Livian Wooden, uma garota que tem problemas com o pai desde cedo, guarda alguns segredos de seu passado. Estes que agora ameaçam surgir de novo.
Agora ela mora em Nova York, preparada e disposta para mudar o próprio destino aos poucos, ela se reenc...
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Hoje é um dia estranho, de fato, por incrível que pareça eu e Arsher estamos nos dando um pouco bem demais. De qualquer forma, eu preciso dele para sair daqui, não vou ficar aqui até que Price resolva me "soltar". Não vou esperar por um falso milagre vindo dele, eu não trouxe nada para cá a não ser a porra das vestimentas que estavam no meu corpo.
Me viro na cama já entendiada, não tem nada para eu fazer e muito menos algo que eu goste de fazer. Sem rodeios eu me levanto da cama, já farta daquilo, calço meus chinelos e visto uma regata comum com uma calça de pijama de malha xadrez. Prendo meu cabelo em um coque frouxo e saio do quarto.
Desço as escadas e vou para a cozinha, nem preciso observar muito para notar que não tenho como sair daqui neste exato momento, se não, eu o faria. As portas de madeira talhada e escura não tem um mísero chaveiro em sua tranca. Fico emputecida, confiro a porta da frente e como disse, está trancada. Nem preciso checar as outras.
Me sento em uma banqueta perto do balcão da cozinha, repouso a cabeça em minhas mãos e observo melhor a casa. Uma cozinha modesta ─ 𝑬𝒖 𝒅𝒊𝒓𝒊𝒂 𝒆𝒏𝒐𝒓𝒎𝒆, 𝒎𝒂𝒔 𝒂𝒊́ 𝒗𝒐𝒄𝒆̂𝒔 𝒂𝒄𝒉𝒂𝒓𝒊𝒂𝒎 𝒒𝒖𝒆 𝒆́ 𝒎𝒆𝒏𝒕𝒊𝒓𝒂 ─, muito bem decorada em todos os quesitos. Cores escuras são avistadas em cada utensílio, é impressionante.
─ Uau... ─ babulcio sem querer.
─ Gostou?
Me viro atônita e quase caio da banqueta, meu coração da um salto e respiro fundo. Encontro Arsher com aqueles olhos perfeitos, os lábios em linha fina, sombrancelha esquerda arqueada e ainda por cima, ele estava sem camisa. 𝑴𝒆𝒓𝒅𝒂, 𝒊𝒔𝒔𝒐 𝒆́ 𝒕𝒆𝒏𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒑𝒆𝒕𝒂!
O olho de cima a baixo devagar, por um breve momento me esqueço da pergunta que ele me fez, e é aí que a minha cabeça volta ao normal, então respondo. ─ G-Gostei, sim. É-É lindo. ─ sinto meu rosto flamejar e sacudo de leve a cabeça, limpo a garganta e retomo minha fala ─ Quer dizer... eu estava falando da cozinha, hum, ela é realmente muito bonita.
Ele arqueia uma sombrancelha e dá de ombros, não se importando com o que eu disse. Inspiro fundo e me levanto da banqueta, disposta a acabar com a interação e voltar para aquele maldito quarto. Mas antes, claro, sou parada por ele. 𝑸𝒖𝒆 𝒅𝒊𝒂𝒃𝒐𝒔!
