um beijo na testa do filho.

Nahan tinha os olhos azuis e os cabelos loiros. Usava uma roupinha de casamento, com suspensórios e calças sociais. Narcisa seguia o neto pela festa, já que Draco parecia indisposto demais para ficar correndo atrás de Nahan.

Hugo estava encarando Ronald.

— Pa, na pa, dada? — Ele falava e Ronald fingia entender.

— É claro, sempre para meu filho.

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