𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟏𝟏

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𝐋𝐢𝐯𝐢𝐚𝐧 𝐖𝐨𝐨𝐝𝐞𝐧

Acordo zonza, o breu do quarto mostra que ainda é de madrugada

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Acordo zonza, o breu do quarto mostra que ainda é de madrugada. Meus olhos doem, me apoio nos cotovelos e tento organizar meus pensamentos. Tomo um gole d'água de uma garrafinha que trago para o quarto.

Me sinto totalmente perdida dentro do meu próprio quarto. Meu coração acelera e eu tento regular a pulsação do sangue em minhas veias mentalmente.

Ele estava ali, eu tinha certeza disso, eu podia sentir o seu maldito cheiro. Não me movo na cama, fico parada tentando absorver o máximo de calma que posso.

Ouço um ruído baixo, é quase imperceptível, mas eu noto. Sem iluminação não posso enxergar nada, tateio a mão lentamente para debaixo do meu travesseiro, agarro a adaga com cuidado e a coloco no bolso da minha calça de pijama.

Ligo o abajur e me deparo com o que eu tanto temia. A minha frente estava ele, impiedoso e me observando vagarosamente.

Meu sangue gela em minhas veias e levanto o olhar, o analisando minuciosamente.

─ Vejo que você não mudou muita coisa. ─ ele diz enquanto me olha fixamente.

─ Não mereço nem um mísero "Oi"? ─ digo sarcástica para ele.

─ Você sabia que esse dia chegaria, e uma boa recepção não é nada para mim.

Arqueio uma sombrancelha e solto uma risada nasalada, isso o faz se levantar e vir até mim.

─ Escuta aqui, sua idiota. Eu vim terminar o que comecei, não pense que sairá impune.

Levanto minhas mãos em rendição.

─ Ah, é? E quem disse que eu quero sair impune, Price?

─ Não brinque comigo, você não merece a minha paciência.

─ Eu nunca disse que queria ela vinda de você.

─ Cale a porra da sua boca, sua desgraçada! ─ ele branda com raiva.

Um tapa acerta meu rosto, o local queimando como brasa. Solto uma risada de escárnio e tombo minha cabeça para trás.

─ Oh! Ele continua o mesmo de sempre! ─ digo e volto a rir ─ Eu não tenho mais medo de você.

─ É mesmo? ─ ele pergunta se aproximando de mim.

Me levanto da cama saindo de seu foco e ando pelo cômodo me esquivando. Meu estômago borbulhando.

𝑸𝒖𝒆 𝒅𝒊𝒂𝒃𝒐𝒔 𝒆́ 𝒊𝒔𝒕𝒐, 𝒂𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍?

Ele avança em mim e eu não me afasto, seu rosto perante ao meu, bufando eu o golpeio com um soco no nariz.

Ele solta um grunhido de dor e se volta para mim, me olhando de cima.

─ Porquê você está respirando assim, tão oscilante? ─ ele pergunta e eu cambaleio para trás ─ Se sente fraca?

𝐋𝐞𝐬𝐬 𝐓𝐡𝐚𝐧 𝐁𝐞𝐟𝐨𝐫𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora