Eᴜ ᴇsᴛᴏᴜ ᴀǫᴜɪ ᴘᴏʀ ᴠᴏᴄᴇ̂
Vozes ecoaram em meus ouvidos, mas eu sou incapaz de compreender o que estão dizendo.
Abri os olhos com as pálpebras trêmulas devido à intensa luz do lugar. Sentia meu corpo pesado igual uma rocha imersa no mar.
- Nisa? - Haruchiyo apareceu no meu campo de visão.
- Onde estou? - sentei-me na cama, fazendo um som de dor sair dos meus lábios.
- Não faça muitos movimentos, o ferimento na sua coxa foi profundo.
Após ele dizer isso, eu abaixei um pouco o cobertor para ver minha perna e acabei por lembrar-me de tudo o que aconteceu.
- Estamos no hospital. - ele revelou.
O olhei sem saber o que dizer.
- Você está se sentindo melhor? - levei meu olhar até Rindou.
- Eu... Não sei dizer...
Os dois ficaram um tempo quietos, mas Rindou cortou o silêncio.
- Bem, eu já tenho que ir. Te desejo melhoras, Nisa.
- Obrigada.
Ele acenou com a cabeça e foi embora.
- Nisa.
Ouvi o homem ao meu lado me chamar, no entanto, eu não consigo olhar para ele.
- Você quer ficar sozinha?
O fitei, mas nada disse.
- Eu posso sair se você quiser. - afirmou o de cabelo rosa.
Virei minha cabeça e olhei para minhas mãos trepidas que estavam unidas uma na outra.
- Eu posso te pedir uma coisa? - indaguei.
- Claro, o que é?
- Entre em contato com a Nana e diga que eu estou aqui.
- Quer que eu chame sua prima?
- Sim.
- Você não tinha dito que não queria envolver ela nisso?
- Sim, mas como posso esconder isso dela? Eu não quero mais enchê-la de mentiras, a Nana é muito importante pra mim. - suspirei. - Devo revelar a verdade para ela de uma vez por todas.
- Se é o que você quer... - ele se levantou, indo até a porta e girou a maçaneta prestes a sair.
- Haruchiyo. - o chamei, com os olhos fixos nos minhas mãos sobre o lençol que cobria minhas pernas.
- Hum?
- Obrigada por cuidar de mim.
Mesmo não fazendo contato visual com ele, pude sentir seus olhos em mim.
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ᴍᴏᴛɪᴏɴ ᴘɪᴄᴛᴜʀᴇ ꜱᴏᴜɴᴅᴛʀᴀᴄᴋ (𝑺𝒂𝒏𝒛𝒖 𝑯𝒂𝒓𝒖𝒄𝒉𝒊𝒚𝒐)
FanfictionApós perder a mãe durante a adolescência, Hanazawa Nisa se vê num caminho difícil. Seu relacionamento complicado com a família e o sentimento do luto, a empurra para um estilo de vida exaustivo, deixando-a semelhante a um pássaro em uma gaiola; sem...