A ᴅᴏʀ ᴇ́ ᴀ ᴇssᴇ̂ɴᴄɪᴀ ᴅᴀ ᴠɪᴅᴀ
De novo não, de novo não, de novo não... Eu pensava constantemente enquanto olhava para a janela do quarto de Nanako. Meu corpo estava fraco, mas isso não importava, não no momento. Não recebi nenhum dano grave, apenas fiquei com algumas contusões no pescoço e principalmente nos pulsos, onde Suno desferiu mais força. Minha preocupação nesse instante era com Nana, ela está viva, respirando, mas ela teve que passar por uma cirurgia. As facadas foram profundas, ela levou 6. Elas atingiram com mais precisão um de seus rins, o deixando inutilizado, então Nana teve que passar por uma cirurgia para removê-lo. Fazia 3 dias desde o ocorrido, ela não acordou desde então, no entanto, os médicos disseram que as chances de ela não acordar eram baixas, mas mesmo assim, eu me preocupava, afinal, tudo isso foi minha culpa. Eu não tinha o direito de ficar bem nesse momento.
Nossa avó vinha visitá-la todos os dias, e é claro que ela quis saber como tudo isso aconteceu. Como eu e Nana estávamos no mesmo lugar, se fomos para lugares diferentes, mas eu não disse nada, não disse nem mentiras nem verdades; estava muito cansada. E, por incrível que pareça, a mais velha também não proferiu nenhuma palavra.
— O que está fazendo aí em pé? Você precisa comer, Nisa. — era ninguém menos do que minha avó. — Para você ver a melhora dela, tem que cuidar de si mesma. Vá descansar.
— Não posso.
A grisalha suspirou.
— Você está com raiva? — eu perguntei.
— Não tenho como ficar com raiva. Eu não sei o que aconteceu e você não quer falar.
Olhei para o chão, tentando evitar qualquer conversa.
— Vá descansar, Nisa. Eu fico.
Mesmo contra a minha vontade, a obedeci e saí. Eu não queria comer agora, meu estômago estava embrulhando, então fui para o jardim, onde tinha uma vista muito bonita da praia. Foi quando eu percebi que já faz muito tempo que eu não vou à praia. Eu costumava ir com minha mãe, mas desde sua perda, eu não vou mais. Achava que poderia ser um gatilho, mas só de olhar para as ondas, eu sentia meu corpo menos tenso, embora a preocupação permanecesse.
— Você deveria descansar. Dormir.
Absorta em pensamentos, não notei a presença do de cabelo rosa atrás de mim, apenas quando escutei a sua voz. Eu neguei sua sugestão, dizendo:
— Não consigo, minha mente só me leva a ela, não importa o que eu faça...
— Sente-se. — ele se sentou no banco de madeira com uma vista direcionada para a praia, e em seguida deu batidinhas no assento ao lado dele. Sem prostestar, fiz o que ele me pediu.
— Como sabia que eu estava aqui? — questionei.
— Cheguei faz pouco tempo e te vi passando, então eu te segui. — nenhum de nós falou em torno de uns 20 segundos. Foi ele quem cortou o silêncio, fazendo a seguinte pergunta: — Você quer desabafar?
Parecia que todos esses últimos momentos ao meu lado, o fizeram me conhecer.
— Acho que sim...
— Vá em frente, eu vou te ouvir.
— Tem uma coisa que está me perturbando desde aquele dia.
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ᴍᴏᴛɪᴏɴ ᴘɪᴄᴛᴜʀᴇ ꜱᴏᴜɴᴅᴛʀᴀᴄᴋ (𝑺𝒂𝒏𝒛𝒖 𝑯𝒂𝒓𝒖𝒄𝒉𝒊𝒚𝒐)
FanfictionApós perder a mãe durante a adolescência, Hanazawa Nisa se vê num caminho difícil. Seu relacionamento complicado com a família e o sentimento do luto, a empurra para um estilo de vida exaustivo, deixando-a semelhante a um pássaro em uma gaiola; sem...